segunda-feira, 29 de agosto de 2011

RICARDO GOMES RAYMUNDO

Flu 1983 - acima: Aldo, Duílio, RICARDO, Jandir, Branco e Paulo Vitor; abaixo: Leomir, Washington, Deley, Assis e Paulinho (Tato era o titular)


Brasil 1989 - acima: Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, RICARDO GOMES (CAP), Aldair, Branco. agachados: Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo.

Demorei para voltar ao blog. Foi mal. Muita coisa aconteceu no futebol desde então. Motivos tive de sobra para voltar antes. Gostaria de tê-lo feito em outra situação. Só não podia deixar de falar de um dos meus grandes ídolos.

Um craque.
Aos 19 anos, estreou na zaga do Fluminense, em 1983, vindo das categorias de base do clube que vinha mal há uns 3 anos, sem conquistas e times bem fracos. No campeonato carioca deste ano, as apostas eram a dupla Assis e Washington, comprados do Atlético-PR, Tato e Jandir do Internacional, além dos jovens Branco e Paulo Vitor no gol. No primeiro Fla-Flu, Ricardo (ainda não havia o Gomes), junto com Duílio na zaga, impressionou pela elegância e categoria ao anular grandes atacantes como Tita, Nunes, Adílio. O jogo terminou 0x0, o Flu conquistou o primeiro título do tri 83-84-85 e o futebol brasileiro ganhava um zagueiro excepcional, exemplo de atleta e liderança dentro e fora do campo. O Tricolor colocava mais um na sua grande galeria de craques.

Convocado para a seleção pela primeira vez em 1984, logo após o título brasileiro pelo Fluminense neste mesmo ano, para uma série de amistosos em solo brasileiro. O Brasil foi comandado por Edu, irmão do Zico, técnico do Vasco, vice-campeão brasileiro. A Seleção foi quase que um combinado Flu-Vasco. Perdemos de 2x0 para a Inglaterra, empatamos com a Argentina em 0x0 e vencemos o Uruguai por 1x0.

Telê Santana, de volta à Seleção, preferiu não levá-lo ao México 86. Tudo bem. No ano seguinte, foi medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Indianápolis, campeão do torneio Bicentenário da Austrália em 88 e Campeão da Copa América em 89, já como capitão do time, no Brasil, competição que não vencíamos desde 1949.

Foi à Copa de 90. Acabou vítima, como todos, do "lazaronismo".

Na Seleção, foram 52 jogos, dos quais 31 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. Marcou 4 gols.(Fonte: 90 anos de seleção brasileira, Roberto Assaf e Antonio Carlos Napoleão)

Saiu do Flu em 1989. Foi ídolo do Benfica e do Paris Saint Germain, onde iniciou sua carreira de técnico. Ainda na França, treinou o Bordeaux e o Monaco.

Teve uma branda passagem como técnico da seleção brasileira pré-olímpica em 2004. Treinou outras equipes no Brasil como o próprio Fluminense e o São Paulo, antes de assumir o Vasco e conquistar a Copa do Brasil deste ano.

Graças a Deus, Ricardo não nos deixou. Acompanhamos com apreensão seu estado de saúde, após o AVC durante o jogo Vasco x Flamengo, pelo Brasileiro 2011.

Estamos torcendo (e rezando) muito para que a próxima publicação deste blog seja de Ação de Graças. Lembrar de grandes jogadores e pessoas diferenciadas no mundo do futebol é muito melhor quando estão por aqui; em vida.

Vida pra você, meu zagueiro!