sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PERGUNTA DE UM, RESPOSTA COM O OUTRO

Se dependesse da quantidade de Fóruns, Congressos, Simpósios, Encontros e afins para falar ou debater sobre esporte que ocorrem neste país, o Brasil já seria, há muito tempo, a maior potência esportiva do mundo! Soluções administrativas de vanguarda e ideias espetaculares sobre o fantástico e abundante material humano brasileiro! Pelo menos, as empresas de eventos faturam...

E hoje, durante o Fórum Nacional do Esporte, nome pomposo, dois "ilustres" entrevistados. O presidente "biônico" (tudo relacionado a ele sempre foi "biônico") da CBF (tentou) responder a uma pergunta do zagueiro Paulo André, do Corinthians, sobre a discrepância que existe entre os times europeus e os brasileiros, comprovada em excursões desastrosas de São Paulo e Santos, neste mês. Paulo André queria saber o que a CBF poderia fazer para que essa distância fosse reduzida, seja em  atualização de comissões técnicas e/ou em preparação de jogadores.
Assista, clicando aqui: Paulo André pergunta! 
ou aqui http://esportes.terra.com.br/futebol/videos/presidente-da-cbf-rebate-pergunta-de-paulo-andre,484007.html

Sim. a resposta do Marin foi ridícula!

Confira, então, a resposta correta com Alex, do Coritiba, em entrevista ao TV Lance! no início do mês!


É, Alex! Você precisa de mais "Amor à Vida"!

A propósito, o outro "ilustre" convidado do Fórum foi aquele ministro que sabe tudo de futebol...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A CORAGEM DO FURACÃO

Em maio, postei em 3 partes, um pouco da história da formação do futebol no Brasil, minha opinião sobre campeonatos estaduais e algumas sugestões de como amenizar o problema do calendário.
Estão aqui:
Parte 1: http://futblogdosamigos.blogspot.com.br/2013/05/por-que-te-los-por-que-nao-te-los-parte.html

Parte 2: http://futblogdosamigos.blogspot.com.br/2013/05/por-que-te-los-por-que-nao-te-los-parte_21.html

Parte 3: http://futblogdosamigos.blogspot.com.br/2013/05/por-que-te-los-por-que-nao-te-los-parte_24.html

Quando as escrevi, já sabia que o Atlético-PR havia inovado mas esperei um pouco para comentar. O clube largou o campeonato paranaense para fazer uma pré-temporada decente, como os grandes clubes europeus, de 45 dias, 30 a mais do que todos os grandes do Brasil. Tudo bem que tal atitude parece ter sido tomada em decorrência da falta de acordo com a Rede Globo na transmissão de seus jogos na disputa estadual. Decidiram participar com sua equipe sub-23, comandados pelo coordenador técnico Artur Bernardes e que ainda tinha o atual titular da lateral direita, Leo e o meia-atacante Zezinho, ex-Juventude, que chegou a ter status de grande promessa, quando estava na seleção sub-17, há cinco anos. Suas partidas foram transmitidas somente para canal fechado de sócios, sempre à tarde, no tal do Eco Estádio, que não tem iluminação artificial e já havia sido usado no ano passado nas partidas da série B do Brasileirão. E não fizeram feio, mesmo sabendo que enfrentaram Arapongas, Pato Branco, além de Londrina e Paraná. Vice-campeões atrás apenas do Coritiba.

A pré-temporada foi feita no seu Centro de Treinamento do Caju, em Curitiba, após reapresentação no início de janeiro. 30 dias treinando e amistosos locais. Vejam aí se o CT é bom:

Ao entrar fevereiro, de 2 a 12, disputaram a Copa Marbella, em Málaga, Espanha, contra equipes do Leste Europeu que sempre ficam inativas nesta época do ano, com seus campeonatos paralisados devido ao inverno rigoroso. Dínamo Kiev (Ucrânia), Rubin Kazan (Rússia), Dínamo Bucareste (Romênia), Dinamo Kutaisi (Geórgia), Ludogorets Razgad (Bulgária). Mesmo sem ser o mais importante, o resultado: Campeão com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Sempre lembrando que, dos dias 8 a 12 deste citado mês, outros "craques" desfilavam suas habilidades nas "avenidas" do Carnaval no Brasil! Ah...o Carnaval!
Estádio da Copa Marbella
Os primeiros resultados no Brasileirão não foram bons mas as fases preliminares da Copa do Brasil foram superadas, inicialmente pelo time sub-23. O técnico Ricardo Drubscky acabou trocado por Vagner Mancini. O time engrenou. Decretou a primeira derrota do Atlético-MG no Novo Independência (2x1, de virada) e acabou com invencibilidade de 8 partidas do, até então, líder Botafogo (2x0) e, devagarinho, entrou no G4 ! Bom goleiro, laterais rápidos, zaga experiente, meio campo pegador, bons atacantes e o highlander Paulo Baier! Não é um time favorito para ser campeão mas vai brigar para se manter onde já está! E acabou de eliminar o Palmeiras na Copa do Brasil, chegando às quartas-de-final, muito provavelmente contra o Internacional.

Parabéns ao Clube Atlético Paranaense! Existe luz no fim do túnel e mostra aos "professores e doutores" do futebol brasileiro o que é planejamento sério, ousadia e inovação, conhecendo suas restrições técnicas, financeiras e jurídicas e, sobretudo, dando um definitivo recado à mídia e à federações "sanguessugas" que insistem em querer controlar o que não podem: os interesses de quem lhe dá audiência e representação, respectivamente!




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O MINISTRO QUE SABE TUDO DE FUTEBOL

O Programa "Bola da Vez", da ESPN Brasil, rende boas entrevistas com personalidades ligadas ao esporte, sobretudo ao futebol. É uma dinâmica semelhante ao "Roda Viva", da TV Cultura de São Paulo. Podemos até considerá-lo um "Roda Viva Esportivo"!

No programa de ontem, o Ministro dos Esportes Aldo Rebelo, senador pelo Partido Comunista do Brasil, deu uma aula de ignorância, com argumentos completamente equivocados, além de outros infantis, a uma segunda discussão com o jornalista Mauro Cezar Pereira, da emissora, ao responder pergunta deste sobre os "elefantes brancos" que estão sendo construídos para a Copa-2014, especialmente em Manaus, Cuiabá e Natal. Brasília também pode entrar nesta discussão pois o Flamengo não jogará lá para sempre. Meses atrás, ambos tiveram o mesmo embate, só que no "Roda Viva". De lá pra cá, o ministro continua achando que o Nacional, o Rio Negro e o Fast Club são times de "massa" em Manaus (Davidson Ruas, me ajuda!) e a dupla CRB e CSA somente pôde participar de campeonatos nacionais porque o governo do progressista estado de Alagoas construiu o Estádio Rei Pelé, em Maceió, hoje com capacidade para 22 mil pessoas.

Sinal dos tempos: um comunista defendendo obra da ditadura militar, uma vez que o estádio alagoano foi erguido em 1970, pelo governador Simeão de Lamenha Filho, da ARENA, nomeado pelo presidente Castelo Branco, em 1966.

É muita democracia!


terça-feira, 27 de agosto de 2013

SÃO PEDRO E A JULES RIMET

Simão Pedro, o pescador de homens, já tinha Castilho, Djalma Santos, Orlando, Didi, Dida, Joel, Garrincha e Vavá. Agora, acaba de "pescar" Gilmar e De Sordi. Já estavam eternizados em vida. Recebidos por esta turma, já dá para brincar numa pelada de Futebol de Salão (esse nome futsal é horrível). Pedrão apita!

Nilton De Sordi foi um lateral direito cuja maior virtude era a marcação forte. Jogava sério, sem brincadeiras e raramente ia ao ataque. Era difícil passar por ele. Jogou no São Paulo durante 13 anos, após ter sido revelado pelo XV Piracicaba. E foi titular durante todas as partidas em 1958, exceto na final. Com mal-estar e febre alta, deu vez a Djalma Santos. Jogou 22 partidas pela seleção brasileira. A seguir, fotos na Copa de 58, quando a seleção brasileira ainda estava bem diferente do que todos normalmente conhecem.
Estreia contra a Áustria, em Uddevalla (3x0 - Mazolla(2) e o célebre gol de Nilton Santos): De Sordi, Dino Sani, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gylmar. Joel, Didi, Mazolla, Dida e Zagallo.
2o.jogo contra a Inglaterra, em Gotemburgo (0x0): De Sordi, Dino Sani, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gylmar. Joel, Didi, Mazolla, Vavá e Zagallo.
A pressão para vencer a terceira partida contra a União Soviética era grande. A classificação para as quartas-de-final estava ameaçada. Então, Vicente Feola ousou. Zito no lugar de Dino Sani. Garrincha no de Joel. Deslocou Vavá como "center forward" e Pelé no lugar de Mazolla. Com um minuto de jogo, Garrincha entortou o primeiro soviético e mandou um "balaço" na trave. O grande Lev Yashin, o Aranha Negra, se assustou! Depois, Vavá "deu números finais à peleja": 2x0. Classificados. E o time não mudou mais, exceto pelo De Sordi!

Gylmar dos Santos Neves tem em seu currículo de vitórias algo que nenhum outro goleiro possui na História das Copas do Mundo e que não li em nenhuma matéria sobre sua carreira na mídia, noticiando seu falecimento: é o único goleiro duas vezes campeão mundial. A Itália em 1934 teve Combi e em 1938, Olivieri. Isso, você amigo leitor, só descobre aqui no Futblog dos Amigos (fiz o meu comercial)!!! Jogou 10 anos no Corinthians, 7 no Santos e 16 na Seleção Brasileira, onde atuou em 94 partidas! Outra curiosidade: em 58, jogou com a camisa 3. A CBD esqueceu de entregar a numeração dos jogadores à FIFA. Um funcionário qualquer da entidade decidiu, por si só, como seria a distribuição dos números. Por coincidência, Castilho ficou com a 1, Nilton Santos com a 12, Didi com a 6, Garrincha com a 11, Zagallo com a 7 e Pelé com a 10! Incrível não?!
Meu pai diz que Gylmar não era melhor que Castilho mas atuava melhor na seleção do que nos clubes! O contrário do goleiro do Fluminense, que havia sido titular em 54. Fenômeno assim também aconteceu com Emerson Leão. Não era tão excepcional no Palmeiras como na seleção! Segundo seus companheiros de clube, seleção e dirigentes, Gylmar era um gentleman, bem educado e querido por todos!

Após ter sido roubada, derretida e replicada, a Taça Jules Rimet, pela primeira vez conquistada por estes jogadores em 1958, na verdade, está lá no céu, sendo levantada por cada um que lá chega! Simão Pedro deve usá-la como isca...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

ANTONIO JOSÉ RONDINELLI TOBIAS




Rondinelli - Ex-zagueiro do Flamengo
Em 2011, em foto no site de Milton Neves
No dia 2 de dezembro de 1978, o Flamengo decidia com o Vasco o título do 2o. turno do Carioca deste ano. Como já havia vencido o 1o., nova vitória garantiria o campeonato. O jogo seguia disputado até que aos 42 minutos do segundo tempo, o lateral esquerdo vascaíno Marco Antonio toca de cabeça para a linha de fundo em um lance bobo pois o cruzamento de Júnior iria para fora. Então, dois fatos inusitados ocorreram. Excelente cabeceador, Zico não costumava bater escanteios mas ficava na área para aproveitar. O zagueiro Rondinelli raramente ia ao ataque. Zico bateu o escanteio e o zagueiro Rondinelli, acompanhando a trajetória da bola desde a entrada da área, sem marcação (nenhum vascaíno prestou atenção nele), e numa corrida rápida e certeira, cabeceou com tamanha violência que mais parecia um chute. No gol vascaíno, ninguém menos que Emerson Leão, titular da seleção brasileira nas duas últimas copas do mundo, inapelavelmente vencido pela cabeçada do "Deus da Raça". O Flamengo iniciava, com este lance, sua trajetória de grandes conquistas da Era Zico, no melhor time de toda a sua história. Olha aí a narração de Luciano do Valle e comentários de J.Havilla (hoje dono da Traffic, agenciador de jogadores), na Globo.


Em 1977
Rondinelli chegou ao Flamengo, vindo de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, quase na fronteira com MG, em Poços de Caldas. Era 1974 e com 20 anos, assumiu logo a posição de titular, absoluto até 1979. Ainda foi titular em várias partidas até 1981 mas sofreu com a chegada de zagueiros como Nelson, Figueiredo, Marinho e Mozer, além das contusões no joelho direito. Neste ano, foi vendido ao Corinthians e depois ao Vasco, sem sucesso. Ainda teve aparições apagadas no Atlético-PR e Goiás, quando encerrou a carreira em 1983, com somente 31 anos. O joelho não aguentou.

Chegou a ser convocado 3 vezes para a seleção brasileira, entre 1979 e 80 mas somente para jogos preparatórios, não-oficiais, contra seleção baiana, mineira e a brasileira de novos. Para muitos, sobretudo os rubro-negros, merecia mais chances na seleção mas o fato é que havia concorrência acirrada: Oscar, Amaral, Polozzi, Edinho, Abel, Mauro Galvão... 

A torcida do Flamengo colocou o apelido de "Deus da Raça" pois Rondinelli tinha raça até para comemorar gol. Zico diz que todo mundo ficava preocupado nesta hora. "- Pega leve, Rondi! Cuidado aí com o cotovelo!!" Em 7 anos no clube, 5 estaduais e o brasileiro de 80, com impressionantes 242 vitórias, 100 empates e somente 54 derrotas. 14 gols marcados. Vive hoje em Cabo Frio e é proprietário de posto de gasolina e escolinha de futebol em Rio Pardo.

O "Deus da Raça" foi renegado na seleção mas ídolo no Flamengo!

Seleção de Fotos: 

Em 1975
1978: Rondinelli, Cantarelli, Manguito, Ramirez, Carpeggiani e Júnior. Reinaldo, Adilio, Cláudio Adão, Zico e Julio César.

Em 81: Rondinelli, Gomes, Zé Maria, Rafael, Caçapava e Wladimir. Biro-Biro, Sócrates, Mário, Zenon e Paulo Cesar Lima(em rara aparição no Corinthians!)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ENFIM, UMA COPA DO BRASIL

Troféu da Copa do Brasil, desde 2002
Mesmo que ainda sem seguir o calendário europeu, a Copa do Brasil de 2013 finalmente vai contemplar quase todos os grandes times do Brasil (menos o São Paulo, saiba o motivo mais abaixo). A exemplo das Copas dos países do Velho Mundo, os principais times nacionais ou os mais bem colocados em campeonatos anteriores têm direito adquirido para disputá-las a partir das oitavas-de-final.

A Copa do Brasil foi criada em 1989 para satisfazer as várias federações estaduais do país que deixaram de ter representantes na série A do campeonato brasileiro, após a Copa União, instituída em 1987, que "zerou" todas as "benesses" políticas no futebol, advindas da ditadura militar. Só para ilustrar, o campeonato brasileiro de 1979 teve 91 (por extenso: NOVENTA E UM) clubes! Afinal de contas, o presidente da CBF era - e ainda é - eleito pelas federações.

Em sua primeira edição e até 1994, participavam somente os 27 campeões estaduais mais os vices de SP, RJ, MG, RS e o campeão do ano anterior, totalizando 32 clubes. Portanto, Cruzeiro, Atlético-MG, Inter e Grêmio estavam sempre garantidos. O mesmo não se podia dizer entre os grandes cariocas e paulistas: dois de cada sempre ficavam de fora.  De 1995 a 99, RJ e SP deixaram de ter este problema, já que a competição foi inchando para 64 clubes, quantidade que se manteve até o ano passado.
Troféus da Copa do Brasil
Ainda assim, havia uma séria questão: até meados dos anos 1990, a Libertadores tinha um regulamento com menos times e menos jogos, ou seja, menos representantes de cada país. Mesmo assim, havia a natural incompatibilidade de datas, uma vez que sua disputa é simultânea à da Copa do Brasil. Quando a Libertadores passou a ter mais times este problema passou a ser crônico! Lembro bem que o São Paulo chegou a ter jogos na Copa do Brasil e da Libertadores no mesmo dia!!! E ainda havia o campeonato paulista!!! Loucura total! Entrava o time B, com juniores! TV não sabia o que transmitir! A solução encontrada pela CBF (e pela TV Globo), totalmente salomônica, foi não colocar times brasileiros na Libertadores disputando a Copa do Brasil. Uma baita injustiça, corrigida agora em 2013, com o alongamento do torneio para todo o ano. Além disso, outras distorções acabarão:
  • A qualidade técnica. Dependendo do chaveamento e de eliminações precoces dos grandes, o campeão poderia jogar contra times de menor expressão e ter seu caminho bem facilitado, sem tirar seu mérito. O Flamengo, em 2006, foi campeão enfrentando 6 adversários, sendo somente 2 grandes, Atlético-MG e Vasco, este na final. Os outros 4 nem estavam na série A do Brasileiro (Guarani, Ipatinga, ABC e ASA). Em 2007, o Fluminense foi campeão enfrentando 3 da série A (Atlético-PR, Brasiliense e Figueirense, na final), o Bahia e o América-RN, além do valoroso ADESG, do Acre. E foram para a Libertadores...
  • Não sou contra "zebras" mas este esvaziamento da Copa provocou 4 delas ao longo da história: Criciúma vencendo o Grêmio em 1991 (a primeira do Felipão), Juventude vencendo o Botafogo em 1999, Santo André vencendo o Flamengo em 2004 e o Paulista de Jundiaí vencendo o Fluminense em 2005. Exceto pelos catarinenses (5o. lugar em 1992), os demais foram um grande fiasco na Libertadores.
  • A natural queda de rendimento do campeão da Copa no decorrer do campeonato brasileiro do ano corrente. Já classificados para a Libertadores, o relaxamento era natural. Com algumas exceções como o Fluminense de 2007, 4o. lugar no Brasileiro e o Vasco de 2011, vice-campeão.
  • Para os adeptos do "mata-mata", o segundo semestre também será recheado da chamada "emoção".
  • É nítido, a partir de agora, que a CBF valoriza mais sua competição que a Copa Sul-Americana, cujos representantes brasileiros, em sua maioria, são aqueles eliminados na Copa do Brasil, antes das oitavas de final. Exceção para o São Paulo, campeão do ano passado e participação garantida no torneio da Conmebol.
Falta ainda a disputa da Recopa, reunindo o campeão brasileiro e o da Copa do Brasil do ano anterior. Na Europa, são os 2 jogos que geralmente abrem a temporada e vale taça. Para 2013, a temporada brasileira começaria com Fluminense x Palmeiras, ida e volta, segundo jogo sempre no campo do campeão brasileiro.

Mas aqui no Brasil, campeonatos estaduais duram 4 meses...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

SOU CRAQUE E SOU FELIZ. MAIS GORDO É QUEM ME DIZ!


O Fenômeno Walter. Este, sim, é um fenômeno! (Embora o mais famoso já tenha jogado com barriga parecida ou maior!)
Com 1,78 m de altura e impressionantes 92 quilos (por enquanto), o craque esmeraldino "detona" 2 pacotes de biscoito recheado de chocolate e 2 litros de refrigerante todo santo dia!!! Isso é que é infância!!!

Nascido em Pernambuco, há 24 anos, Walter foi revelado pelo São José-RS e logo transferido para o Internacional, ainda sub-20. Foi um dos destaques do Sul-Americano da categoria, em 2009 na Venezuela, quando foi um dos artilheiros da competição com 5 gols, vencida pelo Brasil. No ano anterior, já havia se destacado na Copa São Paulo de Juniores. Rápido, habilidoso, ambidestro de chute forte, chegou a ser comparado pela torcida colorada a Claudiomiro, grande ídolo do final dos anos 1960 e início dos 1970, que, coincidentemente (ou não), também teve problemas com a balança, mais no final da carreira!

Durante o Gaúchão de 2009, Walter sofreu séria contusão no joelho. A cirurgia lhe tirou do Mundial Sub-20, no Egito, onde o time de Ganso, Rafael Tolói, Dalton, Maicon "Bolt" e Alan Kardec acabou vice-campeão, perdendo nos pênalties para Gana. Pena! Com ele, poderíamos ter vencido. Recuperado, teve participação, marcando gols, em vários jogos na Libertadores em 2010, vencida pelo Inter. Vendido ao Porto, começaram os problemas com os carboidratos e glicose! Imagino esse cara comendo Bacalhau a Zé do Pipo (aquele desfiado dentro do purê de batata), pastel de Belém e licor de ginginha, como digestivo, se é que precisa disso!

Após rápida passagem apagada pelo Cruzeiro, o Porto o emprestou ao Goiás, desde o segundo semestre do ano passado, quando foi fundamental para o título esmeraldino na série B e vice-artilheiro do campeonato. Joga fácil, objetivo, drible curto, drible longo, chutes certeiros, lançamentos precisos, toque rápido e ainda cabeceia! Faz gol em praticamente todos os jogos. Alguns lances e gol contra o Flamengo abaixo. Daqui a 2 dias, tem o Fluminense pela Copa do Brasil! Será a próxima vítima?



Walter lembra aquele jeito moleque de jogar futebol, o da "pelada séria"!! Tipo time sem camisa contra com camisa, casados contra solteiros, a festa depois do churrasco ou ainda, para ser mais contemporâneo, coletes coloridos! Imagina COMEmorando alguma coisa!

Taí um cara pro Fantástico emagrecer!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MÁRIO SÉRGIO PONTES DE PAIVA

"O comentarista Calibre 44 ! "

Era assim que o folclórico narrador Silvio Luiz anunciava seu principal parceiro nas transmissões da TV Bandeirantes, na década de 90, quando o habilidoso, genial, indisciplinado e temperamental Mário Sérgio encerrou a carreira de jogador e deu seus primeiros passos na televisão, ao mesmo tempo em que também virou técnico. Nesta época, ele inventou uma expressão muito usada atualmente por comentaristas, técnicos e torcedores: "O time X está começando a gostar do jogo".

  E por que "calibre 44"? Quando jogava no São Paulo, em 1981, perdeu para o São José por 1x0, em São José dos Campos, no 1o. jogo da decisão do 2o. turno do Paulistão. Na saída do estádio, o ônibus do time foi apedrejado pela torcida local que cercava o veículo. Mário Sérgio sacou seu revólver e, pela janela, esvaziou o cartucho, dando vários tiros para o alto. Os torcedores sumiram "rápido como quem rouba" (da minha professora de redação Maria Emília). Mais tarde, Mário afirmou que as balas eram de festim e se disse arrependido. Na partida de volta, o placar do Morumbi anunciava "no. 11 Mário Sérgio, o Rei do Gatilho". Alvoroço total. O São Paulo foi bicampeão paulista neste ano.

Mário Sérgio, o Renegado Rei do Gatilho! Carioca, nascido em 7 de setembro de 1950, foi revelado pelo Flamengo. Não teve chances. Negociado com o Vitória-BA, onde jogou de 1971 a 1974, junto com o baixinho Osni e André Catimba (que entraria para a história em 77, quando marcou, pelo Grêmio, o gol que interrompeu 8 Gauchões conquistados pelo Inter). Em 1975, Francisco Horta o trouxe de volta ao Rio para fazer parte da 1a. versão da "Máquina Tricolor", com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho. Criador dos famosos "troca-troca", Horta mandou acabou negociando-o com o Botafogo, onde jogou de 76 a 79, fazendo parte do chamado "time do camburão", apelido dado pelo botafoguense jornalista Roberto Porto. Ele justifica: "um time que tinha Dé, Mário Sérgio, Renê, Paulo César, Perivaldo e Nilson Dias... todos com a chave da cadeia!" Após ter sido campeão em 75 no Fluminense, foi em 1979, no Internacional, sua grande conquista: campeão brasileiro invicto. Depois, bicampeão paulista com o São Paulo (80/81),  mais dois anos na Ponte Preta, a Copa Intercontinental em 1983 pelo Grêmio contra o Hamburgo e em 1984, no Palmeiras, o famoso caso de doping, ainda mal explicado. Encerrou a carreira no Bahia em 1987, após rápida passagem pela Suíça.

Vesgo era seu apelido. Muito antes de Ronaldinho Gaúcho, já fazia lançamentos e passes olhando para um lado e jogando a bola pro outro.

Atuou 8 vezes pela Seleção Brasileira. A mais importante em um amistoso contra a Alemanha no Maracanã, às vésperas da Copa de 82, vencido pelo Brasil por 1x0, gol de Júnior, quando 8 titulares eram do Flamengo. Ficou com a grande mágoa de Telê Santana, ao ser preterido por Dirceu, na convocação final.


Foi técnico de vários clubes, entre os quais Corinthians e Internacional, mais de uma vez, sem grandes conquistas. Como comentarista, continuou sua carreira polêmica, sempre com críticas ácidas, em especial, ao seu grande desafeto: Dunga! Na Copa de 90, dizia que futebol não era para ser jogado "com a bunda no chão.", em referência à quantidade de "carrinhos" dada pelo volante! Recentemente, se envolveu em uma discussão, ao vivo, com o jornalista Rodrigo Bueno, na Fox, acusando-o de não entender de táticas do futebol porque nunca havia trabalhado dentro do campo! Lamentável! O Rei do Gatilho nunca perde a pose!

Mini documentário, de 1982, antes de ser cortado por Telê na convocação para Copa de 82, sobre a carreira de Mário Sérgio, por ele mesmo:

E algumas fotos:

   
                                          Botafogo 77: Zé Carlos, Osmar, Perivaldo, Odélio (?), Carbone e Rodrigues Neto. Gil, Paulo César, Dé, Nilson Dias e Mário Sérgio.



Inter 79: João Carlos, Benitez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Waldomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.




São Paulo 81:
Valdir Peres,Getúlio, Oscar, Dario Pereyra, Almir e Marinho Chagas. Paulo César, Renato, Serginho, Éverton e Zé Sérgio.



Grêmio 83:
Paulo Roberto, Mazaropi, Baidek, China, Paulo César e De Leon. Renato, Oswaldo, Tarciso, Paulo César Caju e Mário Sérgio.

DOMINGOS ELIAS ALVES PEDRA





O catimbeiro, presepeiro, provocador mas, sobretudo, habilidoso, rápido, driblador e goleador atacante abre uma nova série do Blog: Os Renegados! Bons, muitas vezes excelentes ou até mesmo craques mas que nunca ou muito pouco atuaram pela seleção brasileira, seja por rebeldia, maluquice ou por que havia jogador melhor em sua época, na mesma posição. Deram azar!

Estava assistindo o Donos da Bola, como José Carlos Araújo, Gérson e Gilson Ricardo, na BAND, e quem eu vejo, fazendo parte da bancada fixa? Dé, o Aranha! Figuraça! Olhem como está, carequinha, carequinha, aos inacreditáveis 65 anos!

Dé já era apelido reunindo suas iniciais e quando jogou no Botafogo, ganhou o "Aranha", gíria da época para algo muito ruim ou muito bom! Era maluco de Pedra (sobrenome certinho esse!)!

Duas histórias folclóricas no Maracanã, contadas por ele no programa:
1 - Em 1969, pelo Bangu, pegou um pedra de gelo e jogou na bola, desviando-a do zagueiro Reyes, do Flamengo. O paraguaio não entendeu nada. Dé driblou o goleiro e fez o gol.
2 - Em 1970, também pelo Bangu. Jogo com o Vasco. 0x0. Último minuto. Falta pela esquerda. O ponta Aladim vai levantar na área. Dé corre até ele: "Joga na pequena área!". Aladim cobra. Na época, havia aquela falta de grama onde o goleiro ficava. Era terra mesmo. Dé pegou um punhado. Enquanto a bola viajava, jogou no rosto do goleiro argentino Andrada, que ficou cego durante os 2 segundos suficientes para Dé marcar o gol da vitória! Andrada saiu atrás dele pelos vestiários tomado pelo capeta!!!! Dé saiu do estádio protegido pelo gigante zagueiro banguense Mario Tito! Hilário!

Começou no Bangu em 1967, quando foi vice-campeão carioca.  Em 70, foi disputado por Vasco e Fluminense. Após ganhar o Carioca deste ano, o Vasco levou a melhor! Dé jogou em São Januário até 1974, antes da conquista do Brasileiro deste ano. Foi para o Sporting Lisboa e depois foi o primeiro brasileiro a jogar na Arábia Saudita, no Al-Hilal (que viria a ser o time onde Rivelino encerrou a carreira em 1979). Voltou ao Vasco em 1976, onde ganhou a Taça Guanabara. No Botafogo, onde jogou de 77 a 80, participou do célebre time que ficou 52 jogos invicto entre os campeonatos brasileiros de 77/78 e protagonizou outra! Após a 52a. partida invicta - empate com o Palmeiras no Pacaembu -, Dé deu entrevista na TV Globo, dizendo que não aguentava mais esta história de invencibilidade e soltou: "Não vejo a hora dessa chatice terminar! Vocês não falam de outra coisa, não?". Pois é. 3 dias depois, Grêmio 3x1 no Maracanã. A chatice terminou mesmo!

Considerado por José Roberto Wright, o precursor das cavadas de pênalti do futebol brasileiro. "Me enganou várias vezes!", afirma!

Voltou a jogar no Bangu e no Bonsucesso, quando encerrou a carreira de jogador e iniciou a de técnico em Vitória-ES, tendo exercido a função também no Botafogo, sem muito sucesso. Não foi um jogador que conquistou muitos títulos mas escreveu seu nome na história (da malandragem) do futebol carioca. O primeiro Renegado!

Alguns gols aqui: http://www.youtube.com/watch?v=diueJv_9LM8
E fotos de times em que jogou!
Dé, o Aranha! Figuraça-aça-aça!

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Bangu 1967: Mario Tito, Devito, Luiz Alberto, Pedrinho, Fidélis e Jaime. Marcos, Dé, Mário Tilico,Fernando e Aladim.

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Zé Carlos, Beto, Osmar, Wecsley, Renê e Rodrigues Neto. Cremilson, Mendonça, Dé, Manfrini e Paulo César.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

DUAS VEZES NO MESMO LUGAR

Atenção flamenguistas: este post não tem nenhuma intenção de sacaneá-los! É sério! Só não dá para passar em branco!!!

Foi um fato raríssimo no futebol que eu não tenho conhecimento de já haver acontecido alguma vez em toda a história deste esporte! E tão pouco poderia afirmar que poderá acontecer de novo! Se alguém descobrir, por favor, deixe algum link nos comentários abaixo!

Digitei no google "dois gols do mesmo goleiro contra o mesmo time" e não achei absolutamente nada parecido com o aconteceu hoje em Brasília, quando o Flamengo vencia por 1x0, gol de pênalti cobrado pelo lateral João Paulo e deixou a vitória escapar contra a Portuguesa aos 47 minutos do segundo tempo! Gol de cabeça do goleiro Lauro! Incrível! Veja o lance:


E há exatos 10 anos e 3 dias, o mesmo goleiro Lauro, então na Ponte Preta, foi ao ataque e aos 52 minutos do segundo tempo, em um escanteio também do lado direito, cabeceou e empatou o jogo, em Campinas, contra o mesmo Flamengo que vencia o jogo também por 1x0. Impressionante! Olha aí:





Está definitivamente quebrado o velho provérbio popular que diz que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar!

Ou no mesmo gol!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

BÊ-A-BÁ DA COPA TOTAL

Trujillanos, Mineros de Guayana, Inti Gas, El Tanque Sisley, Wanderers, La Equidad, Itagüi Ditaires, Deportivo Pasto, Independiente José Teran, Anzoátegui, Deportivo Lara, Juan Aurich e Melgar.

Supongamos que un sudamericano esté leyendo ese blog, entonces sigo la lista con Criciúma, Ponte Preta, Vitória da Bahia, Portuguesa e Naútico.

É a Copa Sul Americana 2013 que começou sorrateiramente, na semana passada, mas se o amigo leitor zapear seu controle remoto e parar na Fox Sports, ouvirá aquela musiquinha horrível que eles colocam quando sai um gol! O Sportv também está transmitindo.


O "TOTAL" do logotipo é da patrocinadora, petroleira francesa. Já foi Bridgestone. Já foi Nissan. A Conmebol gosta é de grana e esse negócio de naming rights vem bem a calhar...

É o segundo torneio em importância da Conmebol e, fazendo o paralelo com a Europa, equivaleria a atual Europa UEFA League. A (grande) diferença é que como a Conmebol não segue o calendário da FIFA (e o europeu), as competições são disputadas em momentos diferentes, uma em cada semestre e podendo, portanto, ter mesmos times da Libertadores. Na Europa, a Champions League e Europa League ocorrem simultaneamente e, claro, com clubes distintos e durante toda a temporada, sem risco para que seus campeões continuem a disputar competições nacionais sem motivação, além de se preocuparem somente com o Mundial de Clubes e ainda com risco de serem rebaixados. Mas estamos na América do Sul, Brasil...

A Copa Sul Americana é a unificação das antigas Copas Mercosul e Merconorte, disputadas em 2000 e 2001, posteriores à Copa Conmebol, disputada entre 1992 e 1999. Até 2008, a exemplo da Libertadores, times mexicanos também participavam e o Pachuca foi campeão em 2006, na primeira e única vez que um time deste país venceu uma competição da Conmebol! Depois, alegaram problemas de calendário. Em 2002, clubes brasileiros não disputaram. Nosso calendário era ainda mais maluco que o atual.

No sistema de disputa, não há fase de grupos mas uma preliminar regionalizada, também de "mata-mata". Os 8 times brasileiros se eliminam para 4 vagas. Os 6 times argentinos, para 3 vagas. Há ainda 4 vagas para o Grupo Norte, com times da Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. E mais 4 para o Grupo Sul, com times do Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. A 16a. vaga das oitavas de final fica com o campeão do ano anterior. Só não queiram saber como são os critérios de classificação que cada país utiliza para indicar seus representantes. Já li e reli. É de chorar! Conselho do blogueiro: não tentem descobrir!

Ao campeão, o direito de disputar a Recopa Sul Americana no ano seguinte, em dois jogos, com o Campeão da Libertadores e a Copa Suruga! Como? O amigo leitor não sabe o que é Copa Suruga??? O Suruga Bank, do Japão, promove um jogo do campeão da Copa Sul Americana contra o campeão japonês! O motivo pelo qual escolheram este e não aquele da Libertadores é ... não faço a mínima ideia!

Campeões: 2002 - San Lorenzo (ARG- Cardeal Bergoglio vibrou), 2003 - Cienciano (PER), 2004/05 - Boca Juniors (ARG - ói nóis aqui tra véiz), 2006 - Pachuca (MEX), 2007 - Arsenal (ARG), 2008 - Internacional (BRA), 2009 - LDU (EQU), 2010 - Independiente (ARG - recordista de Copas na América do Sul), 2011 - Universidad Chile (CHI), 2012 - São Paulo (BRA)

De onde são os times lá de cima?!?! Pesquisem, pesquisem...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

AFINAL, DE QUEM É O NEW MARACANAN ?

Já escrevi aqui em outras oportunidades como a licitação do "New Maracanan" foi vergonhosamente conduzida. O desgovernador Sergio Fernando Cavendish Cabral Filho possui atualmente o mais baixo índice de aprovação e popularidade da história deste cargo no Rio de Janeiro. As manifestações populares que não cessam em torno de sua atuação como mandatário fluminense fazem com que suas decisões sejam cada vez piores em relação a tudo. Com o estádio, não seria diferente.

Na concessão, o Consórcio Maracanã teria direito de construir edifício-garagem e centro de entretenimento onde estão hoje, respectivamente, o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Seriam fontes de receita vitais ao concessionário. Isso ficou ainda mais evidente após os primeiros jogos pelo campeonato brasileiro em que os abusivos preços cobrados nos lugares premium simplesmente afugentaram o mais abastado dos torcedores. E mais: nem FIFA, nem Comitê Olímpico Internacional exigiram tais demolições. Muito menos da Escola Municipal Friedenreich, Top 5 do munícipio. O tal do Museu do Índio é ficha pequena.

Assim, por pura demagogia política, da pior espécie, o desgovernador resolveu "melar" tudo, desistindo das demolições e deixando "no ar" o cancelamento da licitação, passando por cima de contratos assinados e gerando incertezas sobre o futuro muito próximo de tudo o que está relacionado ao estádio. A saber:

  • O que a Lei 8666, das Licitações Públicas, prevê para os casos em que o Poder Público, licitante, rasga o que já está licitado e assinado? Especialistas em direito administrativo, ajudem!
  • Uma vez que o Consórcio vencedor já afirmou que não terá como honrar seus compromissos contratuais sem as receitas acima previstas, é passível de multa? No caso afirmativo, de quanto é essa multa? No caso negativo, quem responderá pelo "pequeno" valor de 1 bilhão e 200 milhões de reais, dinheiro público, gasto na reforma?
  • Como ficará o contrato já firmado com o Fluminense? O clube fez seu planejamento e previsões de receita com vendas de ingresso, instalação de loja oficial de artigos licenciados, base para aumento de adesões ao programa sócio-torcedor e, sobretudo, NÃO PAGAR PARA JOGAR POR 35 ANOS! Enfim, o clube será ressarcido? Caso positivo, de quanto é a indenização e quem a pagará? Caso negativo, o Fluminense não teria direito? Nos tempos de SUDERJ, só valia a pena jogar no estádio com público mínimo de 25/30 mil pagantes para se obter algum lucro após zerar despesas.
  • E Flamengo e Botafogo? O primeiro fez contrato curtíssimo até dezembro próximo, sem maiores consequências, embora as questões do Fluminense também sejam aplicadas, mas o segundo ainda não havia firmado acordo algum. E agora? Fechará com quem? Em que termos?


E a pergunta que não quer calar: qual seria o próximo passo do desgovernador (ou do prefeito ou da presidência da república) para aliviar as finanças do combalido amigo?

Ainda bem que você já está fora dessa, não é não, Luma?

sábado, 3 de agosto de 2013

NÃO ERA O TAITI

Era o Santos Futebol Clube. Um dos grandes do futebol brasileiro, do futebol sul-americano e duas vezes campeão intercontinental. O time de Pelé! O time que ajudou o nosso futebol a construir a imagem de melhor do mundo há mais de 50 anos. E o Rei não fez isso sozinho. Lá estavam Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pepe, Pagão, Zito, Lima, Gilmar, Joel, Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Edu, Toninho Guerreiro. Tantas conquistas, tantos jogos inesquecíveis, tantas glórias!

A goleada histórica e vergonhosa que o Santos, no meio da temporada, acaba de tomar do Barcelona, em pré-temporada, pelo Troféu Joan Gamper, por 8x0, sim, 8x0, é uma mancha azul de tão negra que sabão em pó nenhum vai conseguir limpar por muito tempo. Muito menos o amaciante pois o cheiro está pra lá de fedido...

O fato é tão extraordinário, sob o ponto de vista negativo, que o resultado acabou abafando o que todos queriam realmente assistir: a estreia oficial de Neymar no Camp Nou, jogando pelo menos 45 minutos, uma vez que dias antes, havia atuado menos de 15 minutos em amistoso contra o Lech Gdansk, na Polônia, onde o Barcelona esteve com seu time C, mais o Messi, e empatou em 2x2. Também com este time C, com Messi e sem Neymar, havia goleado por 7x0 o valoroso Valerenga, de Oslo, Noruega, que celebrava seu centésimo aniversário. Belo presente.


Ou seja, o Santos foi humilhado! Seus jogadores pareciam estar brincando de "cabra cega"! Mais ridículo ou patético ou ambos, foi ouvir Galvão Bueno gritando: - "Pra cima deles, Neymar!" Deles, os brasileiros. Tontos, mas brasileiros! Lamentável! Ainda bem que ele não marcou! Deve ter ficado constrangido!

Se era só dinheiro que o Santos queria ganhar como parte do pagamento da venda de Neymar, atingiu seu objetivo! Parabéns, LAOR (Luiz Alvaro Oliveira Ribeiro, presidente)! Segura sua torcida!

Foi o dinheiro mais caro que já entrou no caixa do Santos!