sexta-feira, 31 de maio de 2013

O PÂNICO NO HORTO

O Clube Atlético Mineiro é um fenômeno interessante no futebol brasileiro.

De grande tradição e história em Minas Gerais. Poucas conquistas nacionais; para ser mais preciso, somente duas:
1 - II Torneio Nacional de Clubes, em 1937, quando venceu Portuguesa-SP, Fluminense e Rio Branco-ES, campeões da Região Sudeste no ano anterior, com destaque para o goleiro Kafunga, o zagueiro Zezé Procópio e o atacante Paulista, artilheiro do torneio.
2 - O Campeonato Brasileiro de 1971, com jogadores mais conhecidos como o goleiro Renato, o zagueiro Vantuir, o volante Vanderlei, o meia esquerda Lola e os atacantes Dario e Romeu. Não era superior ao Botafogo de Jairzinho, Paulo César e Marinho Chagas ou ao São Paulo de Gérson, Toninho Guerreiro e Roberto Dias, seus adversários no triangular final, mas tinha excelente conjunto e Mestre Telê Santana no banco.

Na América do Sul, venceu 2 Copas Conmebol (92 e 97), já extintas, jogadas de 1992 a 99. Era uma espécie de Copa Sulamericana atual, onde até o CSA de Alagoas, foi vice em 99. E ainda há a edição de 95, quando o Atlético chegou a final contra o Rosario Central, da Argentina. Na ida, o Galo, com Taffarel no gol, fez 4x0 no Mineirão. Mão na Taça. Em Rosário, poderia, portanto, perder por até 3x0. Perdeu por...4x0. Disputa de pênalties. Vitória argentina. Papelão!

Alguns vice-campeonatos brasileiros foram marcantes na sua história. Em 1977, perdeu Reinaldo, por suspensão, na final contra o São Paulo, um time apenas razoável e muito inferior ao Galo. Após 120 minutos de 0x0, parou na catimba de Valdir Peres nos pênaltis. Em 1980, tinha um time tão excepcional quanto o Flamengo. Após a vitória de 1x0 no Mineirão, ficou com um a menos no Maracanã e Reinaldo, sem os dois joelhos, ainda marcou 2 vezes. Perdeu por 3x2 e o título, pela força do regulamento que dava a vantagem do empate ao Flamengo. Mais dois vices em 99, para o Corinthians e no ano passado, para o Fluminense.

Em 81, na Libertadores, foi preciso jogo-desempate contra o Flamengo, para decidir a classificação à fase semifinal, em campo neutro, Serra Dourada, Goiânia. Em um dos mais violentos jogos da história do futebol brasileiro, o zagueiro rubro-negro Figueiredo levantou Reinaldo nas alturas, no início do jogo. O polêmico José Roberto Wright nada fez, apenas marcando a falta. Logo em seguida, Reinaldo fez uma falta normal, não violenta em Zico, no campo de defesa do Flamengo. Inexplicavelmente, Wright o expulsou. A revolta tomou conta do Galo. E acabaram perdendo a razão quando forçaram novas expulsões (Cerezzo, Éder, Chicão...) e jogo teve que terminar antes do 1o. tempo, por falta de jogadores, quando ainda estava 0x0. A Conmebol deu a vitória ao Flamengo no Tapetão, em uma decisão contestada. O Flamengo acabou campeão.

Voltando, então, à primeira frase deste post, o Atlético é um fenômeno interessante no futebol brasileiro pois mesmo com poucos títulos de expressão, bem menos que o rival Cruzeiro, além de um rebaixamento em  2005, sua torcida é muito grande, não diminui e continua muito fanática. E não é difícil estimar que pelo menos metade dela, nunca viu o time ganhar nada. Campeonato mineiro não conta. É campeonato de um só jogo.

Portanto, os 41 anos de fila são um peso que atormenta todo mundo. No ano passado, 10a. rodada do Brasileirão, o Galo era líder com 8 vitórias. A torcida levava faixas de campeão ao estádio e ainda faltavam 28, sim, 28 jogos até o final!!! Galoucura!

O pé do goleiro Victor salvou o Atlético de eliminação injusta na Libertadores, pelo conjunto da obra até aqui. Mas não existe justiça em futebol. O que existe é bola na rede. E, ontem, o Tijuana jogou melhor e merecia ter vencido. Fiquei transtornado com algumas imagens de torcedores que choravam copiosamente de tristeza antes do pênalti ser cobrado. Fiquei realmente com pena! O torcedor atleticano tem que abandonar essas infantilidades de máscara do Pânico e "caiu no Horto, tá morto". Compareça ao estádio, cante, grite, xingue e apoie o time. Aliás, o Independência ficou bonito com a reforma mas o estádio que combina com Atlético é o Mineirão. Maior, confortável, tradicional e onde os maiores jogadores que o clube teve atuaram: Reinaldo, João Leite, Éder, Cerezzo, Luisinho, Waguinho, Dario, Lola, Vanderlei, Buglê, Romeu. É hora de se agigantar. Não o contrário.

Tomara, ainda, que o presidente Khalil reflita sobre suas palavras, mesmo que na emoção do fim do jogo, quando afirmou que "as porcarias (brasileiras) foram eliminadas". Antes de torcedor, é presidente e precisa agir como tal. Se não fosse o pezinho do goleiro, o grupo das porcarias estaria reforçado com um bicho que faz cocoricó!
O pé que, por enquanto, salvou o Galo!

Em julho, voltaremos com a Libertadores!!!!

CAÇADORES DAS LIMINARES PERDIDAS

Aqui vai uma pergunta de leigo jurídico que sou: Há "liminares-relâmpago" em plantões de feriados em outros países do mundo? Galera do direito internacional, por favor, me ajudem!

Quem passa pelo Eikebatistão, via Avenida Radial Oeste, aquela que beira a linha do metrô, se assusta com o que vê. É, de fato e sem sombra de dúvidas, canteiro de obras. Além de me assustar com o preço dos ingressos para Brasil x Inglaterra do próximo dia 2, avaliei com esmero se os comprava para passar algumas horas em um ambiente inacabado. Não comprei.



Tudo neste país atrasa não porque somos relapsos, preguiçosos e ignorantes (ah vai, um pouquinho por isso!) mas porque, desta forma, a lei 8666, das licitações, pode ser "engolida" devido ao caráter de emergência e prejuízos a compromissos firmados. É oficialização do superfaturamento em nome da coisa pública e da reputação de qualquer governo, eleito pelo povo. Que maravilha! Assim, mais da metade dos estádios brasileiros para a Copa do ano que vem está atrasada e os orçamentos, claro, aumentam a cada dia que passa, sem nenhum controle ou escrúpulo. E ninguém faz nada.

Opa! Alguém faz ou tentou fazer. O MP do Rio se preocupou com a questão, mesmo que nestes plantões malucos de feriado.
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2013/05/justica-suspende-brasil-x-inglaterra-mas-cbf-diz-ter-laudos-para-partida.html#jogo-brasil-x-inglaterra---02/06/2013-16%3A00

Todavia, algum Indiana Jones estava com o seu chicote atento e não deixou a "arca sagrada" cair em mãos nazistas!
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2013/05/tribunal-de-justica-do-rio-de-janeiro-revoga-liminar-que-suspendia-amistoso.html#jogo-brasil-x-inglaterra---02/06/2013-16%3A00

Mas afinal... quem são mesmo os nazistas?

terça-feira, 28 de maio de 2013

TUDO O QUE NEYMAR PRECISA SABER SOBRE O BARCELONA

Vestir a camisa do Barcelona é mais do que jogar em um time de futebol.

É o que diz seu lema "Més que un club!" Está desenhado, de forma gigantesca, na pintura das cadeiras em um dos níveis da plateia do estádio. Veja aí na foto! Em bom catalão, significa "Mais que um clube". Durante os 40 anos de ditadura sanguinária de Francisco Franco no governo espanhol (finalizada com sua morte em 1975), as vitórias e conquistas do FC Barcelona serviam como protesto ao regime de assassinatos e toques de recolher, sendo o pretexto ideal para, disfarçadamente, fazer tremular a bandeira da Catalunha. Tempos difíceis em que até o idioma catalão era proibido!

O Camp Nou ou Nou Camp é atualmente o maior estádio da Europa, com capacidade para 105.000 torcedores. Ao lado, o clube mantém outro estádio para 35.000, onde joga o Barcelona B, de jovens e juniores, na série B do campeonato espanhol. O Museu é extraordinariamente espetacular! São 3 andares inesquecíveis para quem gosta de futebol, com sala de troféus informatizada, atrações em multimídia, filmes e interatividade total. As filas intermináveis de fãs e curiosos na sua entrada são a maior comprovação disso.

O Barcelona tem a segunda maior receita com futebol no mundo, atrás apenas do Real Madrid, seu maior rival, e na frente de Manchester United, Chelsea, Liverpool, Bayern Munich, Milan, Internazionale e Juventus. São 114 anos de História!

Não há absolutamente nenhum jogo em que o estádio não esteja com a sua capacidade esgotada, seja pela Liga dos Campeões da Europa, Campeonato Espanhol, Copa do Rei ou com a apresentação de alguma contratação bombástica! São 250 mil sócios-torcedores com pagamento em dia. Todos os ingressos vendidos com um ano de antecedência.

Grandes jogadores brasileiros fizeram sucesso com a camisa blau grana (azul-grená, em catalão): Evaristo de Macedo, Romário, Ronaldo (quando ainda era o Fenômeno e não o Fofômeno), Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho (no auge).

A cidade de Barcelona é indiscutivelmente uma das mais bonitas e progressistas de toda a Europa. Com a brisa do Mediterrâneo, estão a tradição inovadora de Gaudi e Miró, do Palácio Nacional da Catalunha, do Bairro Gótico, Example, das Colinas de Montjuich, Las Ramblas, o Port Vell e o grande (este sim) legado das Olimpiadas de 92, Barceloneta, lugar degradado que ressurgiu com praia construída e um dos ambientes mais acolhedores da cidade. Povo hospitaleiro e simpático que respira o futebol, aquele bem jogado por Zamora, Kubala, Cruyff, Koeman, Laudrup, Guardiola, Stoichkov, Rijkaard, De Boer, Deco, Figo, Zubizarreta e agora, por Messi, Iniesta, Xavi e Puyol.

Vê se te orienta Neymar! Saiba onde estará pisando! Que as lágrimas de Brasília te inspirem! Futebol, sabemos que tem! Para de se jogar dentro de campo e fora dele, faça menos comerciais, pegue as menininhas e depois saiba "sair fora". Gente muito boa como Roberto Dinamite, Maradona (é, Maradona) e Riquelme, por lá, fracassaram. A linha entre sucesso e fracasso é bem tênue. Torcemos por você!


domingo, 26 de maio de 2013

BLITZKRIEG


Neuer, Lahm, Batstuber, Schweinsteiger, Thomaz Müller, Mario Gomez, Kroos, Götze, Hummels, Reus, Schmelzer.
Onde eles atuam? Nos finalistas aí de cima da UEFA Champions League. O Bayern ganhou! Parabéns. O maior vencedor do futebol alemão. O Borussia, maior torcida da Alemanha, jogou muito. Um tinha que ganhar! Um jogaço! Para inglês ver e fazer tremer Wembley! A segunda vingança alemã de 66!
Entretanto, para nós brasileiros e para as demais seleções em 2014, atenção!
É. Essa galera aí terá o reforço de Özil e Khedira do Real Madrid. Podolski e Mertesacker do Arsenal. Talvez nem precise do veterano Klose da Lazio.
Vem chumbo grosso!
Uma autêntica "blitzkrieg"!

P.S.: Saudações a Rolf Danziger. O jornalista mais brasileiro de todos os alemães!!! (ou seria o contrário?)


sexta-feira, 24 de maio de 2013

POR QUE TÊ-LOS? POR QUE NÃO TÊ-LOS? - PARTE 3

Já deu pra perceber como é sinistra a organização do futebol brasileiro no âmbito CBF-Federações e Clubes da Série A. Não é diferente no âmbito Federações-Clubes e Ligas.

Ligas?! É. As federações estaduais também são responsáveis por qualquer liga amadora que queira submeter seu torneio de futebol a sua mediação e hierarquia. Na prática, trata-se simplesmente de VOTO para a eleição do presidente da federação. Então, ligas amadoras de qualquer município podem ter o mesmo peso de voto de qualquer clube em qualquer estado, desde que o estatuto contemple tal condição. E, claro, a maioria esmagadora contém. O exemplo clássico do absurdo das ligas foi o que o ex-deputado "Tô Rico" Miranda fez nos anos 90. Levava o time B do Vasco para jogar, de graça, em minúsculos municípios fluminenses como Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Porciúncula ou Miracema. Os estádios, belos exemplos de campos de várzea. O ingresso era cobrado. A renda revertida para a liga local e as sucessivas eleições do "Caixa D´Água" para a federação do Rio estavam sempre garantidas pois as ligas têm o mesmo peso de voto de Fla, Flu, Bota e Vasco. Coincidentemente, o Vasco venceu vários campeonatos estaduais em todas as divisões nesta época. Muitos deles até merecidos, mas o importante era o deputado, sempre reeleito.

Portanto, soluções racionais e financeiramente vantajosas para clubes e, sobretudo para torcedores, serão sempre muito difíceis de serem implementadas. A cultura da corrupção e do banditismo da classe política brasileira está radicalmente entranhada no futebol. Em muitas oportunidades, são os próprios políticos que o comandam. A Globo, como uma espécie de "cúmplice branca". Os clubes, com medo de represálias, em especial, dentro de campo, com esquema nocivo de arbitragens. Os torcedores, com a peculiar passividade que caracteriza a ignorante sociedade brasileira.

Então, vamos lá.

Os campeonatos onde jogam os principais clubes brasileiros não podem dar mais do que 2 meses para que joguem. Isto seria a metade do que é praticado atualmente. E ainda dava pra aumentar a pré-temporada em alguns dias. Ou permitir que os clubes voltassem a disputar torneios na Europa. Lembram do Teresa Herrera, Ramon de Carranza e Torneio de Paris? As federações podem fazer com que os clubes de menor expressão joguem durante o ano para conseguirem uma espécie de classificação para disputarem na temporada seguinte, talvez, um octogonal com os grandes que não precisariam disputar lamentáveis partidas em fases intermináveis de classificação. Todo mundo tá careca de saber que o campeão paulista será um dos 4, assim como o do Rio. O de Pernambuco será um dos 3. Em MG, RS, PR, GO, BA, PA, CE será um dos 2. Em SC, até que a variação é maior, mas os times são só medianos. É óbvio demais.

A recém ressuscitada Copa do Nordeste pode ser uma boa saída. Os principais clubes de cada estado disputando uma competição regional rápida é uma saída rentável e de boa atratividade para os torcedores. Que os campeonatos estaduais sirvam para classificar outras equipes a participar no ano seguinte. Vale para uma possível Copa Norte, Centro (com Cruzeiro, Atlético-MG, Goiás e ES) e Sul (com Inter, Grêmio, Coritiba e Atlético-PR). A realidade é diferente em SP e Rio, com 4 grandes em cada, além do interior paulista que, às vezes, apronta surpresas.

Tudo isso sempre com TV. A Globo não teria prejuízo nenhum. Ao contrário, teria jogos mais atraentes para transmitir e um campeonato brasileiro mais extenso, com menos rodadas nos meios de semana, reservados para Copa do Brasil e competições internacionais, além das datas FIFA para a seleção brasileira.

Com vontade política, isso é totalmente viável! Opa, falei "política"??? Não devia ter falado...

terça-feira, 21 de maio de 2013

POR QUE TÊ-LOS? POR QUE NÃO TÊ-LOS? PARTE 2

Parabéns a Botafogo, Corinthians, Atlético-MG, Internacional, Santa Cruz, Vitória, Coritiba, Goiás, Ceará, Paysandu, Criciúma, Potiguar, CRB, Brasiliense, Parnahyba...ufa! Campeões Estaduais de 2013!



O mais desavisado dos estrangeiros entra em parafuso: "Ué, a temporada começou somente a quatro meses e o Brasil já tem 27 campeões! Fuck! What the hell is it?"

Atualmente, o presidente da CBF é eleito pelo voto simples de 27 federações estaduais e dos 20 clubes que estiverem na série A do campeonato brasileiro no ano da votação. Ou seja, o voto da federação do Acre ou do Amapá (com todo o respeito) tem o mesmo peso da de São Paulo ou do Rio, ou ainda de qualquer grande time do Brasil. Pela matemática, se um candidato conseguir o voto de 24 federações, não será necessário o voto de nenhum time da série A para ser eleito. Ou, sendo ainda mais cruel, se estas 3 federações cujos votos não foram comprad...ops... obtidos tiverem sido SP, RJ e MG ou RS, avalie a representatividade do vencedor. Enquanto isto estiver em vigor, os campeonatos estaduais jamais acabarão!

Não sou contra os estaduais. Escrevi assim no final da Parte 1. Infelizmente, sua tradição e cultura está enraizada nos torcedores. A rivalidade local, sem violência, até que é sadia, embora possa ser vivenciada no campeonato brasileiro. Apesar disso, somente as cidades do Rio, São Paulo, Recife, Curitiba, Londres, Buenos Aires e Cid.México possuem mais de 2 times de grande torcida. Onde se situa a maioria das cidades que citei?

Soluções para os estaduais? Muitas. Para todas, é fundamental tomar a primeira providência: ajuste ao calendário europeu. Ou da FIFA, como queiram. É importante que as seleções se preparem adequadamente para competições oficiais como a Copa do Mundo, Copas Continentais, Olimpíadas, sempre disputadas em junho, julho, no final da temporada. O campeonato brasileiro é uma piada: os times começam com um elenco e terminam com outro, por conta da janela de transferência também ao final de temporada. E a quantidade de jogos no meio de semana? E as datas FIFA que não são respeitadas? Quantas partidas o Neymar jogou pelo Santos no ano passado? Onde ele estava? Jogando pela seleção na data FIFA, ora! Hoje em dia é normal jogadores atuando no Brasil serem convocados para a seleção. Somente Brasil, Rússia e  outros países do norte da Europa não adotam o calendário. O amigo leitor já passou inverno na Noruega ou na Rússia??? No Brasil, o problema é o verão. Nossos milionários craques sentirão muito calor! Ué, mas quando os estaduais começam ainda é janeiro e fevereiro!!!! Mas há um detalhe: a Rede Globo!

A Vênus Platinada sabe que sua audiência no verão brasileiro é baixa. Todos estão na praia, viajando, curtindo férias, até para o exterior. Como a Globo comprou os direitos de transmissão do futebol no Brasil e faz a tabela dos jogos conforme sua conveniência, o futebol no verão é uma maneira concreta de não fazer feio na audiência neste período, em determinados horários. Mesmo que seja com os joguinhos "sem-vergonha" do início dos estaduais. Com o dinheiro pago pela Globo, federações e clubes (sim, eles também têm culpa) não estão nem aí para os públicos ridículos presentes aos estádios.

O próximo post vai tratar de propor soluções para os estaduais e para o próprio calendário brasileiro. Nenhuma mágica mas também nenhum business case. Eu trabalho, galera!!! Eh!Eh!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

POR QUE TÊ-LOS? POR QUE NÃO TÊ-LOS? PARTE 1

Charles Miller e Oscar Cox foram os pioneiros. Trouxeram o futebol para o Brasil. Mesmo que o primeiro clube de nosso país tenha sido fundado no Rio Grande do Sul (veja o 2o. post deste blog em http://futblogdosamigos.blogspot.com.br/2010/07/dia-nacional-do-futebol.html ), foi, respectivamente, em São Paulo e no Rio que o novo esporte alçou voos maiores.

O Brasil é um país grande. Enorme. E até o final da década de 50, sua economia era agro-exportadora, não industrializada, infraestrutura precária ao extremo, com meios de comunicação incipientes e rede de transportes ínfima. Subdesenvolvimento.

Campeonato nacional de futebol? Impossível. Algumas esporádicas partidas amistosas entre clubes de Rio e São Paulo. E olhe lá! Deslocamento caríssimo. Pra ver quem era o melhor... só mesmo localmente. Estavam criados os campeonatos municipais. Em alguns estados, torneios mais abrangentes, em todo o seu território. Exceções. Era necessário, então, haver alguém para organizar as partidas.

Se o Brasil era, e ainda é, dividido em unidades de federação, cada uma delas passou a ter um órgão privado para cuidar de futebol. Independentes entre si, com autonomia para decidir o que fazer. Amadores por origem, profissionais por evolução nos anos 30, depois de muita briga e disse-me-disse. As federações (ou ligas) estaduais de futebol estavam criadas.

Nas origens do desenvolvimento sócio-econômico do Brasil, a organização do futebol brasileiro foi descentralizada. Tinha que ser. Mesmo com a seleção brasileira tendo feito seu 1o. jogo em 1904, somente existia "organizada" pela Confederação Brasileira de Desportos, a CBD, que só foi extinta em 1979!! Assim, o futebol era, por conceito, somente mais um dos esportes do Brasil e convocar jogadores para a seleção até 1934 (com o fim do amadorismo) era das tarefas mais inglórias. Bairrismos, fofocas, lobbies e muita confusão. Nossos fiascos nas Copas de 30 e 34 explicam bem isso.

Assim, o futebol brasileiro crescia e conquistava cada vez mais adeptos, sem que os torcedores do Rio tivessem muita noção do que acontecia no futebol de Minas Gerais, ou o que os paulistas soubessem do Rio Grande Sul ou dos "longínquos" Pernambuco e Bahia. O atraso do país também era estampado no seu novo esporte mais popular.

Nenhum país do mundo... vou repetir, nenhum país do mundo desenvolveu o futebol desta forma, neste mesmo período. A Argentina, de grande dimensão territorial, não seguiu este modelo. Como país, se desenvolveu bem antes de nós, com industrialização de capital britânico e educação para todos. Apenas durante 1967 e 1984, houve um campeonato metropolitano, apenas com times da província de Buenos Aires. O campeonato nacional sempre existiu. E, portanto, nenhum país do mundo possui campeonatos estaduais (ou algo parecido) de futebol atualmente.

Para os dias de hoje, os estaduais podem parecer ultrapassados. E são. Devem ser repensados. Não sou contra sua extinção. É o papo para o próximo post.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O ÚLTIMO DOS ENCICLOPEDISTAS


Os maiores pensadores franceses ali pelo século XVIII eram gente do quilate de Montesquieu, Voltaire, Rousseau. Denis Diderot e Jean D´Alembert eram seus contemporâneos e viram a necessidade de organizar todo o conhecimento científico, filosófico, matemático, politico e religioso que essa galera divulgava, de uma maneira tal que sua consulta e utilização fosse facilitada. Tiveram então, a grande ideia de criar a chamada "Enciclopédia Metódica". Daí, passaram a ser conhecidos na História como "Os Enciclopedistas".

Nessa época , não havia o esporte como atividade assim definida. Muito menos o futebol, mas tenho certeza que Diderot e D´Alembert, se vivos no século XX, aceitariam de bom grado a companhia daquele que seria o seu braço esportivo, o assunto que faltava na Enciclopédia, o último dos Enciclopedistas: NILTON SANTOS!

Em 1955, após já ter disputado 2 Copas do Mundo, uma como titular, num certo coletivo do Botafogo em General Severiano, enfrentou um mulatinho esmirrado com as pernas tortas, que apareceu para fazer teste na ponta-direita. No primeiro lance, tomou a bola entre as pernas. Imediatamente, deixou o treino, e foi direto falar com o Presidente, o célebre Carlito Rocha: "Contrata esse moleque agora!"

Do alto de sua classe e humildade, Nilton Santos jamais escondeu de ninguém que se Carlito não tivesse atendido sua "ordem", ele não teria sido Nilton Santos. "Imagina marcar o Mané quatro, cinco, seis vezes por ano?! Eu "tava" morto!"

Nunca houve um lateral como ele. Da malandragem na Copa de 62, quando fez a falta no espanhol dentro da área e quando o juiz chegou, estava fora dela (assista ao vídeo logo abaixo), até os títulos cariocas conquistados pelo Botafogo em 48, 57, 61 e 62 e pela Seleção Brasileira em 58 e 62. 


Somente duas camisas. Ofertas para Europa? Inúmeras. Preferiu jogar futebol e não ganhar dinheiro.
Nilton Santos foi o maior da posição em todos os tempos. Pela Seleção da FIFA. Por Júnior, Marinho Chagas, Altair, Marco Antonio, Branco, Roberto Carlos. Por Breitner, Van der Kerkhof, Briegel, Fachetti, Cabrini, Brehme. Uma unanimidade incontestável.

A estátua no hoje abandonado Engenhão deveria estar na frente do Casarão de General Severiano! Pessoal do Botafogo: façam logo essa mudança! Aproveitem, mudem também o Mané e o Jairzinho. Os três nunca jogaram e nem treinaram lá!

Ao completar ontem 88 anos, sua simplicidade e humildade fazem de Nilton Santos o que todos que jogam futebol gostariam de fazer : saber tudo do jogo! Ser uma Enciclopédia!

Parabéns Nilton! O Futebol continua te agradecendo por tudo!



quinta-feira, 16 de maio de 2013

A DIFERENÇA TEM NOME E SOBRENOME


Sim. Passa o tempo. Mudam-se os jogadores e a mentalidade do jogo. Aprimora-se a parte física, a correria aumenta. Comentaristas endeusam técnicos e suas armadilhas táticas. E a arbitragem continua errando.
Mas enquanto houver o craque, mesmo que sem querer e com qualquer idade, o futebol terá sempre a sua graça.
Parabéns ao insuportável, mascarado, arrogante, pedante, desprezível e cracaço de bola JUAN ROMAN RIQUELME! Faz a diferença!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

UM FRANGO DE CARÁTER


Impressionante como os deuses do futebol transformam um jogo aparentemente chinfrim em assunto de ampla repercussão.
Palmeiras e Tijuana se equivaliam em quase tudo em termos de mediocridade. O "quase" se explica: o time brasileiro tinha o jovem goleiro Bruno.
Para os mais antigos, o alviverde de Parque Antarctica (como as rádios chamavam o "Palestra") foi a morada de alguns dos maiores goleiros que o Brasil já teve. Sempre rivalizou com o Fluminense nesta posição. Oberdan, Valdir de Moraes, Leão, Gilmar, Veloso e Marcos. Campeões com seus nomes inscritos na História do Palmeiras e quase todos, da Seleção Brasileira.
Bruno é um jovem que surgiu no ano passado quando Marcos se aposentou após a idade e as seguidas contusões o empurrarem para tal. Levou como "prêmio" a descida para a série B. Tremenda roubada.
Como o Palmeiras venceu a Copa do Brasil, garantiu a participação na Libertadores deste ano. Contratou um goleiro experiente e de boa técnica junto ao Vasco para ser o novo titular: Fernando Prass. Quis o destino que este tivesse uma séria contusão e levasse Bruno novamente ao gol.
O inacreditável "frango" de ontem foi, na aritmética, crucial para decretar a derrota mas:
 - ao tomar este gol aos 26 minutos do primeiro tempo, o Palmeiras ainda teria, ao menos, 64 minutos para fazer dois gols, com o Pacaembu lotado;
 - mesmo tomando o segundo gol aos 6 minutos do segundo tempo, logo depois o Palmeiras diminuiu em pênalty mal marcado e teve gol mal anulado que seria o empate e ainda havia tempo para virar.
O fato é que o Palmeiras é muito fraco. Terá que correr muito (ou contratar) para chegar entre os quatro da série B neste ano, no campeonato brasileiro.
Após o jogo, o brioso Bruno chamou toda a responsabilidade da eliminação para si, dando a cara a tapa, demonstrando coragem e amadurecimento. Erradamente. Seus grandes predecessores citados neste post tomaram frangos, como qualquer goleiro. Seus colegas da linha é que não fizeram por onde por um simples motivo: não sabem como.
Tomara que o bom caráter do Bruno contagie seus companheiros e torcida. O time vai precisar disso.
Mesmo em tempos de gramados perfeitos, como o do Pacaembu, Bruno entenderá melhor agora, as célebres e tenebrosas palavras de Neném Prancha:
 - "Goleiro é posição maldita! Onde joga, não nasce grama!"

terça-feira, 14 de maio de 2013

PELA TV? TEM COISA MELHOR PRA FAZER...

felipão luiz felipe scolari convocação coletiva seleção brasileira (Foto: André Durão)



Não era preciso ter bola de cristal para saber que a seleção brasileira que vai estrear na Copa das Confederações daqui a 2 meses não será muito diferente do time do Mano, quando este foi demitido em novembro passado. Relembre aqui como escrevi em 28/11/2012: http://futblogdosamigos.blogspot.com.br/2012_11_01_archive.html

Ou seja, por enquanto, deste time-base, errei apenas 3: o goleiro, Ramires e Kaká. Pode ser que o Paulinho seja titular ou o Hernanes. Taí, comprovado que a demissão do Mano foi, por essência, política.

Aaah! Claro que vou comentar as "ausências".

Lendo a repercussão na mídia, Ramires se atrasou em Londres e chegou com atestado médico para liberação. Logo depois, atuou pelo Chelsea. Sem comentários. Pena. Excelente jogador.

Kaká optou por ganhar dinheiro (e não por jogar futebol) ao se transferir para o Real Madrid. Sabia que faria a tal cirurgia, ficando muito tempo parado. Perdeu espaço em um time de tamanha dimensão, comandado por um competente e, ao mesmo tempo, arrogante técnico que somente o coloca para atuar no ridículo campeonato espanhol contra times medíocres e sempre com participações discretas. Comprometeu sua carreira e reputação antes de completar 30 anos. Teve suas chances em 2 amistosos e sua falta de ritmo é notória. Felipão poderia ter apostado nele? Talvez, mas é óbvio que seria convocado pelo nome e pela carreira no Milan e na própria seleção, dando toque de experiência ao grupo. Pena.

Ronaldinho Gaúcho! Durante toda a sua carreira, se destacou por jogar, e muito, em... clubes! Despontou como uma flecha no Grêmio, ainda mais como irmão caçula do Assis, que foi um excelente jogador do clube. Depois, sua fama de mercenário começou com todo o imbróglio de sua venda para o Paris Saint Germain, em 2000. Ficou um tempão sem jogar com contrato irregular, suspenso pela FIFA. Voltou e arrebentou na França, ovacionado no Parc des Princes e convocado para a Copa de 2002. Daí para o Barcelona e ganhou o mundo. Duas vezes o melhor da FIFA, fama e dinheiro plenamente justificáveis.

Em paralelo, a seleção brasileira. Ainda no Grêmio, fez aquele golaço contra a Venezuela na Copa América em 1999, no Paraguai, e participou com destaque no Pré-Olímpico de 2000, classificando o Brasil para Sydney. Bem, o resultado na Austrália foi decepcionante: com um mais, perdemos para Camarões. Na Copa de 2002, fez um único grande jogo, dos 6 que participou: Inglaterra. Fez a grande jogada do 1o. gol de Rivaldo e fez o 2o. naquela falta (cruzou ou chutou?) que enganou o goleiro Seaman. Neste mesmo jogo, logo após este gol, fez falta desleal no lateral Mills e foi merecidamente expulso, não atuando na semifinal contra a Turquia. Depois disso, fez duas grandes partidas na Copa das Confederações de 2005, na Alemanha, na semifinal contra os anfitriões, vencidos por 3x2 e a a final contra a Argentina, na goleada por 4x1. E acabou aí!

Copa de 2006: decepção total. Saído diretamente das orgias de Weggis (concentração na Suíça), não conseguia nem dominar a bola ou trocar 2 passes corretos. A lentidão em pessoa. Uma lástima!
Nunca mais apresentou futebol digno de sua fama nos clubes. Foi mal no Milan, mesmo que com alguns lampejos e muito mais baixos do que altos no Flamengo.

Agora no segundo ano de Atlético-MG, teve boas atuações no Brasileiro do ano passado e está muito bem na Libertadores deste ano. Campeonato mineiro não conta. Teve mais chances do que o Kaká com Felipão nos  últimos amistosos e, confirmando tudo o que disse, não fez absolutamente nada de produtivo. Ao contrário, perdeu pênalti contra a Inglaterra, em Wembley, que acabou sendo decisivo para o resultado final.

E agora, nova polêmica. Fonte da UOL afirma que Cuca, técnico do Galo, recebeu ligação telefônica do Felipão para saber como estava o comportamento do seu camisa 10 fora do campo. Segundo a fonte, as informações não foram boas. Cuca veio a público e negou com veemência. E aí?

Sim. Vou opinar. Concordei com o Felipão em quase tudo. Não levaria o tal de Luiz Gustavo. Inexpressivo. Colocaria o Jean no meio e convocaria o Marcos Rocha, do Atlético-MG, para a lateral direita. Chamaria o Kaká, no lugar do Jadson.

Agora, é muita inocência de quem acha que os "ausentes" verão a Copa das Confederações pela TV. Não é não, Dentuço?

DURA LEX,SED LEX! DURA?

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/05/justica-suspende-liminar-que-impedia-concessao-do-maracana.html

Toda notícia que chega sobre a privatização do Eikebatistão me causa enoooorme surpresa!!!!
É impressionante a capacidade dos governantes brasileiros em atropelar qualquer lei, muitas elaboradas e aprovadas pelos próprios em seus pseudo-mandatos legislativos.

A guerra de liminares, bem exposta no link acima, mostra como é fácil enganar a sociedade, em nome de "prejuízos ao evento e compromissos internacionais", passando como um trator por cima da lei 8666, das licitações, em todos os equívocos que já estou cansado de citar, além da função de proteção ao erário do Ministério Público!

Desembargadora Leila Mariano. Guardem bem o nome. Pela segunda vez (a primeira foi na abertura dos envelopes da licitação), rasgou a lei, que deveria ser dura pois, afinal de contas, é a lei.

Só que a Dona Leila sabe passar uma vaselina aqui, um KY ali...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O TRIO DE OURO DO EIKEBATISTÃO

Saiu o resultado da licitação fraudulenta do Eikebatistão! Que supresa! Ganhou aquele que dá o carinhoso apelido ao novo estádio! Por que será?

Vejam a repercussão na mídia e entendam os escândalos com as cadeiras cativas e a administradora dos antigos camarotes, a Golden Goal. Todos sumariamente destituídos, mesmo com decisões favoráveis na Justiça, amparados por liminares obscuras obtidas pelo governador Sergio Fernando Cavendish Cabral Filho.

Vergonha!

http://extra.globo.com/esporte/maracana-o-terceiro-estadio-do-mundo-que-mais-consumiu-dinheiro-publico-145-bilhao-8348249.html#ixzz2SsaEUxp5

http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/05/09/licitacao-do-maracana-consorcio-de-eike-batista-e-confirmado/

http://www.espn.com.br/noticia/328424_grupo-de-eike-confirma-favoritismo-ganha-licitacao-e-administrara-o-maracana

http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/05/09/grupo-de-eike-vence-licitacao-e-assume-maracana-ainda-este-mes.htm

SIR FERGUSON

Voltando ao Futebol. É. Aquele de dentro do campo, mesmo que falemos de alguém que fica logo ali, depois da linha lateral.
Todavia, Alex Ferguson é muito mais do que um simples técnico de futebol. Tudo bem que este título de "Sir" é meio brega pra nós, tupiniquins, mas a Rainha não o concede a qualquer um, ainda mais para um esportista, nascido em um país que, cada vez mais, caminha para autonomia total em relação ao Reino Unido: a Escócia!
Ferguson foi um atacante razoável de times medianos escoceses e do grande Glasgow Rangers, sua melhor fase como jogador.
Em 1968, no Rangers
Encerrada a carreira dentro do campo, passou a técnico do mediano Aberdeen, onde conquistou 3 campeonatos escoceses e 3 Copas da Escócia, entre 1978 a 1986. Contratado, então, neste período, para ser auxiliar do lendário técnico da seleção escocesa, Jock Stein, ajudando-o a revelar jogadores importantes como Rough, Strachan, Souness, Archibald e McLeish. Se classificaram para a Copa de 86 no ano anterior, quando Stein sofreu ataque cardíaco logo após a dramática partida contra a Austrália, na repescagem das Eliminatórias, e não resistiu. Lá se foi Ferguson, aos 45 anos, como técnico da Escócia na Copa do México mas no sorteio, caiu no Grupo da Morte. Perdeu para Dinamarca (0x1) e Alemanha (1x2). Empatou com o Uruguai (0x0). Eliminado na 1a, fase.

Em 1992
Aí começou a saga de Ferguson, contratado para dirigir o Manchester United, em 1986, logo após a Copa. É. Você leu certo. 1986!
O Manchester Utd só havia vencido 7 campeonatos ingleses e estava em crise, sem ganhar nada há 19 anos! Suas estrelas, Bryan Robson, do English Team e Norman Whiteside, da Irlanda do Norte, eram recolhidos das sarjetas da cidade, totalmente bêbados!
O mais impressionante é que Ferguson só conquistou seu primeiro título 5 anos após a sua contratação: o campeonato inglês de 1990/91. Que paciência britânica! Aí não parou mais!
Em 27 anos, 38 títulos! Até então, o Manchester tinha 23. Campeonatos Ingleses, Copas da Inglaterra, Champions League, Supercopa, Recopa, UEFA disso, UEFA daquilo, Mundiais Interclubes. Hoje, o Manchester é o clube de maior número de conquistas da Inglaterra, bate o Liverpool no Inglês (20 a 18) e é o terceiro clube de maior arrecadação no mundo, perdendo apenas para Real Madrid e Barcelona.
Foram 1498 jogos com impressionantes 894 vitórias (quase 60%), 337 empates e 267 derrotas. Faltam apenas 2 partidas para sua aposentadoria e completar 1500 jogos no comando da equipe, celebrando mais um título inglês, conquistado com 4 rodadas de antecipação. Um recorde mundial, aos 71 anos.

Em 2013
Revelou jogadores como Gary Neville, Ryan Giggs, Teddy Sheringham, David Beckham, Paul Scholes, Wayne Rooney, Rio Ferdinand, Roy Keane, Dwight Yorke, Andy Cole, Dennis Irving, além de ter indicado todas as contratações de Peter Schmeichel, Fabian Barthez, Edwin Van der Sar, Cristiano Ronaldo, Japp Stam, Patrick Evra, Carlos Tevez, Ole Gunnar Solksjaer, Eric Cantona, Ruud Van Nistelrooy, Chicharito Hernandez, Diego Forlán, entre tantos outros!

Há alguns anos, o estádio de Old Trafford, o "Teatro dos Sonhos", já havia homenageado com estátuas em suas entradas, o trio de ouro, o inglês Bobby Charlton, o escocês Dennis Law e o norte-irlandês George Best, além de Matt Dusby, técnico que comandou o time durante 24 anos, entre 1945 e 1969. Quando Ferguson o ultrapassou, lá estava a nova estátua!
Imortalizado em Old Trafford


Que os Deuses do Futebol tratem de imortalizar sua trajetória não somente de técnico mas de alguém que demonstrou amor e profissionalismo ao mesmo tempo, na mesma medida, ao mesmo clube, durante 27 anos! Um exemplo!







Consultas: Wikipedia, O Globo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

E AÍ...CAIU?

Todos acompanharam com aquele "que" de perplexidade, quando o Perfeito, digo Prefeito Eduardo "Somos um Rio de Enchentes" Paes veio a público para interditar o Engenhão devido a problemas de estrutura, planejamento de construção e blá blá blá...

Não sou engenheiro, nem arquiteto, tão pouco mestre ou peão de obras mas, realmente, as imagens divulgadas mostraram tubos corroídos e rachados. Fato. Algo precisava ser feito. Muito antes! O estádio ficou fechado 2 meses em dezembro e janeiro passados!

Agora, também era fato que a licitação do novo Eikebatistão estava na boca do forno, mesmo condenada pelo Ministério Público, cheia de imprecisões, prazos ilegais, viabilização econômica feita por um dos concorrentes (o que dá o apelido ao novo estádio), além da necessidade do vencedor estar vinculado a 2 clubes do Rio de Janeiro para garantir ocupação mínima durante a concessão. Estranho né não?

Se o Vasco tem estádio e o Botafogo já tinha a concessão do Engenhão, sobram Flamengo e Fluminense!!! Eureka! Onde jogariam esses dois grandes da cidade? Mas isso não bastava. Era preciso mais.

Ao fechar o Engenhão, a perfeitura, digo, prefeitura, aliada do Desgoverno do Rio, precisava voltar as atenções para o novo estádio, com a necessidade de liberação das últimas verbas federais para completar o bilhão de reais da reforma, o fim das paralisações das obras com a falta de pagamento dos operários, desviar os olhares para a demolição do Célio de Barros, do Júlio Delamare, da escola Friedenreich, chamar a atenção da mídia, em especial da Globo, detentora dos direitos de transmissão da Copa, para o "despertar do gigante" e de quebra, mostrar ao Comitê Olímpico Internacional que o maior estádio do evento estaria pronto após mais algumas pequenas obras milionárias para 2016!

Ah mas seu blogueiro, fechar o Engenhão não prejudicou o Carioquinha-2013? Vc acha que algum político está preocupado com um campeonatinho destes próximo ao que vem por aí?

O Botafogo, coitado, se julgava dono do estádio, mas teve que engolir "Intervenção Branca", em nome da segurança! E ainda não se sabe quando poderá voltar! Dizem que não será neste ano. Opa! É mais um a ter que jogar no Eikebatistão! Pelo menos o Eike é botafoguense!

Segundo os peritos, um vento que soprasse a mais de 70 km/h poderia fazer com que tubos, pilastras ou cobertura caíssem, comprometendo toda a estrutura do estádio.

Ao que consta, o vento de hoje pela manhã, trouxe muita chuva (Somos um Rio de Enchentes) e atingiu velocidade superior a 80 km/h.



E aí...Caiu?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

ESSA CADEIRA É MINHA! SERÁ?


Segundo o secretário Régis Fichtner, do governador Sérgio Fernando Cavendish Cabral Filho, as cadeiras cativas, as perpétuas, do Maracanã foram vendidas apenas visando a Copa do Mundo de 1950, tendo sido este, o único objetivo de sua existência. Desta forma, o novo Eikebatistão está 100% ao bel prazer da Federação Internacional de Falcatruas Associadas, a FIFA.
Me abstenho de comentar a ultrajante, angustiante, decrépita, nociva, debochada e irresponsável declaração. Bem, já acabei comentando ao classificá-la com tantos adjetivos meigos mas ainda bem que, ao longo dos últimos 40 anos (eu acho), meu pai não conseguiu comprar uma ou duas, seja por falta de dinheiro ou por oportunidade. Seguramente, engrossaríamos a turma no festival de liminares que já tramitam na Justiça há algum tempo, deliberando sobre os direitos dos, por enquanto, proprietários! Torço por vocês!
Para ilustrar, nesta semana, o presidente de honra da FIFA, o "ilibado" Havelange, renunciou ao cargo pelos mesmos motivos que Ricardo Teixeira, no ano passado, e Nicolás Leoz, na semana passada. A comissão de ética desta instituição condenou a todos pelo recebimento de propina no escândalo da ISL. Parafraseando o velho clichê, a raposa tomou conta do galinheiro! Claro, ninguém foi punido. Em breve, Leoz deverá ser vizinho de Teixeira em Boca Raton, Flórida. Vida dura!
Imagino, então, como devem estar os proprietários das cadeiras. Além de seus impostos, como os meus, pagarem alguns estádios privados e outros elefantes brancos, agora, de maneira unilateral, se deparam com a expropriação de seu próprio patrimônio, em benefício da FIFA, dona do evento.
Talvez eu não imagine!
Como sempre escreve o José Malia, da ESPN, a Copa é deles, a conta é nossa!