segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

NÃO É PELOS 33 CENTÍMETROS



O erro crasso de arbitragem no jogo de ontem entre Vasco e Flamengo, que acabou sendo decisivo para o resultado final, pode não ter sido o único do "vigia" Castanheira, em sua "brilhante" trajetória. Em 2011, pelo Estadual, Renato Cajá, então no Botafogo, chutou de fora de área. A bola bateu no travessão e, para muitos, dentro do gol de Diego Cavalieri, do Fluminense. Menos mal que o Botafogo venceu por 3x2. Confiram: entrou?


Se o Castanheira estava de má-fé ou não são outros quinhentos. O que NÃO me espanta foi a providência tomada por Jorge Rabello, da Comissão de Arbitragem do Rio: Nenhuma! No país da impunidade, nada mais normal! Em um lugar sério, árbitro e "vigia" seriam afastados por tempo indeterminado e o outro "vigia", que acertou no gol do Elano, promovido a árbitro.

Tomara que o chip na bola realmente resolva de vez esta novela, de incontáveis capítulos grosseiros na história do futebol. E já que estamos no ano da "Copa das Copas", como diz aquela mulher que preside este país, relembremos, então, dois dos muitos absurdos de arbitragens que construíram histórias negativas do maior evento esportivo do mundo:

1966 - Final em Wembley. Prorrogação. Inglaterra 2 x 2 Alemanha. Hurst disfere um petardo no travessão do goleiro alemão Tilkowski. E aí: entrou? Confira na transmissão original inglesa!


2010 - O troco alemão! Oitavas de Final na África do Sul. A Alemanha vencia por 2x1 e ainda era o primeiro tempo. Frank Lampard dispara o chute! Os mesmos 33 centímetros (bom palpite para mega-sena) do chute do Douglas ontem! Impressionante! A Inglaterra não conseguiu empatar e os alemães puderam liquidar a fatura por 4x1.
 


Depois de muita pressão popular e da imprensa, vem aí o chip.

Tomara que Dona FIFA não tenha hackers em seu quadro de colaboradores!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

MILTON QUEIROZ DA PAIXÃO

A série "Os Renegados" não acabou!!! Sempre que houver uma boa ocasião para voltar, aqui estará!

Tita, renegado, entre outros lances, pelo ciúme! E logo de quem: Zico!

 
No Globo Esporte da última quarta-feira, dia de Leon x Flamengo pela Libertadores, Tita disse que torceria para o Leon - onde foi ídolo como jogador e técnico - no jogo em solo mexicano e para o Flamengo em solo brasileiro. Humm... Politicamente correto pois foi formado na Gávea e fez parte do maior time da história do Flamengo, chegando ao auge em 1981, com a Libertadores e a Copa Intercontinental mas... vejamos sua história.

Foi um excepcional jogador. Rápido, habilidoso, excelente chutador, toque refinado, grande impulsão para cabecear. E goleador! Para a seleção brasileira, foi rápido. Convocado para a Copa América em 1979, quando tinha somente 21 anos, tendo feito um dos gols da vitória sobre a Argentina do garoto Maradona, no velho Maracanã, por 2x1.

Campeão Libertadores 1981: Flamengo 2 x 0 Cobreloa - Montevideo (URU): Mozer, Raul, Marinho, Nei Dias, Andrade e Junior. Tita, Leandro, Nunes, Zico e Adilio.
Foi com Telê Santana que seus problemas começaram. Após 3 anos de convocações seguidas, sempre atuava como no Flamengo, ou seja, com a camisa 7, como "falso" ponta-direita. Até que em 81, fez birra com o técnico. Afirmou que somente gostaria de ser convocado para jogar na sua posição original, ponta de lança, pelo meio. Do contrário, abria mão de jogar pela seleção. E o cara que jogava ali era o mesmo que o fizera ser deslocado no clube: Zico! Telê, então, nunca mais o chamou! Voltaria, contudo, com Carlos Alberto Silva em 87 e com o "Homem que Falava Lazaronês", na Copa de 90.

Mundialito Uruguai 1980/81 - João Leite, Cerezzo, Luisinho, Oscar, Edevaldo e Junior. Tita, Paulo Isidoro, Sócrates, Batista e Zé Sérgio.
Ainda em 1977, com apenas 19 anos, fez sua estreia no time profissional logo na final do campeonato estadual contra o Vasco. Na decisão por pênalties, foi o único a desperdiçar sua cobrança e o Vasco acabou campeão. Início ruim.

Em 1983, o Flamengo o emprestou para o Grêmio, como uma tentativa de acalmá-lo naquela história de "concorrer" com o Galinho! E Tita se deu bem. Agora com a sonhada camisa 10, foi campeão da Libertadores, jogando demais! E neste mesmo ano, um fato marcante: Zico foi vendido à Udinese, da Itália. Camisa 10 da Gávea à solta!
Campeão Libertadores 1983: Grêmio 2x1 Peñarol - Paulo Roberto, Mazaropi, Baidek, China, Casemiro e De Leon. Renato Portaluppi, Oswaldo, Caio, Tita e Tarciso.
A vontade era tanta de voltar sem o seu maior "rival" que não se incomodou em não jogar a final da Copa Intercontinental, vencida pelo Grêmio, contra o Hamburgo, em dezembro. Em outubro, já estava de volta ao Flamengo. Mas em 1984, decepção. No Estadual, venceu o 1o.turno. O Vasco venceria o 2o.. O regulamento dizia que a decisão seria em triangular caso outro time tivesse somado mais pontos nos turnos do que seus campeões. Penúltima rodada do 2o. turno. Flamengo x Campo Grande no Maracanã, quarta-feira à noite. Placar de momento no 1o. tempo: 1x1. Pênalti para o Flamengo! Tita vai cobrar e... para fora!!! O resultado final de 1x1 tirou do Flamengo a possibilidade de marcar mais pontos nos dois turnos, impedir a entrada de um terceiro e de ter vantagem contra o Vasco. O Fluminense entrou, derrotou a ambos no triangular e foi bicampeão estadual. Mesmo com o discurso de novo camisa 10, não conquistou nenhum título e em 85, acabou vendido para o Internacional, jogando sem muito brilho.

Para 1987, o Vasco formava um grande time: Roberto, Romário, Geovane, Mauricinho, Dunga, Mazinho. Embora a 10 fosse do Dinamite, faltava um ponta de lança pelo meio: Tita. Chegou fazendo juras de amor ao novo clube, afirmando ser vascaíno desde criancinha!!. O ódio da torcida do Flamengo atingiu nível máximo, na final do Estadual neste ano. Tita marcou o gol do título, aliás, um golaço. Confira abaixo. A exacerbada comemoração deste gol e da conquista ainda no campo, deixava dúvidas: era realmente vascaíno desde criancinha ou desabafava contra a torcida do clube que o formou????


Com o verde do Leon
Daí o meu "Hummm" no terceiro parágrafo! Tita chegou ao Leon já com 33 anos, após rodar por Bayer Leverkusen, Pescara e de novo no Vasco, onde foi campeão brasileiro em 1989. Jogou no México por 7 anos, dos quais 5 no Leon, tendo conquistado somente um título nacional em 1992, fazendo até gol de "bicicleta". Ainda jogou 2 anos pelo Puebla. Encerrou a carreira na Guatemala, aos 40 anos.

Virou técnico de vários times pequenos, em especial pelo estado do Rio. Chegou a treinar o Vasco em 2000 e 2008, sem sucesso, assim como no Japão e EUA. Até 2012, treinou o mexicano Necaxa, sem conquistas.

No intervalo do jogo da última quarta-feira, Tita foi homenageado pelo Leon, fazendo, inclusive, um pequeno discurso de agradecimento em bom espanhol. Vestia uma camisa verde do Leon, sendo uma das mangas listradas em vermelho e preto, sem nenhuma menção ao nome Flamengo, além das cores. Em seguida, não entendi nada. O presidente rubro-negro Eduardo "Dando" Bandeira lhe entregou uma placa de agradecimento pelos serviços prestados ao clube. Tudo bem! Muito justo mas...

... Onde Tita conquistou mais títulos? Quais tiveram mais relevância? No Flamengo ou no Leon? Será que não teria sido mais coerente receber esta placa no intervalo do jogo no Maracanã, em abril próximo, vestido com a camisa rubro-negra do Flamengo e uma das mangas em verde, sem qualquer menção ao nome Leon, além da cor, fazendo discurso de agradecimento em bom português????

Aaah! Mas houve os pênalties perdidos em 77 e 84! E depois, o golaço pelo Vasco...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A BUSCA POR NOVOS SÚDITOS

Adriano, Atlético-PR x The Strongest (Foto: AFP)

Após 2 anos, Adriano jogou por 8 minutos, pelo Atlético-PR, na vitória por 1x0 sobre o Strongest, da Bolívia, em Curitiba, agora há pouco, pela Copa Libertadores!

Adriano já se mostrou esperançoso em voltar para a seleção brasileiraA 4 dias de completar 32 anos, o "Imperador" ainda é uma espécie de anteprojeto de jogador de futebol, totalmente fora de forma, mesmo já tendo emagrecido após algumas poucas semanas de trabalho físico específico.

Durante o minguado tempo em campo, praticamente não tocou na bola e o que mais chamou a atenção foi o zagueiro do time boliviano Lopes (aí das fotos), seu marcador, tê-lo cumprimentado com largo sorriso, assim que pisou no gramado. Sem dúvida, um reconhecimento a um jogador de futebol que conquistou 6 títulos com o Flamengo, 8 na Internazionale de Milão, a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2005, com a Seleção Brasileira. Foi como se Lopes, com o sorriso, lhe dissesse algo como "Bem-vindo de volta! Não importa se você quis jogar sua carreira no lixo. O futebol sempre acolherá de braços abertos qualquer um de seus filhos pródigos!"


É o "Imperador" buscando novos súditos! Felipão será um deles?