segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A LIÇÃO MAORI DOS TODOS NEGROS

Jamais deixarei de admirar o futebol e de tê-lo como principal paixão esportiva!

Entretanto, não há como deixar de admitir que o Rugby está muuuuuuuuuito à frente no que se refere a regras, organização e respeito pelo esporte, com transparência de atitudes e valorização de suas virtudes.

É um esporte violento? Depende do ponto-de-vista. Há regras claras sobre o que pode e o que não pode. Ué! No futebol, isso também existe mas nem sempre é respeitado. Querem saber por quê?

Arbitragem! Uma única pessoa comanda 30 alucinados por uma bola oval. Há dois auxiliares de linha e o chamado TMO que fica na cabine, no alto do estádio, tirando dúvidas somente quando é convocado pelo árbitro. Aliás, nada é feito às escondidas, tapando a boca com a mão. Tudo o que árbitro fala - aos jogadores, auxiliares e TMO - é ouvido por todo o estádio.

Mr. Owens na Final 2015: Absoluto!
Jogador que simula falta ou tenta infringir as regras é sumariamente advertido com cartão amarelo que o deixa de fora por 10 minutos. Assisti à varias partidas da Copa do Mundo que se encerrou no último sábado, dia 31, na Inglaterra, e não observei qualquer reclamação de qualquer jogador ou membro de comissão técnica sobre qualquer marcação dos árbitros. E mais: o melhor de todos, o galês Nigel Owens, que conduziu a Final, é homossexual declarado! Nenhuma gracinha, nenhuma piadinha, seja dos jogadores ou da imprensa. Mr. Owens se impõe pela técnica, pelo preparo físico e pelo absoluto conhecimento das regras.

Diferentemente do futebol americano, o Rugby não para e os jogadores que atacam são os mesmos que defendem. Adversários no campo, os jogadores se abraçam e se confraternizam após se enfrentarem em uma autêntica batalha campal. Nenhum outro esporte coletivo demanda tanto do preparo físico de quem o pratica. E é normal muitos possuírem próteses dentárias, apesar da maioria atuar com protetores bucais internos.

Ah! Os times! Muitas seleções, sobretudo as mais vencedoras, são conhecidas por apelidos. Os Springboks são a África do Sul; os Wallabies, a Austrália. Los Pumas são a Argentina, que fez bonito com o 4o. lugar. Sulafricanos e australianos venceram a Copa duas vezes. A Inglaterra, uma. Os britânicos Escócia, Gales e Irlanda sempre se apresentam bem. A França já foi vice em 2011. Os oceânicos Fiji, Tonga e Samoa Ocidental estão sempre disputando! Até os EUA possuem seleção. E o próximo anfitrião em 2019, o Japão, venceu os Springboks na fase de grupos!

Mas nada, absolutamente nada é comparável aos All Blacks!

Ao conquistarem o tricampeonato mundial, derrotando a Austrália por 34 a 17, no clássico de maior rivalidade do mundo, a Nova Zelândia assume a primazia do esporte com um estilo de alta técnica, força bruta, ataque veloz e avassalador, defesa quase que intransponível e chutes certeiros.

E ainda tem o Haka!

Ritual da tribo Maori, originária das ilhas que hoje compõem o país. Ritual de Guerra, cujos cânticos enaltecem a coragem, a vida, a morte, o homem, o sol!

Antes de cada partida, os jogadores se formam e executam o Haka! Impressionante o silêncio que se faz em qualquer estádio. O cântico é sempre comandado pelo jogador mais velho de sangue puro maori. Não precisa ser o capitão do time. 22 pessoas cantam com força na língua maori. Fazem caretas! A coreografia é intimidadora! É impossível a equipe adversária não se sentir ameaçada!!! Hehehe! Pela TV, eu sinto medo! Imaginem quem está lá, na frente deles! Ou mesmo na arquibancada, sempre lotada! Não percam o video abaixo! Dá vontade de se vestir de preto e entrar em campo!



Haka em execução! O Sol é Oval!
Tricampeã Mundial
Dan Carter e o Capitão Richie McCaw, os melhores do mundo!
Há dois anos, quando estive na África do Sul, não entendia o motivo pelo qual meu amigo vascaíno Sacha Ruffier gostava tanto de Rugby. Ao visitá-lo na belíssima Cidade do Cabo, onde mora com sua igualmente bela família, passei a entender. Até comprei uma camisa listrada azul e branca dos Stormers, que passou a ser seu time de coração. Ficou ruim pro Vasco...


Para os All Blacks, Wallabies, Springboks, Pumas e para o meu amigo Sacha...

....definitvamente...

... o Sol é Oval!

E Maori!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

QUE ALÍVIO, GALINHO!

Zico foi um dos maiores jogadores do futebol mundial.

Discordo radicalmente do veterano cronista esportivo Fernando Calazans que criou um famoso bordão sobre Zico nunca ter vencido uma Copa do Mundo: "Azar da Copa do Mundo!"

Azar nada! Que grande bobagem!

Tristeza para nós, torcedores brasileiros e, sobretudo, para ele que, mais que qualquer um, queria tê-la vencido. Foi mal em 1978, baluarte do futebol-arte em 1982 e símbolo de superação em 1986, quando, ao perder o pênalti contra a França, fez com que o Brasil deixasse escapar uma vitória que lhe seria justa. Infelizmente, poucos se lembram que aos 33 anos, lesionado no joelho, pediu para Telê Santana não o convocar em exercício de suprema humildade por saber que não atingiria 100%.de sua forma física durante a Copa. A maioria também esquece que, ao entrar no segundo tempo, colocou Branco na cara do gol, quando o famigerado pênalti aconteceu e que na decisão por pênaltis, marcou o dele. Sócrates e Julio César perderam.

Além de craque, foi um atleta profissional de primeira linha em uma época em que não havia os empresários e as tatuagens de hoje. Jogou com maestria no Flamengo e na própria seleção. Mais de 700 gols! Títulos incontáveis! Foi artilheiro de uma das duas temporadas que participou do então badalado campeonato italiano, atuando por uma equipe mediana como a Udinese, já com 31 para 32 anos. A região italiana de Friuli faz fronteira com a Áustria. Enquanto a negociação de transferência se arrastava, torcedores faziam vigília na sede do clube em Údine, exigindo sua contratação, segurando cartazes com os dizeres "Zico ou Áustria"! Depois de voltar ao Flamengo, ainda fez história desenvolvendo o futebol no Japão!

Infelizmente, fora do campo, Zico jamais obteve o êxito conquistado dentro dele. Sempre vítima da inexperiência e inaptidão política, administrativa e gerencial. Ministro do Esporte de Fernando Collor por alguns meses, sua lei pela extinção do passe virou um "frankenstein" nas mãos de deputados e senadores. Pura ingenuidade! Auxiliar técnico de Zagalo na Copa de 1998, participou diretamente do polêmico corte de Romário. Novamente ingênuo diante da aversão que o "velho lobo" tinha pelo "baixinho"! Foi técnico da seleção do Japão na Copa de 2006, eliminado na primeira fase. Do turco Fenerbahce, do uzbeque Bunyodkor, do russo CSKA, do grego Olimpyakos, da seleção do Iraque, do catari Al-Gharafa. Demitido de todos, com resultados sem expressão.

Não conseguiu manter o clube que fundou, o CFZ, em posições contrárias à falida, ultrapassada mas maligna FERJ. Perdeu dinheiro com aventuras de seus filhos, como grupo de pagode ("Só no sapatinho, ôô!") e tentativas para jogadores de futebol. Em 2010, durante 5 meses, foi diretor de futebol do Flamengo da Presidente "Pati do Parquinho e das Piscinas". Pediu demissão, após contratações estapafúrdias, resultados ruins e ainda ser acusado pelo presidente do Conselho Fiscal, o tal do Capitão Léo, de favorecimento nas tais contratações. Acusações, aliás, nunca provadas.

Hoje , Zico tenta recuperar prestígio (e dinheiro) no novo eldorado do futebol mundial, a Índia. É técnico do FC Goa. Nada de mídia pois ninguém sabe o que se passa no campeonato indiano. Talvez nem os próprios indianos, amantes do cricket! Mas...

... suas boas intenções, integridade moral e espírito puro continuam perdendo para sua ingenuidade!


Este abraço depõe contra a sua história, Zico!

A FIFA tem mais filiados que a ONU!

E nem mesmo as Ilhas Cook, Turks e Caicos, Montserrat, Samoa Americana, Macau, Ilhas Faroe, Gibraltar e a Palestina demonstraram manifestação de voto ou mesmo de apoio à candidatura de Zico à Presidência da FIFA! A CBF, cuja camisa amarela honrou, também não!

Que alívio, Galinho!

Dormirei mais tranquilo esta noite...

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

ÚNICO. ATÉ QUANDO?

Até 1954, o Brasil não precisou disputar Eliminatórias para a Copa do Mundo. Convites, desistências de outros países e o fato de ter sido anfitrião em 50 garantiram a presença.

Para 1958, houve a primeira disputa. Dois jogos em ida e volta contra o Peru, no ano anterior. No primeiro, em Lima, empate difícil em 1x1. Depois, no Maracanã, Didi, que já havia marcado o primeiro gol oficial no então "maior do mundo", entrou novamente para a História, marcando, de falta, o gol da vitória: a "folha seca". Muitos acham que foi inventada neste jogo. Na verdade, foi um ano antes, jogando pelo Fluminense, contra o América. Estávamos na Suécia.

Didi lança a segunda "folha seca" da História!
Com os títulos conquistados em 58 e 62, o Brasil só disputaria novamente as Eliminatórias em 1969. Foram 6 jogos em um grupo com Paraguai, Colômbia e Venezuela. Goleadas impostas por Pelé, Tostão, Gérson, Rivelino, Jairzinho... As "Feras do Saldanha"! Até a última partida diante dos paraguaios - recorde oficial de público no Maracanã - com gol de Pelé, após grande jogada de Edu pela ponta-esquerda. Estávamos no México.

Brasil 1 x 0 Paraguai - 1969 - Carlos Alberto, Félix, Djalma Dias, Joel, Piazza e Rildo. Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Edu.

Com o Tri de 70, volta às Eliminatórias em 1977. De novo com Paraguai e Colômbia. Osvaldo Brandão era o técnico. Com a estreia ruim em Bogotá (empate em 0x0), Cláudio Coutinho assumiu a seleção em grande estilo. Convocou o que o Brasil tinha de melhor: Leão, Rivelino, Paulo Cézar, Zico, Roberto Dinamite, Marinho Chagas, Carlos Alberto Torres. 6x0 na Colômbia, no Maracanã. O primeiro jogo de Eliminatórias que eu fui. Apinhado de gente. Vitória e empate contra o Paraguai garantiram o Brasil no triangular final, na cidade de Cáli, Colômbia, contra Peru e Bolivia. Os dois primeiros estariam classificados. Vitória sobre o Peru, 1x0, e uma demolidora goleada na Bolivia: 8x0. Estávamos na Argentina.




O longo jejum de títulos fez com que o Brasil passasse a frequentar as Eliminatórias consecutivamente. Em 1981, a famosa seleção de 82, treinada por Telê Santana, passou fácil por Venezuela e Bolívia. Eu estava no Maracanã lotado para ver a vitória de 3x1 sobre a Bolívia, com 3 gols de Zico. Estávamos na Espanha.


A tristeza e a decepção em 82 deixaram o futebol brasileiro em crise. Carlos Alberto Parreira perdeu a Copa América para o Uruguai no ano seguinte. Edu Coimbra só teve chance em 3 amistosos em 84 (em um deles, derrota para a Inglaterra no Maracanã - 0x2) e Evaristo de Macedo não suportou os maus resultados em amistosos antes das Eliminatórias em 1985. Solução: Telê Santana e os veteranos de 82! Vitórias fora de casa contra Bolívia e Paraguai (com direito a um golaço de Zico) permitiram que os empates no Brasil fossem suficientes para a classificação. Eu também estava no Maracanã no empate de 1x1 contra o Paraguai. Vibrei no gol de Sócrates. E um pouquinho no do ídolo tricolor Romerito! Hehehe! Estávamos no México.


Pela primeira vez, o Chile apareceu na frente do Brasil, nas Eliminatórias de 1989. E estavam extremamente confiantes. Em 87, na Copa América da Argentina, conseguiram algo jamais alcançado até hoje: golear o Brasil. 4x0. O técnico Carlos Alberto Silva foi demitido e substituído por aquele que viria a ser conhecido como o "homem que falava lazaronês"! A CBF tinha novo presidente, Ricardo Teixeira, genro de João Havelange, presidente da FIFA. Após goleada tranquila na Venezuela, em Caracas (4x0), o jogo em Santiago foi uma guerra. Romário expulso aos 3 minutos de jogo e um gol irregular dos chilenos, aliado à ingenuidade de Tafarel, decretaram o empate em 1x1. Após nova goleada sobre a Venezuela, no Morumbi (6x0), lá estava eu no Maracanã para a partida decisiva contra o Chile. Ao Brasil, bastava empatar, com melhor saldo de gols. O Chile catimbava, provocava, não jogava. Aguardando alguma coisa acontecer. Aconteceram duas. A primeira, o gol de Careca, no inicio do segundo tempo. A segunda, o sinalizador naval que a tal de Rosenery lançou da arquibancada e caiu muito perto do goleiro chileno Roberto Rojas. Ele caiu e minutos depois estava todo ensanguentado. Os chilenos armaram uma grande confusão. Tiraram o time de campo. Abandonaram o jogo. Uma grande farsa. Rojas tinha uma navalha na luva e ele mesmo se cortou. FIFA puniu o Chile, deixando-o fora da Copa de 94. Suspendeu Rojas por longo tempo. Estávamos na Itália. E a Rosenery... na capa da Playboy (mas... fraquinha!).




Para 1993, relembre aqui: O DIA EM QUE O CRAQUE VENCEU OS TÉCNICOS

A apoteose de Romário nos fez sair da fila após quase 24 anos sem ganhar uma Copa. Voltamos às Eliminatórias para 2002 e tudo novo.

A disputa na América do Sul havia mudado para a França 1998, quando o Brasil se classificou antecipadamente por ter sido campeão em 94. Todos contra todos. Turno e returno. 18 jogos em 25 meses! Os quatro primeiros classificados. O quinto, repescagem contra alguém da CONCACAF, Oceania ou Ásia. E o Brasil penou de 1999 a 2001. Vanderley Luxemburgo sofreu pressão da imprensa e da opinião pública com o escândalo da manicure. A campanha vinha regular com futebol pobre. CBF o substituiu pelo ex-goleiro Émerson Leão. Piorou, a ponto de um jogo contra a Colômbia no Morumbi, a torcida brasileira atirar as bandeiras para o campo de jogo em sinal de protesto contra o péssimo futebol até aquele momento, quase no fim do jogo, 0x0. Logo depois, em cobrança de escanteio, Roque Júnior fez o gol da vitória mas não adiantou. O fracasso na Copa das Confederações, no meio das Eliminatórias, fez a CBF trocar Leão por Luis Felipe Scolari, o Felipão, multicampeão de Copa do Brasil e Libertadores, com Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras. A imprensa e a torcida gostaram. O Brasil sofreu mas na última rodada, precisava somente ganhar da Venezuela, em São Luis: Na base da empolgação...3x0! 3o. lugar, atrás de Argentina e Equador! Estávamos no Japão e na Coreia do Sul para o Penta!


E mais mudanças. O campeão da Copa passaria a disputar as Eliminatórias. Felipão foi dirigir a seleção portuguesa e Carlos Alberto Parreira estava de volta para comandar a mais talentosa geração de jogadores brasileiros desde 1982. E a campanha foi tranquila, terminando em 1o. lugar, com os mesmos pontos da Argentina mas com melhor saldo de gols. O grande jogo do Brasil foi contra o Chile, em Brasília. Na goleada de 5x0, houve um gol antológico de Robinho, conforme abaixo! Estávamos na Alemanha.


As orgias de Weggis fizeram com que a CBF pensasse em técnico linha dura e disciplinador. Encontrou. Só não havia sido técnico na vida: Dunga! O capitão de 94 e comentarista de TV na Copa 2006. Muitos torceram o nariz. Mal educado e grosso no trato com a imprensa. Resultado: 1o. lugar com dois grandes jogos: 4x0 no Uruguai, em Montevideo (o que não acontecia desde 1976) e 3x1 na Argentina do técnico (?) Maradona, em Rosario. Estávamos na África do Sul.




Depois de sediar a Copa 2014, a partir de hoje à noite, o Brasil está de volta às Eliminatórias para confirmar um status que somente ele possui: único a participar de todas!E de novo com ele, Dunga!

E que não me falhe!

Meu irmão Fabio, meu primo Rubem e meus amigos André Guerreiro e Francisco "Kiko" Abreu já me elegeram guia na Rússia. Não posso decepcioná-los!

Luzhniki Stadium - O palco da final 2018
Luzhniki Stadium - Não estava quente não...

Удачи Бразилия! Вам нужно будет!
Udachi Braziliya ! Vam nuzhno budet !

(Boa sorte Brasil! Vai precisar!)

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

EU JÁ SABIA - Final

Jogou no Rio por um ano e meio. Ganhou um carioquinha fajuto e o Flamengo chegou em terceiro lugar no Brasileiro de 2011. Jamais fez grande partida, exceto uma, contra o Santos na Vila Belmiro, em que o Flamengo virou um jogo impossível. Neymar fez golaço e Ronaldinho fez um de falta em que a barreira pulou, com a bola passando por baixo e enganando o goleiro. Se foi calculado ou não, não dá para saber mas, para todos os efeitos, foi calculado! Hehehe! A imprensa o queria na Copa 2014.

Aí, seu salário astronômico (1 milhão de reais por mês) começou a atrasar no início de 2012. Seu irmão-empresário-leiloeiro ainda comandou um show patético na loja do clube na Gávea. "Passou o rodo" em mais de 40 camisas e produtos oficiais, sem pagar, afirmando que o Flamengo lhe devia muito mais. Arrumaram uma briga, como pretexto, com o técnico Luxemburgo e foi embora, ao mesmo tempo em que o clube era eliminado da Libertadores, ainda na fase de grupos. Assis, então, entra na justiça, cobrando salários. As audiências continuam até hoje. Na semana seguinte, Ronaldinho já estava treinando no Atlético-MG.

O presidente Alexandre Khalil ofereceu salário muito menor, aceito sem ressalvas pelo "demolidor da loja da Gávea"! O técnico Cuca havia pedido. Ronaldinho fez boas partidas no Brasileiro, a melhor delas, exatamente contra aquele que viria a ser o campeão: o Fluminense. Vitória por 3x2, no Estádio Independência. Com o vice-campeonato, Ronaldinho seguiu para a Libertadores 2013, com o Galo.

Excelentes atuações na fase de grupos, nos dois jogos contra o São Paulo e, sobretudo, contra o Arsenal de Sarandí, em BH, quando fez um lindo gol com "cavadinha" de fora da área. E só. E ainda foi extremamente deselegante, na última rodada contra o São Paulo, no Morumbi. O Galo já estava classificado e deu entrevista dizendo que aquele jogo "era só um treino pra gente". O tricolor paulista venceu e se classificou. No "mata-mata", o Galo eliminou o mesmo São Paulo, Tijuana, Newell´s Old Boys e acabou campeão contra o Olímpia, com grandes atuações do goleiro Victor (nas disputas de pênalties), Diego Tardelli, Bernard, Leo Silva, Luan, Pierre, Marcos Rocha e Jô. Ronaldinho esteve longe de ser decisivo. Muito longe.

Decisivo também não foi na triste e decepcionante derrota para o marroquino Raja Casablanca, no Mundial de Clubes da FIFA, no fim do ano. Cuca foi para a China. Levir Culpi era o novo técnico para 2014 e, aos 34 anos, o rendimento de Ronaldinho caiu assustadoramente. Um novo presidente assumiu o clube e Levir deixou claro que gostaria de jogar com onze. Desespero da imprensa que passou a pressionar Felipão para convocá-lo para a Copa no Brasil. Felipão nem se coçou.

Novo leilão pelo mundo afora foi iniciado. Grécia. Turquia. China. Venceu um magnata mexicano do Querétaro. Pagou mais. Claro. Na estreia, pênalti perdido. Reserva. Entrava com frequência. Fez alguns gols. Pênalti. Falta. Querétaro na final do Mexicano, em abril deste ano. Santos Laguna vence por 5x0 o primeiro jogo e ele entra no segundo tempo quando o jogo já estava no 5. Eu assisti na TV. Deu pena ver o melhor do mundo em 2004 e 2005 se arrastar pelo campo. No jogo da volta, ele nem entrou e o Querétaro ainda venceu por 3x0.

Fim de temporada mexicana. Novo leilão foi iniciado. Turquia de novo. Grécia de novo. Índia, novo eldorado e local perfeito para um ex-jogador em atividade, aos 35 anos.

Ai surgiu o ex-deputado Tô Rico Miranda, incrivelmente reeleito presidente do Vasco. Com a campanha ruim no Brasileiro de 2015, anuncia em entrevista coletiva que Ronaldinho Gaúcho estava "90% certo"! Na semana seguinte, Ronaldinho Gaúcho acerta seu retorno ao Brasil. Não para São Januário mas para Laranjeiras! Fluminense. O meu Fluminense.

Sua apresentação foi em dia de jogo exatamente contra o Vasco, no Maracanã. O tricolor embalava no campeonato. Era vice-líder. O Vasco, na zona de rebaixamento. Clima acirrado pelo "Tô Rico", por conta de uma discussão imbecil sobre lado das torcidas na arquibancada e o Flu, como mandante do jogo, ainda provocava no telão do estádio "100% tricolor!" A meus amigos Claudio Maes, Sergio (Guto) Poggi e Daniel Werneck, comigo naquele momento, afirmei categoricamente: "enquanto esse sujeito vestir a camisa do Fluminense, não virei mais a qualquer jogo!" Os três me zoavam! Grandes amigos, mas ingênuos! Hehehe! Enquanto os milhares de tricolores, como eles, festejavam a apresentação, cantando de pé, aplaudindo, permaneci sentado, de cabeça baixa, amaldiçoando aquela tragédia anunciada. Devo ter sido o único. Sei lá! O pessoal do meu grupo tricolor do whatsapp agia da mesma forma! Todos eufóricos. Fui chamado de pessimista, estraga-prazeres, espírito de porco, profeta do apocalipse! Todos são gente boa! Igualmente ingênuos! Hehehe! Grande abraço pra todos!

O Fluminense perdeu o jogo, como de costume, para o Vasco. Após 2 meses de férias (por que 2 meses?) Se apresentou e jogou. Tentou. Saiu. Entrou. Parou. Ficou na reserva. Foi vaiado. A garganta inflamou. O futevôlei na sua casa aumentou. O camarote no "Barra Music" ferveu! Voltou! Foi vaiado de novo! Tentou de novo! Foi embora! Anteontem à noite! Saiu com 220 mil reais em cada um dos 9 jogos em que vestiu uniforme, durante 2 meses, segundo notícias da internet. Na minha matemática, 9 vezes 220 mil dá 1.980.000 reais. Não ficou ruim, não! Pra ele. Já o Fluminense despencou na tabela, atrasou pagamento de direitos de imagem, os jogadores se dividiram, o técnico foi demitido, torcida invadiu o clube e deixou o Maracanã vazio. Culpa de Ronaldinho Gaúcho? Talvez não... Talvez!

Apresentação - Apoteose da Ingenuidade
O Pensador no banco! Inspiração em Rodin?
O Final: Triste. Melancólico. Com a garganta inflamada!
Para onde Ronaldinho Gaúcho e seu irmão-empresário-leiloeiro irão? Não faço ideia mas dois capítulos no Futblog dos Amigos denotam que sua carreira simplesmente acabou! Uma pena pois muitos grandes (e nem tão grandes) jogadores continuaram e continuam jogando em bom nível após os 35 anos! Depende de seu histórico profissional e, sobretudo, comportamento fora do campo.

Eu já sabia. Sempre soube. Há 9 anos.

Moral da História: Estou de volta ao Maracanã para acompanhar o Fluminense!

Que grande notícia!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

EU JÁ SABIA - Início

Bem no Início
Ronaldinho Gaúcho desistiu de jogar futebol, competitivamente, há pouco mais de 9 anos, quando tinha 26 anos. Sim. 26 anos!

A Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, era uma dessas em que havia um time muito superior aos outros. Dida, Cafu, Lucio, Juan, Roberto Carlos, Gilberto Silva, Zé Roberto, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano (mesmo gordo), Ronaldo (mesmo mais gordo). A Copa das Confederações, no ano anterior, foi um "passeio" em cima da Grécia, campeã da Euro 2004, Alemanha e Argentina, impiedosamente goleada na final!

Nos dois anos anteriores, 2004 e 2005, Ronaldinho Gaúcho foi eleito o melhor do mundo pela FIFA, de maneira incontestável. Deus em Barcelona! Atuações de gala que dignificaram o futebol!

E aí voltamos à Copa 2006. Até as oitavas-de-final, o camisa 10 do Brasil nem havia tocado na bola com objetividade em vitórias tranquilas sobre seleções fracas (Croácia, Austrália, Japão e Gana). Nas quartas, contra a França, ele, enfim, apareceu duas vezes. Na primeira, bateu uma falta que a bola passou perto do travessão. Na segunda, tropeçou na própria, protagonizando um lance ridículo. Zidane comandou a vitória francesa a eliminação de uma seleção composta por jogadores mais preocupados com as orgias de Weggis, pequena cidade suíça, onde estavam, digamos assim, "concentrados", do que em defender o título de pentacampeão mundial.

Início
Ainda jogou razoavelmente bem na temporada seguinte pelo Barcelona mas as noitadas e as gordurinhas abdominais cresciam. O garoto que assombrou o mundo na Copa América de 1999, no Paraguai, com aquele golaço na Venezuela, já havia jurado jogar praticamente de graça no seu Grêmio mas, violando contrato, assinou com o Paris Saint-Germain, em 2001, sem o conhecimento da diretoria do tricolor gaúcho, que levou o caso à Justiça. Ronaldinho ficou 6 meses sem jogar, até que o Grêmio fosse ressarcido. Brigou com o técnico Luiz Fernandéz, que o deixava com frequência na reserva. Conseguiu ser convocado para a Copa 2002, onde somente apareceu nas quartas-de-final contra a Inglaterra. Fez grande jogada no gol de empate de Rivaldo e outro, sem querer. Sim. Foi sem querer. Depois de herói, quase vira vilão. Deu uma entrada violentíssima no lateral Mills e foi merecidamente expulso. Se os ingleses tivessem sido mais ousados, poderiam ter ao menos empatado. Suspenso, não jogou a semifinal contra a Turquia, tendo voltado na Final contra os alemães, sem nenhum protagonismo.

2005 - 2007
O Barcelona viu a queda de rendimento do brasileiro ao mesmo tempo em que surgia outra estrela: Lionel Messi. A negociação com o Milan era perfeita. Sua atuação no San Siro foi boa na primeira temporada e lamentável nas duas seguintes: lesões musculares e reserva! Afinal, Milão tem noitadas de altíssimo nível! Pra piorar: Dunga confiou a ele a braçadeira de capitão da seleção olímpica para Pequim 2008. Medalha de ouro inédita para o Brasil. Ele já havia tentado em Sydney 2000, com Alex, mas perdeu um jogo incrível para Camarões, que tinha dois jogadores a menos! Com atuação pífia, o Brasil foi massacrado pela Argentina de Riquelme e Messi na semifinal. Aos 28 anos, o Capitão teve participação medíocre! A medalha de ouro continua inédita até hoje.

2010. Muitos clamavam por sua convocação para a África do Sul. Só que Dunga chamou-o muito poucas vezes durante as Eliminatórias (que foram vencidas pelo Brasil), além do histórico ruim no Milan e na seleção olímpica. Assistiu pela TV de algum bordel italiano de luxo. Se é que teve tempo pra isso...

Hora de voltar ao Brasil, às vésperas de completar 31 anos. É certo que ainda possuía mercado na Europa mas jamais em times de ponta. Palmeiras entrou na jogada. Mas Roberto Assis, além de irmão e empresário, é ótimo leiloeiro. Colocou, pasmem, o Grêmio na briga. Mais do que isso. Ronaldinho afirmou que seria um prazer voltar a jogar no clube que o revelou. Estava tudo certo. Os gremistas montaram palco e som no finado Estádio Olímpico em Porto Alegre. Entretanto, um par de dias depois, ele era apresentado na Gávea, pela presidente Pati das Piscinas, com a bateria da Mangueira, soltando a frase: "Flamengo é Flamengo"! Muito amor!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

365 DIAS DEPOIS...UMA NOVA SÉRIE

Chegamos ao primeiro aniversário do fatídico, somente pra mim e pra você, 7x1!

Desde já, firmo um compromisso: não fazer postagens sobre essa data a cada 8 de julho! É um aniversário pra lá de amargo. Aproveito, então, para relembrar os textos aqui publicados há exatamente um ano!

FUTBLOG DOS AMIGOS EM 08-07-2014

FUTBLOG DOS AMIGOS EM 10-07-2014

Por que afirmo que o resultado é fatídico somente pra mim e pra você, leitor? Porque acredito que você, como eu, tenha ficado envergonhado com o que viu no Mineirão. André Guerreiro estava lá! Perguntem pra ele! Jogadores continuam ricos. Assim como técnicos. Dirigentes, nem se fala, mas agora o FBI está chegando junto. Marin já está vendo o sol nascer quadrado. Del Nero deve estar tomando comprimidos contra diarreia, dia sim e outro também, desde que "fugiu" da Suíça, com medo de dividir cela com o, agora, ex-amigo. Ricardo Teixeira já deixou a boa vida de Boca Ratón e já está em terras tupiniquins. Tá louco? Continuar dando mole no país do FBI?

Hoje, na editoria de esportes de O Globo, o jornalista Lauro Neto assina excelente matéria onde faz uma brincadeira sarcástica com o número 7, apontando, assim, os 7 pecados capitais que continuam sendo praticados no futebol brasileiro. Para ver tudo, clique aqui: OS SETE PECADOS CAPITAIS
Para facilitar e sem detalhar cada um deles, aqui estão:

1 - Carência nas divisões de base com exportação de talentos
2 - Falta de investimentos em infraestrutura
3 - Corrupção e má gestão de dirigentes
4 - Falta de renovação técnica e de treinadores
5 - Calendário apertado e mal formulado
6 - Despreparo para lidar com fama e fortunas repentinas
7 - Baixa qualidade da educação e formação

Não precisamos concordar totalmente com o Lauro nesta lista, muito menos com os argumentos utilizados. Ainda mais que todas começaram a ocorrer há bastante tempo. Contudo, não há como negar que muitos dos problemas, talvez a maioria, passam por aí.

Desta forma, o Futblog dos Amigos inicia uma nova série denominada "Absolvição", com 7 capítulos, onde o foco será exatamente os pecados listados acima. Não terei a pretensão de ser o dono da verdade nas análises e sugestões de melhoria e, por isso, sua opinião será importante.

Não adianta querer esquecer a tragédia, não querendo mais saber de futebol, sobretudo a seleção brasileira. Por mais que cada um de nós afirme que atualmente esteja interessado somente em nossos clubes, nossa paixão pelo esporte não consegue esconder nossos sentimentos em relação a ela, em sentido mais puro. Estamos p... da vida! Até mesmo porque nossos clubes são, também, causa e consequência de toda essa vergonha.

E não será nada fácil virar esse jogo!

O sétimo. Caixão fechado. Esse morto ressuscita?


terça-feira, 7 de julho de 2015

CHI CHI CHI LE LE LE VI VA CHI LE

Um dos jejuns seria quebrado!

Para quem não sabe, a rivalidade entre Chile e Argentina transcende os limites de um campo de futebol. Iniciada na colonização espanhola, com disputa entre capitais de vice-reinos, por demarcação de fronteiras na província de Mendoza, o apoio argentino à Bolívia e Peru nas Guerras do Pacífico e o troco chileno, ajudando os ingleses na Guerra das Malvinas até o conflito entre ambos no Canal de Beagle, Terra do Fogo. Se detestam. Mesmo.

E o Chile conquistou o primeiro título de sua história no futebol. Não dá pra dizer que não tenha sido merecido, apesar do apito amigo na estreia diante do Equador (pênalti inexistente) e das expulsões polêmicas contra o Uruguai e Peru. E ainda há o fato da Conmebol sempre armar os cruzamentos de quartas e semifinais beneficiando o anfitrião. Sem esquecer, tão pouco, a dificuldade técnica no empate (3x3) com o time B do México.

A Festa do Carmenére!
Mesmo assim, o agitado técnico argentino Jorge Sampaoli (sósia do ex-tenista Andre Agassi) está há quase 4 anos no cargo. Apareceu na conquista da Copa Sulamericana de 2011, com o Universidad de Chile. Já havia deixado boa impressão na Copa 2014, quando venceu a então campeã do mundo Espanha na fase de grupos e por uma bola na trave no fim da prorrogação, teria eliminado o Brasil nas oitavas (e nos livrado do 7x1!). O Chile não é um grande time. Longe disso. Entretanto, possui bons jogadores e é muito bem treinado. Claudio Bravo é um bom e experiente goleiro, mesmo barrado pelo jovem alemão Ter Stegen no Barcelona. Isla e Mena são laterais bem ofensivos. Medel e Jara formam uma zaga baixa e, por muitas vezes, violenta, mas compensam na velocidade e antecipação. Díaz é cabeça de área tradicional e Aránguiz, um bom segundo volante do Internacional. E daí pra frente, se destacam jogadores rápidos e habilidosos. O melhor de todos, Alexis Sánchez, do Arsenal. Valdívia, várias vezes ex-Palmeiras, fez sua melhor campanha. Vidal, da Juventus, é maluco e marginal mas sabe jogar. Vargas, ex-Grêmio, é forte, bom cabeceador e dono de potente chute. É uma seleção que seus fanáticos torcedores sabem escalar de cor e salteado. Sem dúvida, a melhor geração já surgida na terra do carmenére e, com certeza, fará o país novamente parar em 2017, na Copa das Confederações, por enquanto na Rússia, se juntando, até aqui, à própria, Alemanha e Austrália. Só um desastre poderá tirá-la da Copa 2018. Chegarão lá com média de 30 anos mas têm tudo para não fazer feio, mesmo se Sampaoli sair, como já declarou.

Agassi se transforma no agitado Sampaoli! Hehehe!
Vai descansar, Messi!
A Argentina completou 22 anos sem conquistas com sua seleção principal. O terceiro vicecampeonato de Messi. O melhor jogador do mundo, aos 28 anos, apenas ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. O fato é que depois de levar seu time nas costas na Copa 2014, Messi teve apenas rompantes de genialidade nesta Copa América. Fez apenas um gol, de pênalti, participações discretas nos outros jogos e, mesmo sem marcar, comandou o baile dos 6x1, na semifinal contra o Paraguai. De todas as críticas que recebeu de imprensa e torcedores hermanos, após nova derrota, concordo com somente uma: jamais deve ser o capitão, inventado por Maradona, técnico na Copa de 2010! Já havia comentado isso aqui no blog, no ano passado, durante a Copa. Mascherano, seu companheiro de Barcelona, é o capitão de fato. Caso contrário, não teria recebido o apelido de jefecito. A Argentina se dá ao luxo de manter Tevez, Higuain e Lavezzi na reserva. Tem excesso de bons jogadores do meio para frente. Entretanto, a defesa é fraca. De Michelis e Garay são lentos e rebatedores de bolas. Os laterais Zabaleta e Rojo são muito discretos, sem conseguir fazer o jogo fluir. Biglia é normal. Muito pouco. Pastore, Agüero e Di Maria são muito bons, mesmo o último em má fase técnica e fisica. Ou seja, novamente, Messi tinha que ser o cara. Não foi. Recusou o prêmio de melhor jogador da competição e fez repeteco do beicinho e de tirar a medalha de prata, logo após recebê-la, como no ano passado, no Maracanã. Quem não sabe perder, não aprenderá a ganhar. Agora, ele e Mascherano, de 31 anos, falam em descanso da seleção, inclusive dos primeiros jogos das Eliminatórias. Clica aqui: Cansado, Messi?  Oba! Que bom! Hehehe!

Aaah.. A Final! Horrível! 120 minutos de muita correria, muita pancadaria e raríssimas chances de gol para ambos os lados. Ficariam jogando mais uma semana e nada aconteceria. De bom mesmo, somente a presença do muso deste blog, o vascaíno Andre Guerreiro, nas arquibancadas do Estádio Nacional de Santiago, intervalando sua possante vuvuzela com o grito que entitula este post! Os pênalties mostraram um Chile mais confiante, uma cobrança bisonha de Higuain e a "cavadinha" de Alexis Sánchez que sacramentou a conquista.

Que migué é esse, Pastore??? Que jogo ruim!
O ponto alto da Final: a Vuvuzela de Andre Guerreiro!
As Eliminatórias vêm aí, em outubro próximo! As 10 seleções sulamericanas jogarão entre si, em turno e returno. As 4 primeiras se classificam. A 5a. joga repescagem contra o "repescado" da Concacaf, da Ásia ou da Oceania. Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai (já com Suárez) são favoritos!

Peraí! Ficaremos pra repescagem?

Sim.

Mas só se ganhar do Peru, do Equador, da Venezuela e da Bolívia!

Nota: Agradecimento ao cruzeirense Gilberto Mayor pela foto do migué do Pastore!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O NOVO SÚDITO DO IMPERADOR

Adriano já foi Imperador!

Utilizei o verbo no pretérito perfeito, apesar do velho ditado que diz que quem foi rei jamais perderá a majestade. Será mesmo? Até com esse infeliz?

Neymar está de férias. Merecidas. Fez excelente temporada no Barcelona, tríplice coroado na Europa. Apesar da lambança na Copa América. Tem direito de se divertir e relaxar.

Neymar quer ser o melhor do mundo. Tem muito potencial. Os jogadores que ganharam este título nos últimos anos também tiram férias.

Cristiano Ronaldo gosta de aparecer. Seja de férias, ou não. Messi só aparece dentro de campo, quando a bola rola.

Embora muito diferentes, Cristiano Ronaldo e Messi têm uma coisa em comum.

Parecem saber escolher suas companhias. Dentro e fora do campo.


Quer saber detalhes sobre esta foto?
1-  Juntos no Rio
2 - Juntos em Sampa

Acorda Neymar!

O Brasil não é mais império há muito tempo!

terça-feira, 30 de junho de 2015

O VÍRUS DA INDIFERENÇA

A eliminação do Brasil para o Paraguai nas quartas de final da Copa América, nos pênalties, nos deixa algumas conclusões e dúvidas.

Gilmar "Sports" Rinaldi, Dunga e Marco Polo Del Nero são a continuação do pesadelo dos 7x1, do qual ainda não acordamos. Suas declarações são vazias e desanimadoras.

Eles podem entrar para a História como os "Fora das Copas"!
O presidente, que não pisou em solo chileno (lembram do tal acordo de extradição Chile-EUA?), afirmou que perdemos por conta de "erro de um atleta". Não citou o nome do Thiago Silva que falhou ao colocar a mão na bola, mesmo que sem querer. Descortês, inoportuno e injusto. Perdemos por isso mesmo? Aliás, empatamos.

"Sports" jura que se descredenciou como agente FIFA mas e seu CNPJ? Foi cancelado? Seus colaboradores perderam o emprego? E, por coincidência, Roberto Firmino trocou o modesto Hoffenheim da Alemanha pelo famoso Liverpool. Transação milionária. E Douglas Costa trocou o confuso ucraniano Shakhtar Donetsk pelo poderoso Bayern de Munique. Me lembro de Evanilson, lateral direito do Cruzeiro em 1999. Convocado surpreendentemente por Luxemburgo para dois amistosos contra a Holanda aqui no Brasil. Logo depois, já estava contratado pelo alemão Borussia Dortmund. Lembro, ainda, do atacante Afonso Alves, que Dunga, em 2007, "descobriu" no obscuro Heerenveen, da Holanda. Convocado para a Copa América, na Venezuela, neste mesmo ano, já estava na temporada seguinte, atuando pelo Middlesbrough, da Inglaterra. Impressionante!

Dunga disse que está acostumado a apanhar, como os afrodescendentes. E até gosta! Lamentável! Depois se desculpou através de nota oficial e não de sua própria boca. Também afirmou que a Copa América só vale quando ganha. Quando perde, não vale nada. Ironia descabida e desnecessária já que ninguém o perguntou nada sobre isso. Como bem disse o Mauricio Noriega, do Sportv, não existe campeonato mundial de amistosos, uma vez que nosso técnico vinha adorando se vangloriar das 10 vitórias consecutivas em jogos que nada valeram. Na entrevista após o jogo contra o Paraguai, disse que 15, ele disse 15, jogadores tiveram uma virose, com dores de cabeça, prejudicando a preparação para o jogo, muito provavelmente, devido à poluição da capital chilena. Tal fato não foi divulgado pois poderia parecer desculpa se houvesse uma derrota. Bem, ela aconteceu nos pênalties e a tal virose, acabou virando desculpa mesmo. Esfarrapada. Bisonha. Patética.

Há quem diga que o fato do Brasil não disputar a Copa das Confederações em 2017, por enquanto, na Rússia, é um bom sinal pois ganhamos as últimas três edições e fracassamos nas Copas do Mundo, sempre nos anos seguintes. A maldição da Copa das Confederações! Uma grande bobagem. Trata-se de uma competição interessante, rentável no ponto de vista financeiro e uma excelente preparação diante de seleções com estilos de jogo bem diferentes. Rússia (por enquanto), Alemanha e Austrália já estão lá.

O problema é que para as eliminatórias, temos tudo para... sofrer! Del Nero manterá Dunga (Carlo Ancelotti, ex-Real Madrid, e Jurgen Klopp , ex-Borussia Dortmund, estão desempregados) e "Sports". Ou seja, além de não jogar a Copa das Confederações, corremos sério risco de não jogar a do Mundo! Ou estou exagerando? E não se esqueçam que Neymar não estará nos dois primeiros jogos, ainda suspenso.

No programa "Troca de Passes" do Sportv, Carlos Alberto Torres criticou com veemência o comportamento dos jogadores no desembarque em São Paulo. Confira aqui com atenção: Carlos Alberto Torres detona jogadores do Brasil

Aproveitando a crítica do Capitão da maior seleção de futebol já reunida, descobri qual foi o vírus que "atacou" 15 de nossos bravos jogadores nesta, pra nós, nefasta Copa América.

O vírus da indiferença!

terça-feira, 23 de junho de 2015

ÍDOLO SIM, ÍDOLO NÃO

Com Nelsinho, logo atrás!
Carlinhos, o violino, deixa o mundo terreno do futebol para bater um papo regado a um chopinho com São Pedro.

Exemplo de dedicação ao Flamengo, por toda uma vida, dentro e fora do campo. Excelente volante, calmo, acertava todos os passes, desarmava sem fazer falta. Recebeu o antigo Troféu Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Fez uma dupla histórica no meio-de-campo com Nelsinho Rosa, na década de 60, sobretudo nas conquistas dos estaduais de 1963 e 1965, além do Rio-São Paulo de 1961. Ao encerrar sua gloriosa carreira, entregou suas chuteiras àquele que seria o maior de todos com a camisa rubro-negra: Zico! Ou seja, entendia muito quando o assunto era futebol. O Galinho só tinha 17 anos.

Chuteiras Sagradas
com novo dono!
Por sua vez, Zico elevou a instituição Flamengo a patamares jamais imaginados por Carlinhos que, anos depois, como técnico dele, continuou a honrar e respeitar a camisa e, sobretudo, uma torcida, a maior do país.

Não dá para comparar a época em que Carlinhos e Zico atuaram no futebol com o que, infelizmente, testemunhamos hoje em dia. Menos ainda o conceito de ídolo, completamente distorcido por uma mídia fanática por consumo, devoradora de gente ignorante que jamais viu, por exemplo, essa dupla jogar.

Antes que depreciem, utilizo o termo "ignorante" pura e tão somente para classificar todo aquele que desconhece alguém ou determinada coisa.

"Ensinando" Romário!
São esses que aceitam goela abaixo o conceito atual de ídolo no futebol. Os que consideram que assim foi, é ou será Léo Moura. Triste!

Não se preocupem Carlinhos, Zico e todos os grandes jogadores que já vestiram a camisa do Flamengo que se enquadram no conceito antigo de ídolos. Um conceito que contempla uma palavrinha que nunca existirá no atual.

Eterno!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

MUITA COPA DE UMA VEZ

Três Copas simultâneas!!!

Me inspiro no grande crítico de cinema Rubens Ewald Filho que chega a assistir a 3 filmes ao mesmo tempo. Aqui em casa, não dá para instalar 3 aparelhos ao lado do outro como ele faz, mas, felizmente, os jogos estavam em horários distintos, mesmo que ao longo de toda a tarde e madrugada. Já comprei novas pilhas para o controle remoto!

Andressinha: excelente!
Após vencer Coreia do Sul (2x0), Espanha (1x0) e Costa Rica (1x0), a seleção brasileira feminina perdeu para a Austrália nas Oitavas de Final. A boa goleira Luciana "bateu roupa" em chute não muito forte e no rebote, tomamos o gol que nos eliminou da Copa do Mundo, no Canadá. Marta e Cristiane não jogaram bem, longe de seus melhores dias. Ao menos, algumas jovens jogadoras foram lançadas e com futuro promissor: a excelente Andressinha no meio-campo, as laterais Fabiana e Tamires (musa da Copa) e a meia-atacante Raquel Fernandes. A ideia da seleção permanente é interessante. Que Vadão seja mantido e que Formiga seja sua auxiliar. Vale a pena torcer por este time!

Tamires, lateral esquerda: Musa!
No Mundial Sub-20, na Nova Zelândia, fomos muito além do programado. O vice-campeonato deve ser encarado como a conquista da  medalha de prata e não como derrota! Foi a pior preparação de uma seleção de base em todos os tempos! O ex-queridinho da CBF, Alexandre Gallo, fez uma convocação confusa, após um desempenho irregular no sulamericano do Uruguai, em janeiro passado. Além de se classificar em 4o. lugar, alguns jogadores foram sacados inexplicavelmente e Gallo não repetiu nenhuma escalação em qualquer partida. Não soube explicar com exatidão porque Gerson, meio campo titular do time principal do Fluminense, não foi convocado ou não aceitou a convocação. Com Gallo demitido, Rogério Micale, das divisões de base do Atlético-MG, montou um time às pressas, sem poder substituir qualquer jogador convocado por seu antecessor. O acaso também jogou contra: Kenedy, também do Fluminense, teve que ser operado devido a uma crise de apendicite. Cortado, não houve tempo hábil para chamar outro jogador. Mesmo assim, a campanha foi muito boa. Na final, acabamos derrotados, na prorrogação, com um gol a dois minutos do fim, por uma Sérvia burocrática, com dois ou três bons jogadores, um goleiro excepcional (responsável direto pelo titulo) mas muito bem treinada e com preparo físico cavalar. Jogaram 4 prorrogações seguidas.

Na campanha brasileira, 4x2 Nigéria, 2x1 Hungria, 3x0 Coreia do Norte, 0x0 Uruguai (vitória nos pênalties), 0x0 Portugal (vitória nos pênalties), 5x0 Senegal. Boas atuações de jogadores conhecidos como Jean, goleiro do Bahia, os zagueiros Marlon (Fluminense) e Lucão (São Paulo), os meiocampistas Boschilia (São Paulo), o belga brasileiro Andreas Pereira, do Manchester United (autor de golaço na final), o capitão Danilo, ex-Vasco e atual Sporting Braga, além dos atacantes Gabriel Jesus (destaque do Palmeiras na última Copa São Paulo) e Judivan, do Cruzeiro, que ainda se lesionou durante o torneio. Os laterais João Pedro, do Palmeiras, e Jorge, do Flamengo, tiveram altos e baixos, assim como Alef, do Olimpique de Marselha e Jajá, do Flamengo, que se alternaram como volantes. Jean Carlos, centroavante do time B do Real Madrid, é apenas razoável e Marcos Guilherme, do Atlético-PR, é habilidoso mas aposta corrida com a bola. E sempre ganha dela. Enfim, não é uma geração de grandes craques (há muito tempo não temos), mas são jogadores que precisam de boa orientação, fora e dentro de campo. E que a CBF trate de evitar que o Andreas se naturalize belga! É um excelente jogador e já disputou o Europeu Sub-17 pela Bélgica!!!

Andreas Pereira (18). Ele é brasileiro!
A Copa América é uma decepção mais pela expectativa desta edição do que por seu histórico. Última rodada da fase de grupos e os jogos decisivos NÃO são realizados no mesmo horário. Os principais jogadores sulamericanos jogam na Europa e já poderiam estar de férias. O anfitrião Chile precisou de uma ajudinha sempre bem-vinda de arbitragem para derrotar o Equador, penou contra o time B do México e lavou a alma diante da Bolívia. Pra complicar um pouco, o meiocampista chileno da Juventus de Turim, Arturo Vidal, foi comemorar a classificação no cassino, encheu a cara e o pessoal do seguro não deve ter gostado da perda total na Ferrari. A Argentina joga a conta do chá. De camomila, pra dar sono. Nenhuma outra seleção possui tantos protagonistas nesta Copa. Inclusive, a maior delas, Messi. E pensar que Cristiano Ronaldo já está de férias!

Quem se prepara para férias em Ibiza? Neymar! Antecipadas com a lambança (programada?) que o agora novo capitão do Dunga, fez na derrota para a Colômbia. Expulso infantilmente, após o término do jogo. Julgado e suspenso por 4 jogos. Foi decisivo e genial contra o Peru. E só. O antigo capitão Thiago Silva, criticado na Copa por ter chorado durante a disputa de pênaltis contra o Chile nas Oitavas, está vingado! E ontem, quando o Brasil ganhava tranquilo e burocraticamente da Venezuela, repetindo, Venezuela, o grande estrategista brasileiro colocou 4 zagueiros em campo. Resultado: depois de sofrer um gol, tomou sufoco e quase cedeu o empate. Para a classificação, pouco mudaria. O Brasil continuaria em primeiro no grupo. E pensando bem, vergonha por vergonha, já estaríamos acostumados!

Papelão! Mas Ibiza revigora...
Para as Quartas, Chile pegará o Uruguai, que não tem "El Vamp" Suárez, ainda cumprindo suspensão. Se passar, enfrenta a semifinal "da baba" contra Peru ou Bolivia. No outro lado, os sonolentos hermanos precisarão acordar se James Rodriguez e Falcão Garcia forem contagiados por Juan Cuadrado, o único colombiano de talento que parece disposto a alguma coisa. O vencedor pegará o Brasil "Matar ou Morrer" de Dunga, Gilmar "Sports" Rinaldi e Del Nero ou os velhinhos e botinudos paraguaios, seleção cuja média de idade chega perto dos Masters do Luciano do Valle. Lembram?

Pra finalizar, um detalhe curioso desta Copa América: nenhum dirigente da Conmebol aparece.

Ih! O Chile tem acordo de extradição com os EUA!

Será que é por isso? Não, claro que não...

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A ESTRELA QUE FAZIA OUTRAS BRILHAREM

José Ely de Miranda!


Zito!

O cara que mandava Pelé calar a boca, parar de reclamar e correr!

"Negão, vê se faz um gol logo, porra! Até agora... nada!"

Nas concentrações, mandava o "Gasolina" sair para comprar cigarros enquanto ele jogava cartas.

E o futuro Rei obedecia! Para o seu próprio bem! Hehehe!

Revelado pelo Taubaté, chegou no Santos em 1952, aos 20 anos! E jamais saiu de lá. Até 1967, quando pendurou as chuteiras, havia vestido a camisa gloriosa do alvinegro praiano por 727 jogos. Impressionante?

Com o protegido "Gasolina", em excursão do Santos na Europa, 1959!
Sim. Impressionante. Foi um dos maiores (muita gente afirma ter sido o maior) volante da história do futebol brasileiro e um dos maiores de todos os tempos do futebol mundial. Raça com técnica. Empurrava o Santos pra frente. E ainda fazia gols. Foram 57. Muitos também afirmam que Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe não teriam sido Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe se não houvesse o "Capitão" Zito logo atrás. Marcando, desarmando, correndo, lançando, berrando, xingando! A alma de uma época do futebol brasileiro que ajudou o Santos a vencer 9 Paulistas em 13 disputados, 4 Copas do Brasil (a Taça Brasil), 4 Torneios Rio-São Paulo, 2 Libertadores da América e 2 Copas Intercontinentais. Ganharam o mundo!

Claro que Zito emprestou seu futebol à seleção brasileira! Bicampeão mundial em 1958 / 62, com direito a gol na final no Chile, contra a Tchecoslováquia. Um gol importantíssimo. O do desempate. O da virada do Bi! E de cabeça. Tão importante que foi quase único. Ao sair para comemorar, bateu com a cabeça na trave esquerda mas nem se incomodou! Não era um "cabeça dura"! Tampouco um reles cabeça-de-área! Era um duro com cabeça de gênio! Além desse, anotou apenas mais duas vezes. Entretanto, marcou, desarmou, correu, lançou, berrou e xingou em 46 jogos com a camisa amarela, durante 12 anos. Referência de grandes ídolos e capitães de times e de seleções brasileiras como Carlos Alberto Torres (no próprio Santos), Gérson, Dudu. Exemplo.

Ainda não bateu com a cabeça na trave mas a bola já está dentro do gol dos tchecos!
Zito fez da cidade de Santos o seu grande quintal e da Vila Belmiro, a chamada "extensão de casa". Era festejado em todos os cantos da cidade. Um cara simples. Amigo de todos.

Há anos era uma espécie de olheiro de luxo do Santos. Apenas para citar exemplos mais recentes, revelou Narciso, Robinho, Diego e um tal de Neymar. Conhecia pouco, né não?

São Pedro já fechou a parte dos jogadores em pé, nas fotos de 1958 e 1962. Alguns dos agachados já estão com ele. Quando esse time ficar completo lá em cima, imagino a disputa nas arquibancadas do além, toda vez que decidirem bater uma bolinha.

Ainda verei uma "pelada" dessa...

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A VOVÓ DAS COPAS

A mais antiga competição continental entre seleções de futebol não é a da Europa, a Eurocopa, onde se admite que o futebol foi criado na Inglaterra. Tal competição se iniciou em 1960.

A Copa América
A mais antiga é bem mais velha. Sua primeira edição foi em 1916, ou seja, há 99 anos! Foi aqui mesmo: o campeonato sul-americano de seleções. A ideia surgiu na Argentina que criou a competição para celebrar seu centenário de independência. Além de sediar e vencer a 1a. edição, também fundou a CONMEBOL neste mesmo ano, sob o mesmo motivo. Quanto narcisismo, né não??? Que surpresa! Hehehe!

Em consonância com a tumultuada história política e econômica do continente, a competição já teve vários formatos, diferentes quantidades de participantes, frequências irregulares, desistências, recusas, duas edições em um mesmo ano (1959) e dois nomes de batismo. Assim, por exemplo, das 43 edições realizadas, o Uruguai é o recordista em participações: 41. Argentina vem em seguida com 39, Chile com 36 e só então aparece o Brasil com 33, empatado com o Paraguai. Como nunca houve Eliminatórias prévias, é difícil entender! Foram vários motivos: problemas políticos de convocação de jogadores, outros econômicos de não ter como custear a viagem, calendário não compatível com competições regionais e outros por priorizar excursões à Europa, bem mais rentáveis. E o Brasil ainda possui dois casos esdrúxulos: em uma das edições de 1959, no Equador, fomos representados por uma seleção pernambucana e em 1975, por uma mineira. Ambas terminaram em terceiro lugar.

Brasil Campeão 1919, Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro.
Píndaro (Flamengo), Heitor (Pal.Itália), Marcos de Mendonça (Fluminense), Fortes (Fluminense), Bianco (Pal.Itália) e Amílcar (Corinthians). Millon (Santos), Neco (Corinthians), Friedenreich (Paissandu-SP), Sérgio (Paulistano) e Arnaldo (Santos)
O Uruguai é o maior vencedor com 15 títulos. A Argentina tem um a menos. O Brasil tem 8 e venceu 4 das últimas 6 edições. Paraguai e Peru, 2. Colômbia e Bolívia, 1.

2007 Venezuela - Brasil Campeão: 3x0 Argentina.
Alex, Julio Baptista,Juan, Maicon, Doni e Gilberto.
Elano, Robinho,Vagner Love, Josué e Mineiro.
O campeonato sul-americano passou a se chamar Copa América em 1975, após 8 anos sem disputa, e com uma novidade que somente durou por 3 edições: sem sede fixa e vários meses de jogos de ida e volta. Ao menos o intervalo de 4 anos foi respeitado mas ao se decidir pela volta da sede fixa em 1987, na Argentina, a frequência caiu para 2 anos e já com a certeza de que os 10 países sempre participariam. Até então, era comum o último campeão entrar na competição somente nas semifinais, o que se encerraria a partir de 1989, no Brasil, com 2 grupos de 5, classificando os 2 primeiros para um quadrangular final decidir o campeão. Nova mudança ocorreu em 1993, no Equador, quando a CONMEBOL decidiu convidar 2 seleções de outro continente, perfazendo o total de 12 que se dividiriam em 3 grupos de 4, para formar quartas de final com os dois melhores terceiros colocados. Na maioria das vezes, estas seleções costumam vir da CONCACAF. México, EUA e Costa Rica são figurinhas fáceis. Honduras já participou. O Japão também. E neste ano, teremos a Jamaica. A partir de 2007, na Venezuela, o intervalo de 4 anos foi fixado, sempre no ano seguinte à disputa da Copa do Mundo. Ufa! Será que muda mais?

Sim. Pode mudar mais. Se o FBI deixar, no ano que vem, 2016, haverá a Copa América Centenário, nos EUA, celebrando, claro, o aniversário de 100 anos. Será a primeira vez com 16 seleções: as 10 da América do Sul e 6 da CONCACAF que, por sua vez, devem ser as que participaram do hexagonal final das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014: EUA, México, Costa Rica, Honduras, Jamaica e Panamá. Se der certo, é muito possível que esta fórmula continue a partir de 2019, no Brasil. Dependerá, evidentemente, de vário$ fatore$!

2011 Argentina - Uruguai Campeão: 3x0 Paraguai
Forlán, Muslera, Lugano, Cáceres, Coates e Suárez,
Maxi Pereyra, González, Arévalo Rios, Álvaro Pereyra e Cavani.
Hoje, no Chile, a edição de 2015 se iniciará. No grupo A, os anfitriões com Equador, México e Bolívia. No B, Argentina, Uruguai, Paraguai e Jamaica. No C, Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela. Os hermanos são favoritos destacados com poucas mudanças em relação à Copa do ano passado mas jogam sob pressão. Exceto pelas Olimpíadas de 2004 e 2008, a Argentina não ganha nada desde 1993, exatamente a Copa América, ou seja, 22 anos sem conquistas na seleção principal. O Chile joga em casa e também não tem mudanças no último ano. Vem forte. Idem para a Colômbia que ainda terá o reforço de Falcão Garcia. O Brasil de Neymar, Dunga, Gilmar "Sports" Rinaldi e Del Nero corre por fora. Foram 10 vitórias em 10 amistosos desde a Copa, sendo as mais importantes, 2x0 sobre a Argentina com Messi e 3x1 na França, em Paris. Uruguai iniciando renovação, com Cavani e sem "El Vamp" Suárez, suspenso. México vem com equipe jovem, sem Chicharito, Giovani dos Santos, Herrera. Paraguai ainda em crise. Peru com Guerrero, Guerrero, Guerrero e cia. O Equador só tem Enner Valencia. A Bolívia de Marcelo Moreno e a Venezuela do highlander Arango não merecem muitos comentários. E a Jamaica...pô...aê...caraca...muito maneiro aê...hã...ih...esqueci...bateu a mó fome agora...

O mais incrível, mas não surpreendente, é que existe um país participante da Copa América, que não terá seu campeonato nacional interrompido durante a disputa.

Com perguntaria Silvio Santos as suas colegas de trabalho, "Quem sabe? Quem sabe?"

Papo para outro post.

terça-feira, 9 de junho de 2015

UMA SELEÇÃO PELA QUAL VALE (MESMO) A PENA TORCER

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino!

Mônica, Bruna Benites, Cristiane, Luciana, Rosana e Formiga.
Andressinha, Andressa Alves, Marta, Fabiana e Tamires.

 Hoje começou a Copa do Mundo do Canadá! Como na versão mais famosa masculina, é disputada de 4 em 4 anos, só que desde 1991. EUA e Alemanha são os grandes bichos-papões da competição! Seleções escandinavas (Noruega e Suécia), Japão e China pela Ásia e o Brasil pela América do Sul sempre fazem boas campanhas. Noruega já foi campeã e as japonesas são as atuais detentoras do título. Confira:


Nossa seleção feminina inovou em termos de preparação. Foi adotado o caráter de seleção permanente, face a todos os problemas de investimento e incentivos à categoria. A equipe está reunida há um ano, disputando torneios e amistosos internacionais, a maioria deles no exterior. Marta, claro, é a grande destaque, 5 vezes eleita a melhor do mundo, sempre bem acompanhada por Cristiane no ataque e a nossa highlander Formiga no meio de campo. Aos 37 anos, dita o ritmo de jogo, incansável! Oswaldo Alvarez, o Vadão, técnico experiente que já passou por vários times masculinos do Brasil, comanda as meninas.

Para 2015, o Brasil está no Grupo E com Coreia do Sul, Espanha e Costa Rica. Hoje, iniciamos com vitória de 2x0 sobre as coreanas, em Montreal, gols de Formiga e Marta, de pênalti. Acredito que nosso time não tenha dificuldades para passar em primeiro lugar no grupo. O problema pode começar já a partir das oitavas de final. Deve jogar contra o 2o. colocado de um grupo que tem EUA, Suécia, Nigéria e Austrália: o grupo da Morte! E se conseguir passar, deve cruzar com o Japão, atual campeão, nas quartas! E nem cheguei a citar a Alemanha...

Torçamos por Marta, Cristiane, Formiga e cia. O Futblog dos Amigos estará atento ao que acontecer ao final de cada fase. Afinal, essas meninas não estão milionárias jogando futebol.

Amam o jogo.

Assim como eu!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O DIA "N" EM BERLIM

"O Barcelona é favorito. Tem alguém que ninguém tem: Messi! Neuer não o parou! Buffon conseguirá? A "Juve" é um time aplicado de jogadores experientes. O confronto promete outras situações interessantes:
 - Chielini entrará com dentes de alho no pescoço, proteção contra "El Vamp" Suárez?
 - Quem acertará mais passes e lançamentos: Iniesta ou Pirlo?
 - Daniel Alves, ele mesmo, após grandes atuações contra o Paris SG e Bayern, calará de vez todas as críticas que recebe no Brasil?
 - Neymar fez 3 gols em Neuer! Ele não estava nos 7x1. Será protagonista? Ou será o jovem francês Pogba, de volta ao meiocampo bianconeri?
 - Ou essa história de protagonismo ficará mesmo entre Messi e Tévez?
"

Esse foi o último parágrafo do post do último dia 14 de maio. Relembre-o aqui: O DIA "D" DE UM OUTRO ESPORTE

Respondendo:
- Buffon foi um monstro! Fez defesas sensacionais, comprovando a categoria de um dos melhores do mundo, aos 37 anos! Evitou derrota maior que os 3x1.
 - Chielini, lesionado, não jogou! Barzagli fez dupla na zaga com o Bonucci! Ambos com a letra B, de Botinudo! "El Vamp" Suárez não mordeu mas deixou sua marca.
 - Iniesta e Pirlo foram discretos. O primeiro fez o que dele se espera: toques precisos, rápidos e ainda foi decisivo no lance do primeiro gol blaugrana. O segundo não fez grande coisa. Aos 35 anos, pode se transferir para os EUA e ganhar merecidos dólares ao fim de sua excepcional carreira!
 - Daniel Alves fez excelente partida. Se despede do Barcelona, aos 33 anos, com muitos títulos, de cabeça erguida! Fez pênalti em Pogba? Árbitro nenhum marcaria. Lance de interpretação numa final como essa. E o turco Çakir foi muito bem durante todo o jogo.
 - Pogba fez grande partida. O jovem francês tem grande futuro. O melhor da Juventus. Tevez participou do gol de Morata e deu um chute pra fora, da entrada da área, livre de marcação, quando o jogo estava 1x1. Só isso! Em dia discreto de Messi, o croata Rakitic, além de marcar o primeiro gol, teve grande atuação. Entretanto, Neymar foi, sim, o protagonista! Desembarcou em Berlim em um 6 de junho e viveu o Dia "N". Sua estrela brilhou, agraciado com o terceiro gol, já nos acréscimos, que pôs fim à partida! Fez grande jogada no primeiro gol, muita movimentação, toques objetivos. Jogou com seriedade. Aos 23 anos, é a estrela solitária do Brasil na Europa!

Estádio Olímpico de Berlim: Colossal
Ter Stegen, Mascherano, Rakitic, Busquets e Piqué.
Messi, Daniel Alves, Neymar, Iniesta, Suárez e Jordi Alba.

4 espanhóis (3 catalães), 2 argentinos, 2 brasileiros, 1 alemão, 1 uruguaio e 1 croata.
O Cara do Dia "N". Brilho solitário do Brasil!
O Barcelona conquistou seu 5o. título da UEFA Champions League (o Real Madrid, com 10, ainda é o recordista). É mais time que a Juventus, que honrou sua tradição e história ao devolver prestígio ao combalido futebol italiano.

O Estádio Olímpico de Berlim, fantástico! Grande abraço aos meus amigos Frederico Giannini e Eduardo Nabuco (tricolores) e André Guerreiro (vascaíno) que lá estiveram. Eles representaram, com louvor, o Futblog dos Amigos na Final! Hehehe!


Duro mesmo foi assistir, logo depois, à rodada do campeonato brasileiro...