terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Que Há de Novo na Nova Copa Rocca ?

Dinheiro. Muito dinheiro.

Da televisão e de seus patrocinadores que exigem futebol nas noites de quarta-feira. Se não tiver, a Rede TV arrebenta sozinha na audiência com o desfile de lingerie no Superpop da Luciana Gimenez!!!!

Contudo, ao fixar que Brasil e Argentina só devem utilizar jogadores que atuam no próprio país, fica evidente que as comissões de negociações na próxima "janela" em janeiro deverão alegrar empresários, clubes e, claro, Dom Grondona e Dom Teixeirone! E será assim até 2018!

Do ponto de vista técnico, nada a acrescentar. O técnico argentino Alejandro Sabella terá um misto do Estudiantes (onde conquistou a Libertadores 2009) e Velez, ambos com péssima campanha no atual campeonato. Riquelme, que seria uma atração, foi cortado. Gosta do chinelinho. Verón também jogaria mas, aos 35 anos, não é mais o mesmo e está lesionado. Dos menos obscuros, Desábato (o zagueiro que foi preso no Morumbi após chamar o Grafite de macaco), Sebá (o botinudo que jogou no Corinthians), Emiliano Papa na lateral esquerda e o irmão do Botinelli, do Flamengo. Muito pouco.

O Mano Menezes, cada vez mais perdido. O real forte e patrocinadores robustos no Brasil permitem que jogadores como Neymar ainda estejam por aqui. Tudo bem. Tem idade olímpica. Mas o que faz o Ronaldinho Gaúcho neste time com 31? E o Renato Abreu com 33? Ele já convocou 52 jogadores em 1 ano e ainda não tem time-base. Rápido; uma bússola para o Mano.

É uma pena que estes interesses sombrios manchem a história muito interessante da Copa Rocca. Foi o segundo torneio criado entre seleções na história do futebol mundial, atrás somente da Copa Britânica, entre Inglaterra, Escócia e Gales. Em 1913, o presidente argentino Julio Rocca teve a idéia para celebrar a amizade e a rivalidade com os brasileiros. A primeira foi disputada no ano seguinte e, curiosamente, logo após sua morte. Disputada somente em Buenos Aires, o Brasil venceu por 1x0 no estádio do Gymnasia y Esgrima e foi a nossa primeira conquista internacional.

Ao longo da história, o Brasil venceu 6, a Argentina, 3; e um deles em 1971,acabou empatado. Foram 9 vitórias brasileiras, 8 argentinas e 3 empates. A última edição em 1976 também valeu pela Taça Atlântico, também disputada pelo Uruguai, e vencida pelo Brasil.

Entre as curiosidades, a maior delas,sem dúvida, foi a estréia oficial de Pelé com a camisa amarela, com 16 anos, no dia 7 de julho de 1957, no Maracanã. Os argentinos venceram por 2x1. Sim, este "1" foi dEle! O primeiro gol pela seleção brasileira. Três dias depois, houve um segundo jogo no Pacaembu. Nos 90 minutos, o Brasil venceu por 1x0. O Gol? DEle! Na prorrogação, Mazolla fez o segundo e o Brasil levantou a taça. Não houve jogo na Argentina.

Confira abaixo a foto do Brasil para o segundo jogo em 1957, com muitos futuros campeões mundiais no ano seguinte:
Em pé: Djalma Santos (Portuguesa), Bellini (Vasco), Jadir (Flamengo), Gilmar (Santos), Oreco (Corinthians) e Zito (Santos). Agachados: Luisinho (Corinthians), Pelé (Santos), Mazolla (Palmeiras) , Maurinho (São Paulo) e Pepe (Santos). Técnico: Sylvio Pirillo.


Que diferença para 2011...

2 comentários:

  1. Olá amigo gostaria de fazer uma pequena correção na composição desta foto acima. Está invertido Luisinho e Maurinho. No caso ao lado do Mário Américo é Maurinho e não Luisinho.

    Abs

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  2. Harley! Desculpe demorar tanto para responder e você tem razão! Obrigado pela intervenção! Grande abraço!

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