sábado, 24 de novembro de 2012

Demorei de Novo e Tchau Mano - Parte 1

Ficar longe deste blog é uma das coisas que mais me deixam frustrado. Paciência. As viagens e compromissos profissionais e, muitas vezes, a velha preguiça me impedem.

De fevereiro para cá, o Fluminense foi campeão do carioquinha e em lance de falta de sorte, eliminado pelo Boca Juniors, após ter sido prejudicado pela arbitragem "caseira" no jogo em Buenos Aires. O Corinthians finalmente venceu a competição após 10 tentativas. O Brasil mais uma vez decepcionou nas Olimpíadas, mesmo sem Argentina, Alemanha, Itália, França e Holanda e sem jogar contra Inglaterra, Espanha e Uruguai, que lá estiveram.

De maneira incontestável, o Fluminense conquistou, com 3 rodadas de antecipação, seu 4o. campeonato brasileiro! E mais um grande foi rebaixado: o Palmeiras. Até as rodadas finais, o Flu poderá bater o recorde de pontos do campeonato com 20 clubes, do São Paulo em 2008: 78. O Flu está 2 atrás. No dia 3/12, postagem para isso.

A verba pública (ou seja, o meu imposto) aumenta cada vez mais na organização da Copa 2014. Obras ficam cada vez mais caras e para a Copa das Confederações no ano que vem, os estádios das cidades selecionadas não estarão 100% concluídos. Papo para outra postagem.


E, ontem, Mano Menezes deixou o comando da seleção brasileira. Justamente quando o time melhorava um pouquinho. Só um pouquinho. Uma demissão que deveria ter acontecido no meio do ano, quando, de maneira patética, perdemos a medalha de ouro em Londres para um esforçado time do México.

O fato é que com a saída de Ricardo Teixeira da CBF, José Maria Marin vinha sendo uma espécie de "presidente em exercício". Com a chegada do Marco Polo Del Nero, ex-presidente da Federação Paulista, começou o processo de fritura ao Andrés Sanchez, que já exercia o cargo de Diretor de Seleções.

O histórico controverso e obscuro do corinthiano Sanchez e sua íntima relação com Teixeira, nunca foram bem digeridos pelo sãopaulino Marin e, há pouco tempo, pelo palmeirense Del Nero. Muito mais importante do que bairrismos antiquados de Rio contra São Paulo, a questão política é a que importa, muito acima, ainda, da questão técnica.

Antecipar as eleições para a presidência da CBF para 3 meses da Copa em 2014 foi uma jogada digna de seus tempos de governador biônico de São Paulo na época da ditadura militar. A grana de FIFA e de patrocinadores vai começar a entrar pesada a partir da Copa das Confederações. Marin precisará de tempo para planejar seus mimos e vantagens às federações que o elegerão para um mandato "oficial". Pode ser que, "fritado", Sanchez saia e tente ser "oposição" à Marin, tentando trazer para si o apoio das federações que foram preteridas por Teixeira na escolha das sedes da Copa em disputas regionais como Belém e Rio Branco, derrotadas por Manaus e Campo Grande, derrotada por Cuiabá. Lembrando que as federações tem o mesmo peso de voto na eleição da CBF, ou seja, o voto do Amapá é tão importante quanto o de São Paulo. Só que Marin não participou diretamente deste processo de escolha e será absolutamente racional a tese de não mudar comando da CBF 3 meses antes da Copa iniciar. Jogada de Gênio. Algo tipo Lula e Maluf juntos para eleger o "Poste" Haddad, o homem das fraudes do ENEM, prefeito de São Paulo!

Assim, o instável Mano Menezes deixa a seleção com um retrospecto apenas razoável e péssimos resultados nas 2 únicas competições oficiais que disputamos de 2010 até aqui: Uma Copa América vergonhosa e uma Olim"piada"! (Não, por favor, supermico das Américas não é título!)

A missão de Mano em renovar o time foi exagerada: mais de 100 jogadores convocados e, muitos, nem testados pois não chegaram nem a entrar em campo. Nos dias de hoje, não há tanto jogador assim para vestir a camisa amarela. Será influência do seu empresário Carlos Leite, o mesmo de vários jogadores convocados? De qualquer maneira, as teimosias de técnicos com jogadores são inerentes ao cargo mas perder 3 vezes para a Argentina, não ganhar de nenhuma seleção de ponta, aliados aos já citados micos no parágrafo anterior são motivos técnicos suficientes para a demissão.

Contudo, insisto, se Ricardo Teixeira ainda estivesse à frente da CBF, Mano continuaria no cargo. Com o aval de Sanchez.
Quem substituirá Mano?  Mais na Parte 2.

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