Para 1958, houve a primeira disputa. Dois jogos em ida e volta contra o Peru, no ano anterior. No primeiro, em Lima, empate difícil em 1x1. Depois, no Maracanã, Didi, que já havia marcado o primeiro gol oficial no então "maior do mundo", entrou novamente para a História, marcando, de falta, o gol da vitória: a "folha seca". Muitos acham que foi inventada neste jogo. Na verdade, foi um ano antes, jogando pelo Fluminense, contra o América. Estávamos na Suécia.
Didi lança a segunda "folha seca" da História! |
Brasil 1 x 0 Paraguai - 1969 - Carlos Alberto, Félix, Djalma Dias, Joel, Piazza e Rildo. Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Edu. |
Com o Tri de 70, volta às Eliminatórias em 1977. De novo com Paraguai e Colômbia. Osvaldo Brandão era o técnico. Com a estreia ruim em Bogotá (empate em 0x0), Cláudio Coutinho assumiu a seleção em grande estilo. Convocou o que o Brasil tinha de melhor: Leão, Rivelino, Paulo Cézar, Zico, Roberto Dinamite, Marinho Chagas, Carlos Alberto Torres. 6x0 na Colômbia, no Maracanã. O primeiro jogo de Eliminatórias que eu fui. Apinhado de gente. Vitória e empate contra o Paraguai garantiram o Brasil no triangular final, na cidade de Cáli, Colômbia, contra Peru e Bolivia. Os dois primeiros estariam classificados. Vitória sobre o Peru, 1x0, e uma demolidora goleada na Bolivia: 8x0. Estávamos na Argentina.
O longo jejum de títulos fez com que o Brasil passasse a frequentar as Eliminatórias consecutivamente. Em 1981, a famosa seleção de 82, treinada por Telê Santana, passou fácil por Venezuela e Bolívia. Eu estava no Maracanã lotado para ver a vitória de 3x1 sobre a Bolívia, com 3 gols de Zico. Estávamos na Espanha.
A tristeza e a decepção em 82 deixaram o futebol brasileiro em crise. Carlos Alberto Parreira perdeu a Copa América para o Uruguai no ano seguinte. Edu Coimbra só teve chance em 3 amistosos em 84 (em um deles, derrota para a Inglaterra no Maracanã - 0x2) e Evaristo de Macedo não suportou os maus resultados em amistosos antes das Eliminatórias em 1985. Solução: Telê Santana e os veteranos de 82! Vitórias fora de casa contra Bolívia e Paraguai (com direito a um golaço de Zico) permitiram que os empates no Brasil fossem suficientes para a classificação. Eu também estava no Maracanã no empate de 1x1 contra o Paraguai. Vibrei no gol de Sócrates. E um pouquinho no do ídolo tricolor Romerito! Hehehe! Estávamos no México.
Pela primeira vez, o Chile apareceu na frente do Brasil, nas Eliminatórias de 1989. E estavam extremamente confiantes. Em 87, na Copa América da Argentina, conseguiram algo jamais alcançado até hoje: golear o Brasil. 4x0. O técnico Carlos Alberto Silva foi demitido e substituído por aquele que viria a ser conhecido como o "homem que falava lazaronês"! A CBF tinha novo presidente, Ricardo Teixeira, genro de João Havelange, presidente da FIFA. Após goleada tranquila na Venezuela, em Caracas (4x0), o jogo em Santiago foi uma guerra. Romário expulso aos 3 minutos de jogo e um gol irregular dos chilenos, aliado à ingenuidade de Tafarel, decretaram o empate em 1x1. Após nova goleada sobre a Venezuela, no Morumbi (6x0), lá estava eu no Maracanã para a partida decisiva contra o Chile. Ao Brasil, bastava empatar, com melhor saldo de gols. O Chile catimbava, provocava, não jogava. Aguardando alguma coisa acontecer. Aconteceram duas. A primeira, o gol de Careca, no inicio do segundo tempo. A segunda, o sinalizador naval que a tal de Rosenery lançou da arquibancada e caiu muito perto do goleiro chileno Roberto Rojas. Ele caiu e minutos depois estava todo ensanguentado. Os chilenos armaram uma grande confusão. Tiraram o time de campo. Abandonaram o jogo. Uma grande farsa. Rojas tinha uma navalha na luva e ele mesmo se cortou. FIFA puniu o Chile, deixando-o fora da Copa de 94. Suspendeu Rojas por longo tempo. Estávamos na Itália. E a Rosenery... na capa da Playboy (mas... fraquinha!).
Para 1993, relembre aqui: O DIA EM QUE O CRAQUE VENCEU OS TÉCNICOS
A apoteose de Romário nos fez sair da fila após quase 24 anos sem ganhar uma Copa. Voltamos às Eliminatórias para 2002 e tudo novo.
A disputa na América do Sul havia mudado para a França 1998, quando o Brasil se classificou antecipadamente por ter sido campeão em 94. Todos contra todos. Turno e returno. 18 jogos em 25 meses! Os quatro primeiros classificados. O quinto, repescagem contra alguém da CONCACAF, Oceania ou Ásia. E o Brasil penou de 1999 a 2001. Vanderley Luxemburgo sofreu pressão da imprensa e da opinião pública com o escândalo da manicure. A campanha vinha regular com futebol pobre. CBF o substituiu pelo ex-goleiro Émerson Leão. Piorou, a ponto de um jogo contra a Colômbia no Morumbi, a torcida brasileira atirar as bandeiras para o campo de jogo em sinal de protesto contra o péssimo futebol até aquele momento, quase no fim do jogo, 0x0. Logo depois, em cobrança de escanteio, Roque Júnior fez o gol da vitória mas não adiantou. O fracasso na Copa das Confederações, no meio das Eliminatórias, fez a CBF trocar Leão por Luis Felipe Scolari, o Felipão, multicampeão de Copa do Brasil e Libertadores, com Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras. A imprensa e a torcida gostaram. O Brasil sofreu mas na última rodada, precisava somente ganhar da Venezuela, em São Luis: Na base da empolgação...3x0! 3o. lugar, atrás de Argentina e Equador! Estávamos no Japão e na Coreia do Sul para o Penta!
E mais mudanças. O campeão da Copa passaria a disputar as Eliminatórias. Felipão foi dirigir a seleção portuguesa e Carlos Alberto Parreira estava de volta para comandar a mais talentosa geração de jogadores brasileiros desde 1982. E a campanha foi tranquila, terminando em 1o. lugar, com os mesmos pontos da Argentina mas com melhor saldo de gols. O grande jogo do Brasil foi contra o Chile, em Brasília. Na goleada de 5x0, houve um gol antológico de Robinho, conforme abaixo! Estávamos na Alemanha.
As orgias de Weggis fizeram com que a CBF pensasse em técnico linha dura e disciplinador. Encontrou. Só não havia sido técnico na vida: Dunga! O capitão de 94 e comentarista de TV na Copa 2006. Muitos torceram o nariz. Mal educado e grosso no trato com a imprensa. Resultado: 1o. lugar com dois grandes jogos: 4x0 no Uruguai, em Montevideo (o que não acontecia desde 1976) e 3x1 na Argentina do técnico (?) Maradona, em Rosario. Estávamos na África do Sul.
Depois de sediar a Copa 2014, a partir de hoje à noite, o Brasil está de volta às Eliminatórias para confirmar um status que somente ele possui: único a participar de todas!E de novo com ele, Dunga!
E que não me falhe!
Meu irmão Fabio, meu primo Rubem e meus amigos André Guerreiro e Francisco "Kiko" Abreu já me elegeram guia na Rússia. Não posso decepcioná-los!
Luzhniki Stadium - O palco da final 2018 |
Luzhniki Stadium - Não estava quente não... |
Удачи Бразилия! Вам нужно будет!
Udachi Braziliya ! Vam nuzhno budet !
(Boa sorte Brasil! Vai precisar!)
Gostaria muito de ir à Rússia, mas conforme as minhas previsões desde 2014, caso se classifique, será em quarto ou na repescagem, mas caso não, será um prêmio para a CBF, empresários, treinadores e profissionais do ramo....aliás, ontem, começamos bem ante o Chile.... vimos uma seleção covarde, sem vontade e pouco atenta ao que acontece... tanto é verdade que, perdendo de 1 a 0, o Douglas Costa estava conversando e rindo com o Vidal.... O tempo nos dirá!
ResponderExcluirVerdade! Estamos muito distantes dos tempos narrados neste texto,não somente em base cronológica mas de princípios! Bebamos vodkas russas para esquecer!!!! Hehehe!
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