sexta-feira, 30 de maio de 2025

Os Doze de Uma Só: 12 - MARCOS

Nome: Marcos Roberto Silveira Reis

Apelido ou Mais Conhecido como: MARCOS (São Marcos)

Nascimento: 04/08/1973 - Oriente SP

VIVO

Uma Só Camisa: PALMEIRAS SP

Período: 1992 a 2011 - 19 anos

Jogos: 533 - 237 Vitórias

Seleção Brasileira: 1999 a 2005 - 29 jogos - Campeão Copa do Mundo 2002, Campeão Copa América 1999 e Campeão Copa das Confederações 2005

"Pra mim, foi uma honra vestir a camisa da seleção brasileira e, principalmente, da Sociedade Esportiva Palmeiras! Peço que vocês nunca se esqueçam de mim porque eu nunca vou me esquecer de vocês. Muito obrigado!"

Fim do discurso proferido pelo goleiro Marcos na sua festiva despedida dos gramados à meia-noite do dia 12/12/12, ali pela metade do segundo tempo, no estádio do Pacaembu. Era o Palmeiras de 1999 contra o Brasil de 2002. Jogo começou mais tarde para homenagear o número 12 que esteve as suas costas por 19 anos.

Na despedida!
Marcos começou a vida trabalhando no cafezal do seu pai na cidade natal, Oriente, a 450 km de São Paulo. Depois tentou uma oficina mecânica, fábrica de móveis e usina de açúcar. Não deu certo. Começou a jogar futebol com os irmãos num time amador da cidade, o Erva Doce, como atacante. O desempenho ruim o levou obviamente para a posição de goleiro. Como já media 1,93 m, a troca se mostrou vantajosa! Olheiros o levaram para o Primavera, depois Lençoense quando foi emprestado para o sub20 do Corinthians. Cortado para disputa da Copa São Paulo de Juniores de 1992, com problemas de documentação, acabou no rival Palmeiras, numa troca entre vários jogadores do Lençoense, pares de chuteiras e luvas de goleiro!

Após chuteiras e luvas!
Durante alguns anos, foi reserva de Velloso e somente em 1996, assumiu a titularidade do Palmeiras em algumas partidas com a lesão do titular. Também se lesionou seriamente em 1997, quando quebrou o tornozelo, ficando sete meses longe dos campos. Durante a Libertadores de 1999, Velloso se lesionou novamente e Marcos teve atuações fantásticas contra o Vasco nas quartas e contra o Corinthians, na semifinal, quando defendeu pênalti cobrado por Marcelinho. Uma defesa sensacional. Continuou para a Final contra o Deportivo Cáli, da Colômbia, e foi um dos heróis da conquista. Quando Velloso se transferiu para o Atlético Mineiro, não saiu mais e carregou o número 12 por toda a carreira.

Defendendo o pênalti de Marcelinho!

Herói da Libertadores 99
Foi um goleiro que, além da técnica apurada, atuava com garra e coração. Elasticidade e presença de área. Saía rouco dos jogos de tanto gritar. Gritos que empurravam o time à frente. E pênaltis eram a sua especialidade. Defendeu 36, dos quais 19 em tempo regulamentar e 17 em disputas de desempate. Na história da Libertadores, nenhum goleiro defendeu tantos: 11. Sétimo jogador que mais vestiu a camisa do Verdão e atrás apenas de Émerson Leão, entre os goleiros. De personalidade extrovertida, simpático, sorridente, conquistou a torcida, com quem dialogava com simplicidade e participava de eventos. Era como se fosse um deles! Suas santas atuações lhe renderam o apelido de "São Marcos". Até procissão de louvação os torcedores fizeram.

Foram incontáveis títulos pelo Palmeiras, dos mais importantes como a primeira Libertadores em 1999, passando por Brasileiro, Copa do Brasil, Mercosul, Rio-SP, Paulista e dezenas de torneios e premiações individuais que fizeram dele um dos maiores vencedores da História do futebol brasileiro.

O Doze
E teve seleção brasileira. Primeiro, como reserva de Dida na Copa América de 1999, no Paraguai. Quando Luis Felipe Scolari, seu técnico no Palmeiras, assumiu em 2001, foi automaticamente alçado à condição de titular nos últimos jogos das Eliminatórias neste ano e absoluto nos 7 jogos que deram o Penta ao Brasil. Destaque para sua atuação nas oitavas contra a Bélgica e no primeiro tempo da Final contra a Alemanha, quando fez duas defesas dificílimas. O jogo ainda estava 0x0!

Na falta cobrada pelo alemão Neuville
Após encerrar carreira, firmou contrato por dez anos com a WTorre, que construiu o novo Allianz Park, para ser "embaixador" do Palmeiras. Lançou a Cerveja 12 (nunca escondeu ser cervejeiro), bonecos de estimação, dois livros, documentário e ainda abriu a Clínica São Marcos de fisioterapia, voltada para recuperação de atletas com dificuldades financeiras.

A Doze

O boneco
Teve estátua inaugurada na alameda de ídolos na sede social do clube, junto a lendas como Oberdan Cattani, Junqueira (você já leu aqui), Waldemar Fiúme e Ademir da Guia, personagens ilustres que ajudaram a construir a história do futebol brasileiro.

O filme

Um dos livros

O busto
Curte a vida, participando de comerciais, programas de TV e aparições em redes sociais, comentando jogos e lances polêmicos! Tudo com a objetividade e a espontaneidade que marcaram sua vida dentro e fora do campo! Sem papas na língua!

Marcos encerra a Série "Os Doze de Uma Só"! Jogadores que honraram uma única camisa em toda a carreira! Em breve, um texto que servirá como epílogo para algumas explicações e como jogaria este time, se pudéssemos juntar todos numa mesma época! 



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