quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

ELIMINATÓRIAS DA COPA - OCEANIA: CORRA QUE A ÁGUA VEM AÍ

Já há mais de uma década que as nações insulares do Pacífico vêm sofrendo com as malfadadas alterações climáticas da Terra. São ciclones tropicais, enxurradas, tsunamis que, aos poucos, ameaçam seriamente a área em terra firme, com a consequente elevação do nível dos oceanos. Países como Tuvalu, Tonga, Ilhas Salomão e Samoa Ocidental, por exemplo, correm risco real de desaparecerem em cinquenta anos. Quando a ONU decidirá fazer uma COP na região? Quando ONU? Quando?

Imagine planejar um futuro nestas condições para as próximas gerações que passa por educação, saúde, alimentação, moradia, mobilidade e.. onde jogar futebol????

Ministro de Tuvalu...No máximo... Polo Aquático!
Assim, o futebol na Oceania tem aquele "que" de diferente! Com a saída da Austrália da OFC (Oceania Football Confederation), em 2006, a Nova Zelândia ocupa um protagonismo solitário, em escala técnica e profissional muito superior a de seus 10 colegas-membros.

Começou sua História nas Copas do Mundo em 1982, Espanha. Após perder para Escócia e URSS, havia um último compromisso: o Brasil, de Telê Santana! O Estádio Benito Villamarin, do Bétis, em Sevilha, viu os semiamadores neozelandeses participarem de um magistral "treino" oficial com 2 gols de Zico (em lindas jogadas com Leandro), Falcão e Serginho. Vinte e oito anos depois, na África do Sul, a evolução técnica e física foi notória. Foram 3 empates contra Eslováquia, Paraguai e Itália, contribuindo diretamente para a eliminação da Azzurra.

Com a confirmação de uma vaga fixa para o continente a partir de 2026, é natural pensar que os All Whites têm tudo para se tornarem figurinhas carimbadas em todas as Copas, a partir de agora. Na América do Norte, terá uma possível despedida de seu maior jogador em todos os tempos: Chris Wood! Jogando praticamente toda a vida na Inglaterra, hoje aos 34 anos, o atacante e capitão, nascido em Auckland,  já fez mais de 200 gols na carreira e continua brilhando no Nottingham Forest.

All Whites... For ever!

Wood, o Cara!
Vale a pena comentar a seleção que irá disputar a repescagem mundial, após perder a Final das Eliminatórias, obviamente, para a Nova Zelândia.

Mais do que a ida à repescagem mundial, a Nova Caledônia tem muito mais a comemorar. Em julho deste ano de 2025, um novo acordo histórico foi firmado com a antiga metrópole, a França, criando o Estado da Nova Caledônia, com ampla autonomia, nova bandeira, mantendo opção de cidadania e respeito à constituição francesa e, espera-se, um definitivo fim às animosidades seculares registradas entre ambos. Trata-se de um arquipélago situado a uns 1500 quilômetros a leste da Austrália. Sua população de 280 mil habitantes é apaixonada por futebol e possui campeonatos nacionais desde 1950, com média de 10 times participantes.

Agora sem menção à metropole!


Os neocaledônios ainda são semiamadores mas tentarão a proeza de vencer a Jamaica e depois a RD Congo, em março 26, nos EUA, para fazer história no futebol do continente (?). Conta com a experiência do ídolo maior Bertrand Kaï, capitão e atacante de 42 anos, autor de 23 gols em 41 jogos pela sua seleção! Um mito polinésio!
 Kaï, o mito!
Já dá pra acompanhar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2026, amanhã, certo? 

Sim, sim, após montagem dos grupos, Pai "Osmar de Copa" dará seus pitacos...

3 comentários:

  1. Fala Osmar. Texto caprichado como sempre. Excelente! Mas, vem cá: a Austrália saiu da OFC e foi para onde? África, Ásia, Antártica? rsrs

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  2. Na Ásia, desde 2006! Leia texto anterior, Sr(a) Anônimo(a), rsrsrs! Valeu!

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