terça-feira, 3 de agosto de 2010

O Rei aqui é Pelé na Terra do Futebol...


Não os vi jogando. Apenas alguns trechos de filmes. Meu pai viu. Ele estava no Maracanã quando Pelé fez o gol que originou a expressão "Gol de Placa". A linha do Santos contra o Fluminense naquela tarde de 5 de março de 1961 era exatamente essa aí da foto de cima: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Com este ataque, mais Zito e Calvet no meio-campo, Gilmar no gol, Ramos Delgado, Mauro e Dalmo na zaga, o Santos conquistou o mundo. Não apenas o bicampeonato mundial, bi da Libertadores, Tetra Brasileiro, não sei quantos Paulistas mas ganhou o mundo mesmo, no melhor conceito que se possa conferir. O Santos rodava a Europa, pelo menos, 2 vezes ao ano na década de 60 e massacrava Benfica, Sporting, Porto, Real Madrid, Barcelona, Juventus, Milan, Fiorentina, Inter, Manchester, Liverpool, além de treinos por Suíça, Bélgica, Holanda, Áustria, Suécia, Alemanha. Parou guerras na África, adiava festas e campeonatos no México, na América Central. Estádios lotados. Futebol com alegria. Este time-base foi o mesmo durante 6 ou 7 anos consecutivos. Sem tripudiar ou desrespeitar adversários, atendendo a todos, sua própria torcida e a dos outros. O Santos era embaixador do futebol brasileiro. Não jogava grandes partidas e finais de campeonato na Vila Belmiro ou no Pacaembu. Somente o Maracanã era um palco digno de recebê-lo, seja pelo talento no gramado, seja pela oportunidade de haver mais pessoas a admirá-lo, sem TV ao vivo. E vibrar. Muito.
Aí, 40 e poucos anos mais tarde, aparecem Felipe (o goleiro da ração do cachorro), Madson, Zé Eduardo e Zezinho. (Voltem ao parágrafo anterior; leiam novamente os nomes lá citados e comparem.) Na internet com webcam, uma discussão tola, fútil e absurda com torcedores à meia-noite de um domingo e que alcança índices de audiência incompreensíveis na mídia.
É óbvio que os dirigentes dos "grandes" clubes brasileiros não educam suas divisões de base e nem lhes fornecem dados sobre sua história, suas conquistas, seus ídolos e, sobretudo, o que tudo isso representou na formação sócio-cultural do bairro, da cidade, do estado, em torno do futebol.
Pobres ricos jovens boleiros, hoje somente formados para ganhar dinheiro a si próprios e para empresários, dirigentes de clubes e imprensa. Tudo bem. Quando a carreira encerrar, se elegem deputados estaduais e federais e aí, bem vc sabe... Não é nada , não é nada... não é nada! (Obrigado Ancelmo!). Apenas continuam a ganhar bem...


Um comentário:

  1. Vc falou tudo, falta um mínimo de conhecimento de história para essa molecada sem noção. Pelo menos vejo que o jogador da seleção do grupo (Robinho) tomou a atitude que devia e repreendeu a atitude dos outros sem corporativismo. E lembrando também que além de tudo que aquele time do Santos de Pelé e cia conquistou, ganhou uma final contra o Boca em pleno Bombonera lotado, gol de Pelé. Quero ver esse time aí de cima fazer o mesmo....

    ResponderExcluir