quinta-feira, 28 de novembro de 2013

DO FURACÃO AO FURACÃO, UM INESPERADO CAMPEÃO


Com já postei aqui, em entrevista concedida no programa "A Última Palavra", do RMP , na Fox Sports, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Khalil, deixou muito claro que jogador derruba técnico, como ocorreu com Luxemburgo no próprio Galo em 2010.

O que mudou, então, no Flamengo desde aquele jogo contra o mesmo Atlético-PR de ontem, quando Mano Menezes, de maneira patética, pediu demissão do cargo, após sofrer uma vergonhosa virada em pleno Maracanã? Será que os jogadores realmente não entendiam o que ex-comandante da seleção brasileira "ensinava" sobre futebol, como se justificou em sua coletiva de despedida, ainda no estádio? Será, então, que o substituto Jayme de Almeida é que entende tudo do jogo, a ponto de jogadores limitados, e alguns muito fracos, passarem a se aplicar e jogarem superando tudo isso, com o maciço apoio de sua torcida?

A segunda hipótese está mais próxima da verdade embora Jayme não tenha o menor perfil de técnico de time grande no Brasil. Foi um bom zagueiro e correto auxiliar técnico da equipe principal nos últimos anos, ou seja, um bom funcionário! Daqueles que possuem foto na parede como colaborador do mês! E aliado a sua fala mansa (ainda que não se expresse bem) e boa educação, alguns fatores, do tipo "tudo vai dando certo", contribuíram para o inesperado, mas indiscutível título da Copa do Brasil.

Nas fases iniciais, o Flamengo dependeu dos gols provenientes de bola parada e de longa distância do veterano Renato Abreu (sobretudo contra o Campinense). Depois da classificação, dispensaram o cara, sem nenhuma justificativa racional. Seu salário não era dos mais elevados, como o do Vagner Love, dispensado antes mesmo da temporada começar.

Depois de escapar de tomar uma goleada do Cruzeiro no jogo de ida nas oitavas em BH, o Flamengo, perdendo por 2x0, acabou achando um gol no fim, marcado pela sua mais impressionante e improdutiva contratação dos últimos tempos: o "quase" nulo Carlos Eduardo. Quase pois a bola sobrou na área e o "homem do Pelaipe" empurrou pra dentro. Este gol - o único até aqui com a camisa do Flamengo - fez que com que, para o jogo da volta, uma vitória simples de 1x0 bastasse. E o grande time do Cruzeiro, que seria campeão brasileiro com muita facilidade, se acovardou durante todo o jogo e foi merecidamente punido com aquele gol do Elias no fim.

Nas quartas, o Botafogo de Seedorf vinha sendo um dos times mais "certinhos" do Brasil, sempre brigando pelas primeiras posições no Brasileiro e, desta forma, favorito para ganhar. Após um primeiro jogo equilibrado de 1x1, no segundo, Hernane "errou" dois chutes, vencendo o sempre regular Jeferson. A inesperada mas justa goleada de 4x0 catapultou o time às semifinais contra o bom time do Goiás.

Walter, o Gordo. Ainda nas quartas, contra o Vasco no Maracanã, sentiu lesão muscular. Dúvida para o primeiro jogo. E desabou na fanfarronice. Falou demais. Depois se desculpou. Era tarde. E foi desfalque nos dois jogos. No Serra Dourada, Chicão bateu bem a falta mas o goleiro Renan prendeu o pé no chão e deixou entrar um bola defensável. E no Maracanã, novo 2x1, agora de virada, e presença na final garantida.

Para as finais, a polêmica do preço dos ingressos. A diretoria do Flamengo e de qualquer outro clube tem total liberdade para definir os valores que quiser. Futebol é entretenimento. Paga quem quer. Ou quem puder. Lamentável colocar em patamares altíssimos. Lamentável uma deputada entrar com ação em Procon e Ministério Público, obrigando a reduzir os preços, só para angariar votos nas próximas eleições como "a candidata que estava ao lado dos flamenguistas mais pobres"!. E mais lamentável ainda, o Presidente Eduardo "Dando" Bandeira, ao comemorar vitória jurídica em não ter que baixar os preços, afirmando que os "verdadeiros rubro-negros estarão no Maracanã"! Muito lamentável!

Em Curitiba, o pitbull, o "troglodita", o "brucutu" Amaral acerta um improvável e espetacular chute para empatar o jogo e levar vantagem para o Maracanã. Foi apenas seu segundo gol em toda a carreira.

Em resumo, a partir das oitavas, o Flamengo enfrentou equipes superiores e os eliminou sem contestação. A apoteose da justa conquista no Maracanã e consequente classificação para a Libertadores do ano que vem confirmou a vitória da superação, ajudada, também, pelo "Sobrenatural de Almeida", que o tricolor Nelson Rodrigues não deve ter se chateado ao emprestá-lo para o time de seu irmão Mário Filho!

Parabéns Flamengo! Um bom exemplo de trabalho em equipe!
Será que o Mano aprendeu?

4 comentários:

  1. na verdade, o Sobrenatural de Almeida sempre é ligado a resultados adversos. O personagem que dava "sorte" ao Flu era o Gravatinha!

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  2. Tudo bem, vai! O "Sobrenatural" sempre foi mais famoso!!!! Eh!Eh! Abraço!

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  3. Na verdade, é Jayme Sobrenatural de Almeida!!! BORA MENGÃO!!!! Bj Fabinho

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  4. Beleza! O profeta tricolor permite o uso do Sobrenatural!!!

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