quarta-feira, 17 de julho de 2019

A COPA AMÉRICA PARA OS AMERICANOS - Como Fazer

Não é difícil. Nem complicado. Apenas trabalhoso.

Claro que o exercício abaixo depende de muita coisa mas procurei me apegar somente aos critérios técnicos e de viabilidade de execução. Vou dar um exemplo. Não faço a mínima ideia de como seja o futebol em St. Kittis and Nevis, seu estádio e times. Devem ser amadores do tipo, o delegado de policia é o goleiro, o salva-vidas da praia é o zagueiro central, o guia de turismo, "cérebro" do meio de campo e o fiscal da alfândega, o centroavante da seleção! Todavia, esta bela ilha paradisíaca de 55 mil habitantes é afiliada à Concacaf!

A Conmebol possui 10 afiliados. A Concacaf, 41.

Aliás, acabo de criar a CONPANAMBOL, Confederação Pan Americana de Futebol! (Aceito sugestões de batismo! Hehehe!)

Em primeiro lugar, é necessário listar as 20 melhores seleções ranqueadas na FIFA, posição de junho de 2019, antes, portanto, do novo cálculo, após disputa da Copa América e Copa Ouro:


Agora, listemos as 31 demais seleções da Concacaf. Prepare-se, você não vai acreditar que exista futebol em alguns destes países! Mas vale lembrar que a FIFA tem mais afiliados que a ONU!


Repare que no titulo na tabela, está escrito Qualifying. E ainda que, apesar da Geografia apontar que Guiana, Guiana Francesa e Suriname estejam na área da Conmebol, estão afiliadas à Concacaf! Para amenizar, ou não, registro que Martinica, Cuba, Curaçao, Bermudas e Guiana estiveram na última Copa Ouro, pela primeira vez disputada com 16 seleções. Até então, eram 12.

Então para uma Copa América disputada por 24 seleções, por exemplo, deveria haver Qualifying entre os países desta segunda tabela, como há na Europa para a disputa da Euro. E os potes para sorteio dos grupos seriam estes (sem considerar, claro, anfitrião, cuja vaga estará sempre assegurada.):


Da mesma forma, uma Copa América com 16 seleções (minha opção preferida) deveria incluir 8 delas na disputa do Qualifying, que estavam garantidas na disputa com 24, ou seja, tal etapa passaria a ser disputada por 39 seleções e não mais com 31, mas garantindo balizamento de espera (by) para estes melhores ranqueados:


Indo mais além, o mesmo raciocínio valeria para uma disputa pelas vagas da Copa do Mundo. E o paralelo com o modelo europeu é automático. No Velho Continente, as seleções estão divididas em grupos com 6 ou 5, conforme sorteio. Aqui, seriam necessariamente 6, utilizando as mesmas datas.


Ainda não está certo de que a FIFA vai oficializar o aumento dos finalistas após Catar 2022, de 32 para 40, mas a princípio, seriam 2 classificados por grupo e os dois melhores terceiros para a repescagem, seja interna ou em disputa com outras seleções de outros continentes, como tem sido com Ásia e Oceania.

E você? O que achou? Monroe ficaria satisfeito?

OBS, após 1a. publicação: O amigo leitor Crisitiano Borba fez comentário pertinente, registrado abaixo. Mudança do primeiro parágrafo! Obrigado, Cristiano!

2 comentários:

  1. Só um detalhe amigo, dê uma pesquisada sobre a Seleção de Curação e vc descobrirá que não são amadores, que o delegado de policia não é o goleiro, que o salva-vidas da praia não é o zagueiro central, que o guia de turismo não é o cérebro do meio de campo e o fiscal da alfândega não é o centroavante da seleção.
    Como é uma ilha holandesa, vários jogadores com dupla nacionalidade estão jogando pela Seleção, entre eles alguns de grande destaque por lá.
    11 dos 23 convocados para a última Copa Ouro atuam na Holanda, alguns deles jogaram pela Seleção Holandesa na base e agora optaram por defender Curação.
    E ainda conta com jogador de clubes da Alemanha, Inglaterra, Portugal e Bélgica, é uma seleção que tem a tendência de só crescer.
    Destaques para Leandro Bacuna meia do Cardiff, Cuco Martina lateral do Feynoord e Eloy Room goleiro do PSV.

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  2. Obrigado Cristiano! Observações importantíssimas! Trocarei pro St Kittis and Neves!!!! Abraço!

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