terça-feira, 16 de julho de 2019

A COPA AMÉRICA PARA OS AMERICANOS - Prólogo


A Copa América, da Conmebol, deste ano se encerrou na semana passada e, a exemplo de 2015, quando houve outra edição no ano seguinte nos EUA para celebrar os 100 anos da competição, haverá outra em 2020. Novo formato, mais jogos, 2 sedes e, novamente, mais 2 "convidados". Objetivo divulgado é que a disputa seja no mesmo ano em que a Euro é jogada, com a cessão de jogadores em uma mesma época. A maioria dos selecionáveis sulamericanos atua na Europa.

(Quer saber mais sobre Copa América? Clique aqui: A VOVÓ DAS COPAS )

Enquanto isso, a Copa Ouro, da Concacaf, também foi disputada nos EUA (com alguns jogos na Costa Rica e Jamaica), no mesmo período da Copa América. Eita concorrência!

A Copa América Centenário de 2016, citada logo acima, contou com a participação de 16 seleções, em 4 grupos de 4, com as 10 da Conmebol e 6 da Concacaf, 4 delas escolhidas pelo ranking FIFA e mais 2 vindas de qualifying. Foi sucesso absoluto de público em 10 estádios pelos EUA: média de 46,4 mil por partida. Êxito de renda e retorno comercial. Coisas que os yankees são experts!

Assim, Conmebol e Concacaf iniciaram negociações para unificar a Copa América. Foram dois anos de reuniões. Não se entenderam. Conmebol considerou entrada dos EUA como "ameaça" a sua soberania. Na verdade, acordos comerciais não foram vantajosos. O fato é que a Copa Ouro deste ano teve média de publico superior a da Copa América: 33,6 mil sobre 30,1 mil. Haiti e Canadá, pela Quartas-de-final da Copa Ouro, teve 70 mil pessoas no estádio em Houston. Believe it or not! E a Copa América somente atingiu seu patamar devido aos jogos do Brasil, anfitrião, e alguns da Argentina de Messi. Ingressos caríssimos proporcionaram rendas absurdas e maioria dos estádios vazios.

Como já citado, para o ano que vem, Argentina e Colômbia serão sedes da Copa América que, a partir de então, será disputada a cada 4 anos. Será um grupo Sul na Argentina, com Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia. O grupo Norte, na Colômbia, com Brasil, Peru, Equador e Venezuela. A cada grupo, será adicionado Catar ou Austrália, os convidados da vez. 4 de cada grupo se classificam para as Quartas. Semifinais e Final serão na Colômbia. O surreal é que se, por exemplo, a Colômbia se classificar em terceiro ou quarto no seu grupo, terá que jogar as Quartas na Argentina. Ganhando, volta à casa para seguir nas Semifinais, após alguns milhares de quilômetros percorridos. Impressionante! Faltará verificar, então, como será a política de preços da Conmebol!

A unificação da Copa América entre Conmebol e Concacaf é uma boa ideia. O nível técnico melhora com a entrada do México, EUA e Costa Rica, trio que frequenta a Copa do Mundo com frequência e performance razoável. Como já comprovado, a entrada dos EUA (e do México) atrai patrocínios e novos acordos comerciais com consequente aumento da audiência nos estádios e pela TV. A mobilidade de mexicanos e estadounidenses incrementa o turismo do país-sede. E ainda poder-se-ia considerar um grande e desenvolvido possível anfitrião: o Canadá!

Enfim, a próxima publicação tratará de colocar em prática como seria tal unificação. Mais que isso, englobará, ainda, como seria uma disputa de Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA.

Seria como se o futebol das Américas estivesse inserido no contexto da política externa de James Monroe, quinto presidente dos EUA: a Doutrina Monroe!

Mesmo que 200 anos depois!

OBS: Após quase 4 anos, você percebeu... Hehehehe... O Futblog dos Amigos está de volta!

4 comentários:

  1. Voltou em grande estilo! Vida longa ao Futblog!! Gil Fraga

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  2. Beleza amigo! Vamos em frente! Grande abraço!

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  3. Meu comentarista esportivo favorito! Um dia, vou contratar! Abusou até da mesóclise em "poder-se-ia"! Nem Jânio, nem Temer. Esse é Osmar Lage!

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  4. O uso da mesóclise é uma arte! hehehe! Me contrata!

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