sexta-feira, 25 de abril de 2025

Os Doze de Uma Só: 10 - PIAZZA

Nome: Wilson da Silva Piazza
Apelido ou Mais Conhecido como: PIAZZA
Nascimento: 25/02/1943 - Ribeirão das Neves MG
VIVO
Uma Só Camisa: CRUZEIRO MG
Período: 1963 a 1977 - 14 anos
Posição: Volante e Quarto-Zagueiro (destro)
Jogos: 566
Gols: 40
Seleção Brasileira: 67 jogos - 1967 a 1975 - 2 Copas do Mundo (1970 e 74)

O maior e mais longevo capitão da história do Cruzeiro!

Aquele que levantou as taças mais importantes do clube até então, fazendo com que, definitivamente, Minas Gerais entrasse no mapa do futebol brasileiro!

1966! Quem diria que aqueles jovens de Belo Horizonte goleariam o Santos de Pelé por 6x2 na Final da Taça Brasil, depois de eliminar Grêmio e Fluminense? Quem praticamente anularia o maior jogador de todos os tempos (venceu o segundo jogo por 3x2)?

Líder desde sempre!
Piazza!

Aqui a formação do histórico time de 1966: Pedro Paulo, William, Neco, Procópio, Piazza e Raul. Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira!

O capitão entre Hilton e Tostão!
Líder nato, altamente técnico, preciso nos desarmes, estava em todas as partes do campo, rápido no toque, habilidoso para chegar na frente e fazer gols! Fez 40, muito para um volante qualquer, não para Piazza que começou a jogar em peladas de várzea em sua cidade natal, acompanhando seu pai, também jogador amador. Mudando para Belo Horizonte com 11 anos, estudou e após se formar, ingressou no amador Renascença aos 18, ao mesmo tempo em que trabalhava como bancário. Olheiros do Cruzeiro o descobriram e se profissionalizou no time azul aos 20 anos, com o lendário técnico Mário Celso de Abreu, o Marão, que também lançou outras duas promessas na mesma época: Tostão e Dirceu Lopes!

Iniciava-se uma longa e vitoriosa história de conquistas de 10 Mineiros, Taça Brasil (66), Taça Minas Gerais (73) e Taça Libertadores da América (76), a primeira de um time brasileiro após o Santos de Pelé e Cia. Levantou outras tantas taças de torneios nacionais e internacionais.

Pela primeira vez convocado para a seleção brasileira em 1967, escreveu seu nome na história de nosso futebol, titular no tricampeonato mundial de 1970, não como volante mas zagueiro, deslocado para a posição por Zagallo por conta das lesões dos então considerados titulares Baldochi e Fontana. Piazza deu um show ao lado de Brito, como parte integrante da maior seleção de futebol de todos os tempos. Venceria ainda a Taça Independência, a Mini-Copa no Brasil, em 1972. Em 1973, durante a famosa excursão à Europa, foi supostamente e nunca comprovado, um dos redatores da polêmica carta do "Manifesto de Glasgow", em que os jogadores e comissão técnica da seleção rompiam com a imprensa brasileira em decorrência da saraivada de críticas que recebiam. Ainda foi à Copa de 74, capitão nos dois empates iniciais contra Iugoslávia e Escócia mas sucumbiu com o mau futebol geral! E encerrou com a seleção no ano seguinte, quando uma seleção mineira representou o Brasil na Copa América, sem sede fixa, quando perdemos a semifinal para o Peru, de Cubillas, na moedinha...

Titular na Maior de todas as Seleções

Capitão em 74
Antes de encerrar a carreira, ainda achou tempo de liderar o Cruzeiro para vencer a Libertadores em 1976, em final de três jogos contra o River Plate. O jogo-desempate em Santiago, foi dramático, violento e de muita confusão (como sempre). A vitória por 3x2 o credenciou para disputar o Intercontinental (Mundial?) contra o Bayern Munique de Beckenbauer e Gerd Müller, ainda em 2 jogos. Perdeu o primeiro, com campo coberto de neve na Alemanha e empatou no Mineirão! Um grande momento!

Libertadores 76: Darci, Piazza, Osires, Nelinho, Vanderlei e Raul. Eduardo Amorim, Zé Carlos, Palhinha, Jairzinho (ele mesmo) e Joãozinho!


Com o Kaiser, em Munique!

Joãozinho x Schwarzenbeck, na neve!
A exemplo de tantos outros jogadores mineiros, Piazza também ingressou na política mas o fez ainda atuando como jogador, em 1972. Vereador em Belo Horizonte por três mandatos consecutivos, foi nomeado secretário de esportes, quando comandou a reforma do Mineirão, entre 1983 e 88. Deixou a política e fundou a FAAP (Federação das Associações de Atletas Profissionais), para ajudar e dar suporte aos jogadores aposentados! Exerce esse cargo até hoje!
À frente da FAAP
Ilustre e Eterno 
Wilson Piazza é símbolo de idolatria e amor recíproco a um único clube! Uma das grandes glórias de nosso futebol! Vida longa (e eterna) a jogadores assim!

Penúltimo episódio chegando! Sempre pela praia...

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