Anteontem, 8 de fevereiro, é uma data bem marcante para o futebol brasileiro!
Dois eventos importantes!
1975.
Roberto Rivellino estreava pelo Fluminense
em amistoso contra seu ex-time, o Corinthians, no Maracanã. O jogo valia muito
para o presidente tricolor recém empossado, Francisco Horta. Ele precisava
pagar pela maior contratação da História do futebol brasileiro até então! O mandatário
corintiano, o folclórico Vicente Matheus, confiou que Horta colocaria fundos no
cheque que havia recebido dias antes.
Eu diria que Horta inventou o
cheque pré-datado, muito utilizado uns dez ou quinze anos depois, quando o Brasil entrou
no ciclo vicioso da inflação! Um visionário!
Era tarde de um sábado de carnaval.
Como levar o torcedor tricolor ao Maracanã? Horta apelou para um ilustre:
Mestre Cartola! Angenor de Oliveira (seu nome de batismo) não titubeou! Aceitou
o desafio e colocou a bateria da Mangueira na arquibancada. Mais de 40 mil tricolores
compareceram à convocação! O cheque, então, finalmente tinha fundos!
Rivellino, o maior ídolo da história
do clube paulista, foi injustamente considerado culpado por imprensa e
torcedores do seu próprio time pela perda do título paulista do ano anterior,
fazendo com que o Corinthians aumentasse para 20 anos seu jejum de conquistas!
Rivellino foi destaque na Copa de 74, jogou muito, além de artilheiro da seleção
com 3 gols. A pergunta é: Como ele, Zé Maria e outros jogadores medianos
poderiam ganhar do Palmeiras de Ademir da Guia, Dudu, Luis Pereira, Alfredo Mostarda,
Leivinha, Edu Bala, Nei...? Não havia mais clima para ele no Parque São Jorge!
Ainda bem... rsrs!
Eu estava lá. Tinha 7 anos! Acompanhei
a Copa de 74. Fiquei maravilhado com o futebol de Rivellino. Meu primo mais
velho, botafoguense, fazia pressão para me levar! Mas nesse sábado de carnaval,
meu pai, tricolor, me reservou a surpresa. Quando vi o Riva com a 10 tricolor,
fazendo 3 na goleada por 4x1, não tive mais dúvida! Era o início da Máquina
Tricolor!
2019.
Não me alongarei muito por aqui. Sinto náuseas!
Nem entrarei no fato de que
somente na semana passada, a última das dez famílias dos meninos acertou sua
indenização com o clube, seis anos depois. Se os valores estão altos, baixos, justos,
injustos, não me cabe opinar. Não perdi um filho de 15 anos em tragédia como
essa. Não tenho ideia de como seja levar a vida após isso.
O que me interessa, e creio que
para qualquer cidadão de bom senso, é que até hoje, em um homicídio culposo
(aquele em que não há dolo mas ainda um homicídio), não houve alguém indiciado,
julgado e condenado. Por quê?
E não há previsão para tal!
Uma vergonha ultrajante e asquerosa.
Sou tua fã
ResponderExcluirOba!!!!! rsrsrs! bjs
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