quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Copa e a Espanha. Esperança para o Futebol!

Claro que o título da Espanha foi merecido. Mais importante que o Polvo Paul é analisar a trajetória da equipe desde 2006. Classificou-se com folga para a Euro 2008, na Áustria/Suíça, ganhou a competição pela 2a. vez em sua história (a 1a. em 1964, sob o jugo de Franco), derrotando a Alemanha na Final por 1 x 0, gol de Fernando Torres, ganhou todas as partidas das Eliminatórias da Europa e chegou à África do Sul com status de favorita, uma vez mais. Em 4 anos, perdeu apenas 2 vezes (para a Rússia, na Euro, e para os EUA, na Copa das Confederações, no ano passado).
Quebrou tabus na África. Chegou às semifinais pela 1a. vez desde 1950, foi campeã perdendo o 1o. jogo (conseguiu perder para a Suíça), fato inédito na história das Copas. Dentre todos os campeões do mundo, foi a equipe que menos gols fez (apenas 8 em 7 jogos) em 6 vitórias consecutivas mas sofreu somente 2, como a França em 98 e a Itália em 2006. Contudo, enganam-se os que acham que jogou futebol defensivo durante a Copa. Não mesmo. O grande goleador Torres jogou 4 partidas no sacrifício, por lesão que o tirou de quase toda a temporada inglesa, no Liverpool. David Villa jogou pelos dois. Fez 5 gols, é muito habilidoso e bom chutador mas não tem a presença de área de Torres. É impressionante a capacidade da Espanha em reter a bola, trocar passes certos, com objetividade, no campo ofensivo, de um lado para o outro, com precisão e paciência. Estivesse Torres em boa forma, Xavi, Iniesta, Alonso, Busquets, Ramos e Capdevilla teriam mais opções. Como o Barcelona (base da equipe) tem com Messi e Ibrahimovic. Até o grosso do Puyol jogou bem. Casillas salvou na final os 2 gols nos pés do Robben (e na boca da Sara!). Piquet é excelente zagueiro. Com David Silva, Navas, Fábregas, Pedro Rodriguez e Reina (a sombra de Casillas), a Espanha chegará forte na Euro 2012 (Polônia/Ucrânia), com boa renovação de talentos. Apenas Xavi, Alonso e Capdevilla têm 30 anos. Villa tem 29. Ver a Espanha jogar nos dá esperança de que um dia talvez vejamos o futebol mundial voltar a valorizar o talento, a habilidade, o drible, os fundamentos do jogo bem aprimorados (passe, lançamento, chute, cruzamento), ou seja, o básico. Menos tática, marcação, força, preparo físico, suor e disputa de pênalties. 2014 será aqui. Vamos ganhar deste time?

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