De grande tradição e história em Minas Gerais. Poucas conquistas nacionais; para ser mais preciso, somente duas:
1 - II Torneio Nacional de Clubes, em 1937, quando venceu Portuguesa-SP, Fluminense e Rio Branco-ES, campeões da Região Sudeste no ano anterior, com destaque para o goleiro Kafunga, o zagueiro Zezé Procópio e o atacante Paulista, artilheiro do torneio.
2 - O Campeonato Brasileiro de 1971, com jogadores mais conhecidos como o goleiro Renato, o zagueiro Vantuir, o volante Vanderlei, o meia esquerda Lola e os atacantes Dario e Romeu. Não era superior ao Botafogo de Jairzinho, Paulo César e Marinho Chagas ou ao São Paulo de Gérson, Toninho Guerreiro e Roberto Dias, seus adversários no triangular final, mas tinha excelente conjunto e Mestre Telê Santana no banco.
Na América do Sul, venceu 2 Copas Conmebol (92 e 97), já extintas, jogadas de 1992 a 99. Era uma espécie de Copa Sulamericana atual, onde até o CSA de Alagoas, foi vice em 99. E ainda há a edição de 95, quando o Atlético chegou a final contra o Rosario Central, da Argentina. Na ida, o Galo, com Taffarel no gol, fez 4x0 no Mineirão. Mão na Taça. Em Rosário, poderia, portanto, perder por até 3x0. Perdeu por...4x0. Disputa de pênalties. Vitória argentina. Papelão!
Alguns vice-campeonatos brasileiros foram marcantes na sua história. Em 1977, perdeu Reinaldo, por suspensão, na final contra o São Paulo, um time apenas razoável e muito inferior ao Galo. Após 120 minutos de 0x0, parou na catimba de Valdir Peres nos pênaltis. Em 1980, tinha um time tão excepcional quanto o Flamengo. Após a vitória de 1x0 no Mineirão, ficou com um a menos no Maracanã e Reinaldo, sem os dois joelhos, ainda marcou 2 vezes. Perdeu por 3x2 e o título, pela força do regulamento que dava a vantagem do empate ao Flamengo. Mais dois vices em 99, para o Corinthians e no ano passado, para o Fluminense.
Em 81, na Libertadores, foi preciso jogo-desempate contra o Flamengo, para decidir a classificação à fase semifinal, em campo neutro, Serra Dourada, Goiânia. Em um dos mais violentos jogos da história do futebol brasileiro, o zagueiro rubro-negro Figueiredo levantou Reinaldo nas alturas, no início do jogo. O polêmico José Roberto Wright nada fez, apenas marcando a falta. Logo em seguida, Reinaldo fez uma falta normal, não violenta em Zico, no campo de defesa do Flamengo. Inexplicavelmente, Wright o expulsou. A revolta tomou conta do Galo. E acabaram perdendo a razão quando forçaram novas expulsões (Cerezzo, Éder, Chicão...) e jogo teve que terminar antes do 1o. tempo, por falta de jogadores, quando ainda estava 0x0. A Conmebol deu a vitória ao Flamengo no Tapetão, em uma decisão contestada. O Flamengo acabou campeão.
Voltando, então, à primeira frase deste post, o Atlético é um fenômeno interessante no futebol brasileiro pois mesmo com poucos títulos de expressão, bem menos que o rival Cruzeiro, além de um rebaixamento em 2005, sua torcida é muito grande, não diminui e continua muito fanática. E não é difícil estimar que pelo menos metade dela, nunca viu o time ganhar nada. Campeonato mineiro não conta. É campeonato de um só jogo.
Portanto, os 41 anos de fila são um peso que atormenta todo mundo. No ano passado, 10a. rodada do Brasileirão, o Galo era líder com 8 vitórias. A torcida levava faixas de campeão ao estádio e ainda faltavam 28, sim, 28 jogos até o final!!! Galoucura!
O pé do goleiro Victor salvou o Atlético de eliminação injusta na Libertadores, pelo conjunto da obra até aqui. Mas não existe justiça em futebol. O que existe é bola na rede. E, ontem, o Tijuana jogou melhor e merecia ter vencido. Fiquei transtornado com algumas imagens de torcedores que choravam copiosamente de tristeza antes do pênalti ser cobrado. Fiquei realmente com pena! O torcedor atleticano tem que abandonar essas infantilidades de máscara do Pânico e "caiu no Horto, tá morto". Compareça ao estádio, cante, grite, xingue e apoie o time. Aliás, o Independência ficou bonito com a reforma mas o estádio que combina com Atlético é o Mineirão. Maior, confortável, tradicional e onde os maiores jogadores que o clube teve atuaram: Reinaldo, João Leite, Éder, Cerezzo, Luisinho, Waguinho, Dario, Lola, Vanderlei, Buglê, Romeu. É hora de se agigantar. Não o contrário.
Tomara, ainda, que o presidente Khalil reflita sobre suas palavras, mesmo que na emoção do fim do jogo, quando afirmou que "as porcarias (brasileiras) foram eliminadas". Antes de torcedor, é presidente e precisa agir como tal. Se não fosse o pezinho do goleiro, o grupo das porcarias estaria reforçado com um bicho que faz cocoricó!
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| O pé que, por enquanto, salvou o Galo! |
Em julho, voltaremos com a Libertadores!!!!
Osmar, Seu texto vai muito bem até... falar do Flamengo, sempre o Flamengo... Só vocês sabem como este "calo" apertou muito e ainda aperta, com menos intensidade nos dias atuais, mas certamente, deixando muita sequelas nos torcedores rivais! Vá até ao You Tube e reveja o lance do Reinaldo. O Figueiredo faz falta sim. Dá uma ombrada no craque atleticano da época e este último se joga, dando um salto enorme no melhor estilo Neymar! Como a rivalidade estava muito viva, os nervos se afloram para o lado atleticano exigindo do árbitro, o mesmo da final entre Fluminense e Bangu em 1985, uma punição mais severa. Antes deste lance, diga-se de passagem, o Zico já havia sofrido duas faltas! Por fim, no lance da expulsão do Reinaldo, reveja o pontapé, digno de 2 cartões vermelhos. Esta infração ocorreu no campo de defesa do Flamengo, espelhando assim, o verdadeiro objetivo atleticano. Perceba, que o próprio Reinaldo, diante de tamanha violência e acertando o joelho do rubro-negro, nem reclamou da expulsão!
ResponderExcluirNo mais, o seu texto está perfeito! Aguardo os próximos!
Eh!Eh! Esse é objetivo do blog. Gerar discussão.
ResponderExcluirEm 85, o Wright errou em não marcar o pênalti do Vica no Cláudio Adão mas realmente estava muito longe do lance e mesmo que estivesse perto não marcaria, fosse com o Fluminense, Flamengo, Vasco ou Botafogo! Foi polêmico ainda,na decisão da Taça Guanabara de 86, vencida pelo Flamengo, quando aceitou colocar microfone por dentro do uniforme, pago pela Globo. E foi notória a intimidação que fez contra os jogadores do Vasco, em particular do Giovane. A falta do Figueiredo foi merecedora de cartão amarelo, no mínimo. Tal como a do Reinaldo. Os critérios não foram os mesmos! Mas é isso aí! Não perca os próximos posts! Vem aí a Copa das Confederações da Federação Internacional de Falcatruas Associadas (FIFA)! Beijo
Na Europa e na América do Sul, excetuando o Brasil, o lance do Reinaldo com o Figueiredo seria normal, jogada de corpo..., aliás com falta técnica contra o Atlético...
ResponderExcluirQuanto ao citado árbitro, todos sabem o seu time de coração( o mesmo do meu blogueiro predileto)... aliado ao recebimento de uma cobertura, como diz a boca miúda de Niterói, na praia de Copacabana!
Na citada final de 82, e não 86, não houve interferência da arbitragem... Quem já jogou ou joga futebol, sabe como o jogador de futebol se comporta dentro de campo...Você lembra do Gérson, Canhotinha de Outro??? Pois é... é por aí...
I love you e um beijo, Fábio
Muito bom! Precisamos gerar mais comentários!! Muitossss!
ResponderExcluirO blogueiro aqui é torcedor do Fluminense (assim como o Wright)! É fato. Escrevi isso no primeiro post. E em nenhum momento há essa tendência no blog!
O recebimento da cobertura na Av Atlântica deve ser boca miúda mesmo. O Wright sempre morou lá na esquina com Miguel Lemos. Só se ele alugou essa aí... A decisão da Taça GB foi em 82 mesmo mas o ano é irrelevante! A falta do Figueiredo não foi normal não! Wright errou em 81, em 82 e em 86! E foi excepcional na Copa de 90!
A Libertadores de 81 foi conquistada por um time formado por grandes jogadores no Flamengo. O regulamento da época e os sorteios ajudaram assim como o destino naquele emblemático jogo em Goiânia. Até mesmo porque, se este jogo terminasse empatado após uma suposta prorrogação, o Flamengo estaria classificado pois tinha melhor saldo de gols. Estava escrito. Mesmo assim, não se tira o mérito do título.
Escreva mais! Em todos os posts!!! Divulgue!!!! Eh!Eh!
O love é recíproco! Beijo
Verdade. Só não me venha com o argumento, de alguns desinformados tricolores cariocas e que não deve ser o se caso, de que vencemos a Libertadores de 1981 sem os times argentinos!!! Faça-me o favor, hein!!! Rosário Central, campeão em 1981, e o River Plate em 80, base de seleção argentina da época e do título mundial "arranjado" de 78. Jogadores como Fillol, Olguin,Tarantini, Ortiz, Houseman, Mário Kempes, Galego, ..., faziam parte daquele time e foram eliminados pela Deportivo Cáli da Colômbia, que, posteriormente, veio a ser adversário do Flamengo e, como todos sabem, foi triturado pelo campeão mundial.
ResponderExcluirSegundo o Thiago Neves, jogador do Fluminense e intelectual da bola, o Flu foi eliminado mas não tem problema que Libertadores tem todo ano!
Vamos em frente!
Beijo!
O regulamento a que me referi foi exatamente esse: Durante anos,os grupos da Libertadores eram sorteados entre países e não entre times. É claro que sei que os times argentinos e uruguaios jogaram em 81, como jogaram em todos os anos. Não sou desinformado,não! Em 81, Os 2 argentinos citados por você caíram com os 2 colombianos e os 2 uruguaios (Peñarol, que se classificou e Bella Vista) com os 2 venezuelanos. Era uma competição que tinha 2 jogos a menos para ser campeão do que atualmente e o sorteio do chaveamento para a fase semifinal poderia favorecer um ou outro time. O Flamengo não teve culpa se o Deportivo Cali venceu o River na fase de grupos ou se o Peñarol e o Nacional (que defendia o título de 80 e entrou direto na semifinal) perderam para o Cobreloa! Fique mais calmo, irmão. Senão vou te lembrar que em 82, quando o Flamengo já entrou na semifinal, enfrentou e venceu o River duas vezes mas perdeu 2 vezes para o Peñarol, uma delas,com o Maracanã lotado, com um gol de falta do brasileiro Jair, ex-Inter. Peñarol acabou campeão contra o mesmo Cobreloa! Viu como era esse negócio de sorteio? Fica calmo!!!!!!Eh!Eh! Beijo
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