terça-feira, 27 de agosto de 2013

SÃO PEDRO E A JULES RIMET

Simão Pedro, o pescador de homens, já tinha Castilho, Djalma Santos, Orlando, Didi, Dida, Joel, Garrincha e Vavá. Agora, acaba de "pescar" Gilmar e De Sordi. Já estavam eternizados em vida. Recebidos por esta turma, já dá para brincar numa pelada de Futebol de Salão (esse nome futsal é horrível). Pedrão apita!

Nilton De Sordi foi um lateral direito cuja maior virtude era a marcação forte. Jogava sério, sem brincadeiras e raramente ia ao ataque. Era difícil passar por ele. Jogou no São Paulo durante 13 anos, após ter sido revelado pelo XV Piracicaba. E foi titular durante todas as partidas em 1958, exceto na final. Com mal-estar e febre alta, deu vez a Djalma Santos. Jogou 22 partidas pela seleção brasileira. A seguir, fotos na Copa de 58, quando a seleção brasileira ainda estava bem diferente do que todos normalmente conhecem.
Estreia contra a Áustria, em Uddevalla (3x0 - Mazolla(2) e o célebre gol de Nilton Santos): De Sordi, Dino Sani, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gylmar. Joel, Didi, Mazolla, Dida e Zagallo.
2o.jogo contra a Inglaterra, em Gotemburgo (0x0): De Sordi, Dino Sani, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gylmar. Joel, Didi, Mazolla, Vavá e Zagallo.
A pressão para vencer a terceira partida contra a União Soviética era grande. A classificação para as quartas-de-final estava ameaçada. Então, Vicente Feola ousou. Zito no lugar de Dino Sani. Garrincha no de Joel. Deslocou Vavá como "center forward" e Pelé no lugar de Mazolla. Com um minuto de jogo, Garrincha entortou o primeiro soviético e mandou um "balaço" na trave. O grande Lev Yashin, o Aranha Negra, se assustou! Depois, Vavá "deu números finais à peleja": 2x0. Classificados. E o time não mudou mais, exceto pelo De Sordi!

Gylmar dos Santos Neves tem em seu currículo de vitórias algo que nenhum outro goleiro possui na História das Copas do Mundo e que não li em nenhuma matéria sobre sua carreira na mídia, noticiando seu falecimento: é o único goleiro duas vezes campeão mundial. A Itália em 1934 teve Combi e em 1938, Olivieri. Isso, você amigo leitor, só descobre aqui no Futblog dos Amigos (fiz o meu comercial)!!! Jogou 10 anos no Corinthians, 7 no Santos e 16 na Seleção Brasileira, onde atuou em 94 partidas! Outra curiosidade: em 58, jogou com a camisa 3. A CBD esqueceu de entregar a numeração dos jogadores à FIFA. Um funcionário qualquer da entidade decidiu, por si só, como seria a distribuição dos números. Por coincidência, Castilho ficou com a 1, Nilton Santos com a 12, Didi com a 6, Garrincha com a 11, Zagallo com a 7 e Pelé com a 10! Incrível não?!
Meu pai diz que Gylmar não era melhor que Castilho mas atuava melhor na seleção do que nos clubes! O contrário do goleiro do Fluminense, que havia sido titular em 54. Fenômeno assim também aconteceu com Emerson Leão. Não era tão excepcional no Palmeiras como na seleção! Segundo seus companheiros de clube, seleção e dirigentes, Gylmar era um gentleman, bem educado e querido por todos!

Após ter sido roubada, derretida e replicada, a Taça Jules Rimet, pela primeira vez conquistada por estes jogadores em 1958, na verdade, está lá no céu, sendo levantada por cada um que lá chega! Simão Pedro deve usá-la como isca...

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