quarta-feira, 18 de setembro de 2013

IÚ TÁ DE BRINQUEICHON UITI MI, CARA?


Sei que outros técnicos brasileiros fizeram diversas propagandas através de nossos tempos modernos. A mais marcante de que me recordo foi essa aí de cima do homem que inventou o "lazaronês". Um idioma estranho, esnobe, inútil e que tinha como principal objetivo rebuscar ou dificultar algo que por si só já era simples. Três exemplos:

  • Jogador que tinha bom preparo físico, em lazaronês, tinha lastro físico. 
  • Time que está fazendo boa campanha, em lazaronês, estava galgando parâmetros.
  • Preleção na concentração, em lazaronês, era pijama training.
Esse pulha foi técnico da seleção brasileira na Copa de 90, colocado lá pelo então diretor de seleções da CBF, Jorge Salgado, pau-mandado do ainda não deputado Tô Rico Miranda. Tudo porque ganhou dois estaduais com o Vasco em 1987/88, além de ter vencido o de 86 com o Flamengo. Após vencer a Copa América de 89, chegou na Itália cheio de moral. Maradona, com uma perna só, e (Co)Caniggia acabaram com o Brasil. Lazaroni ainda conseguiu emprego na Fiorentina, logo depois. Só o aguentaram por um ano (imaginem lazaronês, versão italiana). Vagou por alguns times brasileiros, depois, mundo árabe e... sumiu. Já foi tarde.

Na Mocidade Independente, em 2008.
E o amigo leitor sabe que se titulo estadual fosse currículo para ser técnico da seleção brasileira, um nome chega rapidamente a nossa cabeça: Joel Santana! O Natalino! O Papai Joel! Foram mais de 10 em todos os grandes do Rio e na dupla Ba-Vi, na Bahia. Foi um botinudo zagueiro medíocre do Olaria e do Vasco. Nunca foi titular absoluto, tão pouco marcou gol na carreira e virou técnico nos Emirados Árabes, trabalhando com Parreira. Era responsável pelas seleções de base. E, bem, sua história como técnico, todos conhecem!

E Joel foi o convidado do programa "Bola da Vez" da ESPN de hoje à noite. Mesmo desempregado há alguns meses - desde que perdeu de 7x3, com o Bahia, para o rival Vitória, na final do Baiano deste ano -, conseguiu ficar na mídia graças a uma das mais hilárias propagandas de TV dos últimos tempos do shampoo anti-caspa Head&Shoulders, fazendo menção à lendária entrevista em inglês, quando foi técnico da seleção da África do Sul, na Copa das Confederações em 2009, após o término de uma partida. Relembre aqui:


Hahahaha...Ops! Desculpem! Voltando...

Aos 64 anos, mesmo afirmando que ainda tem "gordura pra queimar", Joel sabe que a probabilidade de ser contratado por time de ponta no Brasil (muito menos no exterior) é pequena. Então, no "Bola da Vez", ele deu detalhes de como foi a gravação do comercial. Já havia feito um da Pepsi em 2011. Ficou nervoso, trocava o texto, gaguejava e o diretor teve muuuuuuita paciência. Não revelou quanto ganhou e não liga se é motivo de gozação. Ainda contou um episódio ocorrido no mês passado. Estava em um restaurante e um menino de 8 anos o reconheceu! A mãe o levou até ele e educamente perguntou se poderia tirar uma foto com o filho! Joel consentiu e ao final da foto, o menino disparou: "Iú tá de brinqueichon uiti me, cara?" Os entrevistadores do programa não seguraram altas risadas!

Alô agências de propaganda! "Détis de gai!"

Aaah... o comercial:

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