terça-feira, 29 de outubro de 2013

FIFA DE BABEL



  
Contra a Itália, em abril.

Se Diego Costa recebeu incentivo$ da Federação Espanhola, paciência!

Se não recebeu nada e escolheu a Fúria porque não teve oportunidades no Brasil desde o início de sua carreira e sua opção é uma espécie de tapa na cara em quem o renegou, paciência!

Se, na base do puro romantismo, deseja retribuir ao povo espanhol a acolhida que o fez construir família, adquirindo hábitos e costumes locais, paciência!

Diego Costa seleção da Espanha (Foto: Reprodução / Twitter)
Boa sorte pra ele! Del Bosque, técnico espanhol, precisa mais dele na sua seleção que Felipão na brasileira. O futuro dirá se a escolha foi boa! Diego tem esse direito.

O que não pode é o caquético e deprimente presidente da CBF afirmar que irá até a última instância jurídica desportiva para impedir o rapaz de jogar por outro país! Isso é ridículo! Típico de um digno representante de cartola do futebol brasileiro, político profissional, filhote da ditadura militar.

O que a FIFA precisa discutir e definir de maneira mais clara e objetiva são os critérios que determinam a nacionalidade do jogador de futebol. Tempo mínimo de naturalização? Casamento com estrangeira, do tipo greencard ? Amistosos por seu país de origem contam? Jogou em seleções de base? Enfim, tudo ainda está muito nebuloso, permitindo todo o tipo de "propostas" a todos que possuem origens paternas ou maternas em países distintos daquele em que nasceram.

Januzaj sequer fez cinco jogos como profissional e já ganha manchetes pelo mundo (AP Photo/Scott Heppell)
O Multiglobalizado Januzaj
Exemplo perfeito: Adnan Januzaj (lê-se o J como I). Habilidoso meia-atacante do Manchester United. Aos 18 anos, nasceu em Bruxelas, Bélgica. Poderia estar na seleção de seu país, já classificada e muito bem cotada para a Copa 2014, junto com Hazard, Fellaini e Vermaelen. Só que seu pai é do Kosovo, filho de albaneses. Sua mãe é croata, filha de turcos. Pra complicar ainda mais, o Kosovo não é um país independente. Pertence à Sérvia. Além de toda esta confusão, acabou de receber convite para se naturalizar inglês e defender o "English Team" nas seleções de base. Ou seja, o garoto pode jogar pela Bélgica (seleção já descartada pelo próprio), Albânia, Croácia, Turquia, Sérvia ou Inglaterra! Ainda pode complicar: vai que o Kosovo consegue se livrar da Sérvia!!! Me tira o tubo...

É claro que vivemos atualmente em um mundo onde as distâncias se reduziram e as fronteiras, sobretudo na Europa, são realmente imaginárias mas, em breve, não será surpresa se a bolsa de apostas de Londres (um tremendo saco de gatos organizado) começar a receber libras para decidir por qual país determinado jogador atuará. Putz grila!

É a FIFA construindo uma nova Torre de Babel! Mais idiomas surgirão?

5 comentários:

  1. Texto conciso, articulado e tendo a concordância do signatário. Certamente, o Diego Costa recebeu um incentivo a mai$ para a escolha, mas lembro que o Messi também teve o mesmo convite e declinou, alegando um incomensurável amor à sua pátria... E agora??? Aguardo comentários! Bj Fábio

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    1. Beleza!
      O Messi jogou no Newell´s Old Boys, de Rosario, até seus 12 ou 13 anos. Diferente E ainda foi campeão mundial sub-20, em 2005, na Holanda, jogando pela Argentina! Com certeza, seu pai teria preferido a Espanha pois o Barcelona foi o clube que se prontificou a pagar o tratamento de endocrinologia, vital para sua saúde como atleta, já que nenhum clube argentino topou. Valeu? Bj

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  2. Valeu... mas quando há amor à Pátria, os fatos, por mais importantes que tenham sido ou que sejam, são secundários, apesar do reconhecimento e do agradecimento serem eternos! Bjs

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  3. Afinal, quem é Diego Costa?????? Já vai tarde. Muito tarde!!!!!!!

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    1. Eh!Eh! É bom jogador mas Felipão só o convocou antes da Copa das Confederações e agora para prejudicar a decisão dele de jogar pela Espanha! Valeu! Abraço

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