quinta-feira, 11 de julho de 2013

LIBERTADORES AINDA QUE TARDIA

Vitor, o protagonista!
Em toda a história da Taça Libertadores da América, me vem à cabeça um único goleiro que tenha sido protagonista na conquista de um título: o paraguaio José Luis Felix Chilavert, defendendo o gol do Velez Sarsfield, argentino campeão em 1994. Nesta campanha, ele fez gol de falta, de pênalti e foi fundamental com atuações espetaculares, inclusive pegando pênalti na decisão por pênalties contra o São Paulo, em pleno Morumbi, que lutava por um tricampeonato consecutivo. Chilavert era gordinho, apesar de alto, e era fanfarrão, provocador, mal educado e catimbeiro mas escreveu seu nome na história do clube argentino neste ano.

No post "O PÂNICO NO HORTO", no início de junho, escrevi que o pé do goleiro Vitor do Atlético-MG, ao defender o pênalti no último minuto de jogo, havia salvo "o conjunto da obra" do Galo até então na Libertadores pois jogou muito mal diante do Tijuana e merecia ter perdido aquela partida. Uma vez mais, afirmo, não existe justiça no futebol, o que vale é bola na rede.

Na primeira partida contra o bom time do Newell´s Old Boys, em Rosário, Vitor fez pelo menos 3 defesas excepcionais que, do contrário, significariam a eliminação precoce do Atlético. A derrota por 2x0 saiu barata aos mineiros que conseguiram jogar ainda pior do que contra o Tijuana, conforme falei acima.

E ainda há pouco, no Horto, após um início avassalador, com gol aos 2 minutos e um primeiro tempo muito bom, o Galo parou no segundo. Não criou nada e tivessem sido um pouco ousados, os argentinos poderiam ter complicado o jogo. E o mais improvável dos salvadores que o Cuca tinha no banco, acabou fazendo o gol que levou à decisão por pênaltis a 7 minutos do fim: Guilherme, ex-cruzeirense que a torcida atleticana detesta. E num lance que o volante Mateo tirou a bola das mãos do seu goleiro.

E aí, Vitor voltou à cena. Após um show de incompetência com 4 cobranças desperdiçadas para fora, o goleiro do Galo defendeu o pênalti de Maxi Rodrigues, o craque e maestro do Newell´s.

Assim como na partida contra o Tijuana, vi o desespero dos torcedores atleticanos antes e depois do gol do Guilherme, antes e depois dos pênalties. Meu Deus! Que angústia! Que sofrimento!

O Atlético tem muito mais time que o Olímpia, seu adversário na final, fará a segunda partida em casa, mas é preciso ficar atento para:
  • As últimas 3 partidas foram abaixo da crítica. É preciso reverter a tendência de baixa;
  • A final será no Mineirão!!!! Tomara que não haja superstições bobas com o Independência! Foi lá que o time construiu sua história, mesmo que a reforma o tenha descaracterizado por completo;
  • Será a décima final seguida de um time brasileiro na Libertadores, podendo ser a quarta vitória consecutiva (Internacional, Santos e Corinthians). Isso incomoda demais a Conmebol que a todo instante muda a tal regra que 2 times do mesmo país não possam fazer a final. Subdesenvolvimento;
  • Por conta disso, Corinthians foi prejudicado contra o Boca, Fluminense foi prejudicado contra Emelec e Olímpia e o próprio Atlético foi prejudicado hoje com, no mínimo, 2 pênalties claros não marcados;
  • A Conmebol fica no Paraguai e um time do país não vence a competição há 10 anos, o próprio Olímpia. O Paraguai está praticamente eliminado nas eliminatórias para a Copa 2014 e o Olímpia, vencedor de 3 Libertadores, não paga salários a não sei quantos meses. É um time que tem 3 ou 4 bons jogadores e um ótimo goleiro mas gosta mesmo é de bater e de praticar o antijogo. Típico de Libertadores, década de 70 e 80.
E finalmente, recado para Cuca: tire essa camisa de Nossa Senhora (que também é Mãe de argentinos e paraguaios católicos) e vista uma do Atlético. Ou peça uma emprestada do seu goleiro!

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