sexta-feira, 12 de julho de 2013

OS 15 ANOS DA CONVULSÃO, POR EDMUNDO

Tomem fôlego e assistam novamente um compacto (bem compacto) da final da Copa de 1998, quando perdemos para a França, por 3x0, naquele mesmo 12 de Julho de hoje. A maior derrota sofrida pela seleção brasileira em uma Copa do Mundo, desde 1930. Reparem nos comentários do Luciano do Valle: "Todo mundo preocupado, sem nenhum sorriso." A imprensa em geral já sabia do ocorrido com o Ronaldo. Foi  a primeira vez que Zinedine Zidane, então com 25 anos, marcou, não somente um, mas dois gols de cabeça na sua brilhante carreira. Não me recordo de outros. Foi duro ver jogadores medíocres como Guivarch, Karembeau, Dugarry, Lebouef sendo campeões do mundo. Djorkaeff, Deschamps (atual técnico francês), Desailly, Thuram, Blanc, Lizarazu e Petit eram bom jogadores, só isso. O time melhorou muito anos depois com a evolução de Henry, Wiltord, Trezeguet, Vieira e Pires, reservas durante a Copa.  Mas a Holanda, vencida pelo Brasil nos pênalties, nas semifinais, era um time melhor com Kluivert, Bergkamp, Overmars, Cocu, Davids, Seedorf (sim, ele mesmo!) e os irmãos De Boer. E o Brasil, Zidane à parte, era melhor que a França. Mistérios do futebol? Talvez.


Em agosto de 98, a Veja teve acesso a uma suposta gravação, onde Edmundo, com amigos em um bar da zona sul do Rio, teria revelado algumas "bombas", em relação à Nike e a CBF. Clica só: http://veja.abril.com.br/190898/p_096.html   

                     
                                                                             
Desde então, muitas teorias da conspiração (olha elas aí de novo) já surgiram para explicar o fracasso naquela final. Duas CPIs foram instaladas no Congresso Nacional para investigar a relação Nike-CBF, em 2001. Não deu em nada, óbvio, apesar de figurar na mídia durante alguns anos, contudo a mais intrigante de todas as teorias foi aquela que dizia que todos os jogadores teriam aceitado a grana da FIFA, via Nike, para entregar o jogo, exceto um jogador, exatamente o Edmundo, inicialmente escalado para substituir Ronaldo, que não chegara ao estádio a tempo, nem mesmo para a preleção do Zagalo. O nome de Edmundo foi para a relação da CBF entregue à FIFA, um hora antes do jogo, como de praxe. Esta teoria foi motivada pelo lance mostrado no vídeo abaixo. Edmundo entrou no segundo tempo no lugar do César Sampaio e quase bateu no Rivaldo, de tanta raiva, após este lance. Recebeu apoio, inclusive, do Romário, seu desafeto, que comentava o jogo para a Globo. Clique e relembre o motivo!

                                    

Hoje, a ESPN, muito pertinente, produziu uma entrevista com Edmundo, atual comentarista da TV Bandeirantes (um bom comentarista), para lembrar os 15 anos da Final de 98. Seu depoimento é bem mais apaziguador, além de sereno, característica inexistente em seus tempos de jogador mas ele deixa escapar um "pelo que soube, nunca mais teve (a convulsão)". Pra lá de ácido, né não? O vídeo começa com a entrevista coletiva de Zagalo, após a final, naquele "show" de estrelismo ridículo que sempre acompanhou sua trajetória para delírio do meu amigo vascaíno Edson Attalah de Mattos! Confira abaixo:

http://www.espn.com.br/video/342004_no-aniversario-de-15-anos-da-derrota-na-final-da-copa-de-98-edmundo-afirma-podia-ter-sido-tudo-diferente



Passados 15 anos da convulsão, reafirmo agora neste blog o que sempre disse em rodas de amigos: a principal personagem de toda aquela confusão nunca foi o "Fenômeno" mas o "Animal"!

Mais teorias à vista?

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