terça-feira, 1 de julho de 2014

Dia 20: PELO AMOR DI MARIA e A MURALHA VENCIDA

Lichtsteiner (2) entregou o o ouro...
Lichtsteiner tem 30 anos, é lateral-direito da Juventus de Turim e, como todo o time da Suíça, fazia a partida de sua vida contra o Mes... digo, a Argentina, no PTzón, ou Lulón, ou Impressorón, estádio privado construído com dinheiro público. Um primeiro tempo perfeito, quando perderam a bola do jogo nos pés de Drmic, na frente do goleiro Romero. O técnico Alejandro Sabella sabe que se deixar que seus jogadores de defesa e volantes tentem distribuir a bola, nada vai acontecer. São fracos. Inteligentemente, obriga os homens de frente a exercer marcação forte no campo de ataque, onde uma roubada de bola será mais eficiente. Isso funcionou mais no segundo tempo do tempo regulamentar, quando os argentinos foram mais ao ataque e Benaglio fez algumas defesas importantes somente quando Messi ou Di Maria chutaram no gol. Higuain está apagado (só cabeceou uma bola), Lavezzi me lembra o Mirandinha, ex-Botafogo e Palmeiras ("baixou a cabeça e foi embora"), e Palacio jogou pouco tempo. A Suíça tocou bem a bola, tem no capitão Inler, um excelente jogador, Behrami, Mehmedi e Rodrigues, muito bons, e pena que o ótimo Shaqiri não tenha companhia decente no ataque. Até o árbitro milionário sueco foi driblado por ele. E tomou esporro! Com menos firulas e mais foco, Shaqiri, do Bayern Munique, pode ir longe!

Shaqiri suiça x argentina (Foto: EFE)
Shaqiri "dribla" o árbitro milionário sueco!  
Na prorrogação, faltou determinação à Suíça. A Argentina cansou antes. E surge o experiente Lichtsteiner. A três minutos do fim, perdeu uma bola fácil, dominada, para Palacio que passou logo para Messi. Em tradicional arrancada vertical, serviu com precisão cirúrgica a Di Maria, o melhor em campo, que chutou de canhota, cruzado, rasteiro, sem chance para Benaglio. Mas o pior ainda viria.

Messi e Di María, os dois responsáveis pelo gol salvador da Argentina
Messi não está mais solitário! Di Maria apareceu!
Já no finzinho, Shaqiri levantou bola na área. Diante da fraca zaga argentina, Dzeimaili cabeceou sozinho...na trave. E na volta, a bola ainda pegou no seu próprio pé e saiu "tirando tinta". Acabou o jogo? Não! Já nos acréscimos, Shaqiri tomou uma "tesoura" do péssimo Garay, na meia-lua. O sueco não teve coragem de botar a barreira no lugar correto. A Argentina de Messi e, agora também de Di Maria, está nas quartas.
A Argentina decide sua segunda partida nos momentos finais e segue na Copa por conta de dois talentos individuais e sorte no grupo e chaveamento em que caiu. Mesmo tendo passado aperto contra o Irã, a Suíça foi o primeiro time mais bem organizado que enfrentou e o sofrimento foi latente. A sorte precisa sempre estar ao lado de quem deseja ser campeão mas... dá pra ficar por aqui????

Dzemaili bola na trave argentina x suiça (Foto: Reuters)
Dzeimali na trave e no rebote! O Papa tirou essa com um sopro...
Desta vez, a Fonte Nova não nos reservou muitos gols, como de costume, mas o jogo foi muito movimentado. A Bélgica finalmente mostrou todo o seu poderio ofensivo tão decantado como o futebol mais vistoso da Europa. Só faltou botar a bola para dentro durante os 90 minutos. Muito por conta de mais uma grande atuação de goleiro nesta Copa: Tim Howard, dos EUA, e já com 35 anos. Fez incríveis 16 defesas durante os 120 minutos. Recorde na história das Copas. Hazard, Mertens, Origi, De Bruyne, Mirallas, Vertonghen, Fellaini, todos foram parados por Howard, alguns mais de duas vezes. Uma artilharia pesada na muralha yankee. E quase que os deuses do futebol castigam a Bélgica com o ditado do "quem não faz, toma", quando o desajeitado Wondolowski perdeu gol feito na cara de Courtois, no último minuto.

 Kevin De Bruyne jogo Estados Unidos x Bélgica Arena Fonte Nova (Foto: AFP)
O sósia de Harry, De Bruyne, foge da marcação de Bradley
Para o início da prorrogação, o técnico belga Marc Wilmots estranhamente tirou o jovem Origi, que vinha jogando muito bem e fez o gol da vitória contra a Rússia, e retornou com a titularidade de Lukaku. No primeiro lance aos 2', Lukaku fez excelente jogada pela direita, serviu a De Bruyne (o sósia do Príncipe Harry!) que finalmente conseguiu vencer Howard. E logo depois, o próprio Lukaku chutou sem apelação pela esquerda: 2x0. Wilmots invadiu o campo para comemorar. Quando os EUA já pareciam batidos e sem nenhum preparo físico, Klinsmann colocou o jovem Green, nascido alemão, que jogou algumas partidas em seleções de base da Alemanha e convencido pelo técnico a adotar a cidadania norte-americana. E num lance em que pegou na "orelha" da bola, Green diminuiu e os dez minutos finais foram eletrizantes. Os EUA poderiam ter empatado e a Bélgica poderia ter aumentado. Um jogo franco e aberto. Se a Bélgica jogar desta maneira contra a Argentina, poderemos ter um jogo de 4x3, 5x4 ou 6x5. Dá para imaginar o ataque belga contra os fracos defensores hermanos e Messi e Di Maria com liberdade. Os EUA já renovaram o contrato do competente Klinsmann e a julgar pelo extraordinário aumento do interesse do povo de Tio Sam pelo soccer, não sei onde este time poderá chegar já na Copa América Especial de 100 anos, que sediarão em 2016, a primeira com 16 seleções - 10 sulamericanas e 6 da Concacaf. Definitivamente, os Yankees estão chegando!

Lukaku gol jogo Estados Unidos x Bélgica Arena Fonte Nova (Foto: Getty Images)
Lukaku, enfim, comemora! Furou a muralha Howard!
Soldier Field lotado de americanos
Soldier Field Stadium, em Chicago! "I Believe That We Will Win.."

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