domingo, 16 de junho de 2013

A FILOSOFIA CRUYFF NOS PÉS DE INIESTA



Voltando ao Futebol. E em grande estilo!
O holandês Johan Cruyff foi, sem dúvida alguma, um dos maiores jogadores do futebol mundial em todos os tempos e uma de suas maiores personagens fora das quatro linhas. Dentro de campo, transformou o até então mediano Ajax de Amsterdam em Tricampeão da UEFA Champions League em 71/72/73, comandou a Holanda na Copa de 74 no, infelizmente, vice-campeonato mundial e depois tirou o Barcelona da fila de 13 anos do campeonato espanhol, neste mesmo ano. Depois de encerrar a carreira como jogador, passou a técnico e manager, onde seu auge foi exatamente, no clube blau grana. Ainda hoje, lá exerce a função de consultor emérito, aos 66 anos.

No livro acima, Cruyff registra que jogar futebol significa jogar a bola dentro do gol do adversário e para isso, essa mesma bola precisa ficar no seu pé. Simples, né não?

Na Holanda de 74, ele, Neeskens, Resenbrink, os irmãos Van der Kerkhof, Rep, Haan, Janssen, Van Hanegen, Suurbier, Rijsbergen e Krol se revezavam em todas as partes do campo. Não havia posição fixa. Todos atacavam. Todos marcavam. Fossem titulares ou reservas. Pela direita. Pela esquerda. Pelo meio. Era o "carrossel holandês" do técnico Rinus Michels. Busca incessante pela bola. Destroçaram Uruguai, Bulgária, Argentina, Alemanha Or. e Brasil. E na final, perderam para um grande time, que jogava em casa, mas reparem no primeiro gol do jogo no vídeo abaixo. Dado o pontapé inicial, a Holanda troca passes e fica com a bola no pé por exato 1 minuto, sem que o adversário sequer toque nela, quando Cruyff invade a área para concluir e é derrubado pelo alemão Hoeness. Pênalti. 1x0. A Alemanha Oc., de Franz Beckenbauer, viraria o jogo e seria campeã mas tal como a Hungria em 1954, o vice-campeão é sempre o mais lembrado quando se fala nesta Copa do Mundo.


Depois dessa longa e, espero que, prazerosa introdução, nos anos 90, Cruyff foi contratado para ser o técnico do Barcelona. Foi tetracampeão espanhol de 1990 a 94 e da Champions League de 1992, montando um time com Romário, Stoichkov e Koeman. E aí, começou a implantar a filosofia, contada depois no livro. Filosofia que foi seguida por seus sucessores no cargo, Frank Rijkaard, Radomir Antic, Josep Guardiola e sobretudo, por Ferran Soriano, manager contratado para tirar o clube da quase falência em 2003 e transformá-lo, em 2008, na 3a. maior potência de arrecadação do mundo do futebol, como narrado em seu livro "A Bola Não Entra por Acaso".

Não é de hoje que a atual seleção espanhola encanta o mundo. Após vencer a Euro 2008, acabou com o estigma de eterna favorita que decepcionava nas competições oficiais. Venceu a Copa de 2010, novamente a Euro de 2012 e só não ganha a Copa das Confederações deste ano, aqui no Brasil, se outra zebra aparecer, como os EUA em 2009. Com média de 75 % de posse de bola, não há como não associar os 7 titulares da "Fúria" que jogam no Barcelona, com a Filosofia Cruyff de jogar futebol.

O segundo gol da Espanha, hoje, contra o Uruguai, teve a marca de Andres Iniesta. Cracaço de bola!
Jogada em que a defesa espanhola recupera a bola e lhe entrega ainda no seu campo de defesa. Ele protegeu a bola, escondendo-a de 3 marcadores, para depois lançar Fábregas que serviu o Soldado.

Gol de Soldado, de Fábregas, de Iniesta, de Xavi, de Pedro, de Jordi Alba, de, claro, Guardiola! Mas, sobretudo, Gol de Johan Cruyff!

P.S.: Pena que Andrea Pirlo, da Itália, já tenha 34 anos. Falta pouco para mais um escasso romântico do futebol se retirar...

2 comentários:

  1. Iniesta é cracaço, sem dúvida! Mas a Espanha está longe de encher os meus olhos. Não é despeito, acho apenas um futebol chato e sem graça. E ontem tive a oportunidade de ver Pirlo ao vivo, valeu o ingresso salgado... Abs. Lobo

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  2. Valeu pelo Pirlo que destoa em um time apenas certinho como é a Itália. Sua opinião sobre a Espanha diverge da minha sobretudo no 1o. tempo, quando a Espanha humilhou o Uruguai, chegando a ter mais de 80% de posse de bola. No segundo, vc tem razão. A Espanha não deu muita bola pro jogo. Fiquemos com a unanimidade, entao. Andres Iniesta! Grande abraço.

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