sábado, 21 de junho de 2014

DIA 10: O SALVADOR, EM FAMÍLIA e A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

Assim como a Bósnia, o Irã não tem Messi. A Argentina tem. E só Messi salva. Como já havia comentado, quem tem Messi tem sempre mais chances de vencer, mesmo que durante todo o jogo, sua atuação seja discreta ou mesmo improdutiva. Veremos quantos comentários desses farei até o final da Copa. Tomara que não sejam muitos mais. Os hermanos têm zaga frágil e lenta (Garay e Fernandez). Os laterais Zabaleta e Rojo são limitados. Os volantes Mascherano e Gago até sabem jogar mas sua especialidade é tocar pro lado. O primeiro também sabe bater. E do meio pra frente, a força do time com Messi, Di Maria, Higuain e Agüero, além dos reservas Palacio e Lavezzi. E quando essa parte do time não joga, seja por qual motivo, a Argentina fica capenga, abusando de "chuveirinho" na área de qualquer adversário. O Irã fez o jogo de sua vida com marcação implacável e um segundo tempo superior, quando obrigou o goleiro Romero a fazer três defesas difíceis e não teve um pênalti claro não marcado pelo árbitro sérvio Mazic, de Zabaleta em Dejagah, o melhor do time. O Minerón, em Hermoso Horizonte, já se mostrava resignado com o empate, quando aos 46 minutos do segundo tempo, ele decidiu em lance de gênio. A Argentina precisa jogar mais. Entre os campeões do mundo, caiu no grupo mais fácil. Contudo, assim como a Bósnia e o Irã, a Nigéria, próximo adversário, também não tem Messi.

Messi, no alto, e seus adoradores. Fora e, sobretudo, dentro do campo.
Não podia existir jogo mais família nesta Copa do que Alemanha x Gana. Os irmãos Boateng e os irmãos Ayew. A diferença é que os primeiros jogam por seleções diferentes. E não se dão bem. Tudo porque o Prince Boateng tirou Michael Ballack da Copa de 2010, com falta dura no campeonato alemão e não escolheu a Alemanha para jogar esta mesma Copa como o irmão lateral-direito Jerome que ficou decepcionado com o irmão atacante mais habilidoso e melhor jogador. O clima entre ambos não é bom mas se cumprimentaram, friamente, é verdade, no início do jogo. Não é o caso dos Ayew. Jogam na mesma seleção e em posições parecidas: meia-atacante. André é titular absoluto, marcou o gol ganês contra os EUA. Jordan entra e sai. O fato é que o calor de Fortaleza fez a seleção alemã sentir o esforço. Apesar da maioria de seus jogadores atuarem na Europa, Gana estava mais à vontade com a temperatura. Após um primeiro tempo morno, o segundo foi espetacular, em alta velocidade e cheio de alternativas com as alterações  feitas pelos técnicos. O ganês Appiah manteve Essien no banco, mas colocou Jordan Ayew. O melequento alemão Joachim Löw colocou (finalmente) Schweinsteiger e o pesadelo de Ronaldo ex-fenômeno, agora "fofômeno": Miroslav Klose. Göetze marcou primeiro com a cabeça e o joelho, Gana virou com Andre Ayew e Gyan (dois excelentes jogadores) e Klose, aos 36 anos, empatou com o oportunismo de sempre, 1 minuto após entrar, não somente o jogo, mas também com Ronaldo. Agora, ambos marcaram 15 vezes em Copas do Mundo. Gana poderia ter vencido pois obrigou Neuer a fazer as defesas mais difíceis do jogo mas, nunca, jamais, em tempo algum, pode-se desprezar a determinação dos alemães. Amanhã tem Portugal x EUA e o grupo está totalmente aberto!


Klose gol Alemanha x Gana (Foto: Reuters)
Não adiantou secar, Fofômeno! Klose chegou!
Demoraram mas voltaram: os erros de arbitragem! No primeiro tempo, o artilheiro do Manchester City, campeão inglês, Dzeko fez um gol legal muito mal anulado pelo neozelandês O´Leary, coma cumplicidade de seu assistente. Seria 1x0 para a Bósnia. Na sequência, a Nigéria fez o único gol do jogo, para muitos, com falta de ataque de Emenike no capitão Spahic. A Bósnia acabou eliminada, após jogar bem contra a Argentina e ter sucumbido, sobretudo, ao calor de 29 graus de Cuiabá, à noite. Os europeus se arrastaram e Dzeko, uma grande decepção. Argentina já está classificada e a Nigéria se classifica até se perder dos hermanos, desde que o Irã não vença a Bósnia. Neste caso, o saldo de gols definirá a segunda vaga.

Odemwingie marca. O negócio da Nova Zelândia é Rugby!

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